5.8.08

04 - APOCALIPSE REVELADO

AS SETE IGREJAS DO APOCALIPSE
1- Que título é dado ao último livro da Bíblia?
Apocalipse 1:1 – REVELAÇÃO de Jesus Cristo…
2- A quem pertencem as coisas reveladas?
Deuteronómio 29:29 – As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.

3- Com que propósito foi dada a Revelação?
Apocalipse 1:1 – REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.
Nota: Este livro não só se abre e encerra com o assunto da Segunda Vinda de Cristo, mas todas as suas oito linhas proféticas para ele convergem como o grande evento culminam da Igreja e do Mundo.
4- Que grande acontecimento, de acordo com este Livro, está iminente?
Apocalipse 1:7 – Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o trespassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém
.
5- Como são animados os crentes a estudarem este Livro?
Apocalipse 1:3 – Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo
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6- A quem foi o Livro dedicado?
Apocalipse 1:4 – João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz sejam convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono.
7- Quais eram os nomes dessas Igrejas?
Apocalipse 1:11 – Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ómega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia
.
Nota:
Estas sete Igrejas, e as mensagens que lhes são dirigidas, aplicam-se a sete períodos ou estados da Igreja do primeiro ao segundo Advento de Cristo. “Sob esta representação emblemática das sete Igrejas da Ásia,” diz Vitringa, no Comentário Compreensivo: “ O Espírito Santo delineou sete diferentes estados da Igreja Cristã, que apareciam em sucessão, estendendo-se até à vinda de Nosso Senhor e à consumação de todas as coisas.” As suas boas qualidades e defeitos são expostos, com admoestações, exortações e advertências especiais para cada uma, sendo tudo aplicável também à experiência cristã individual.
8- Com que título é designado o primeiro estado da Igreja?
Apocalipse 2:1 – ESCREVE ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.
Nota: O significado de Éfeso é desejável, e apropriadamente descreve o carácter e condição da Igreja no seu estado inicial, quando os seus membros receberam a doutrina de Cristo em toda a sua pureza, e desfrutaram os benefícios e bênçãos dos dons do Espírito Santo. Isto aplica-se ao primeiro século, ou durante a vida dos Apóstolos.
9- Depois de louvar esta Igreja pelas boas obras, que repreensão lhe dirige o Senhor?
Apocalipse 2:4,5 – Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
Nota: O primeiro amor é o amor da verdade, e o desejo de a tornar conhecida a outros. As “primeiras obras” significa os frutos do amor.
10- Que nome é dado ao segundo período da Igreja?
Apocalipse 2:8 – E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu
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Nota:
O significado de Esmirna é mirra, ou cheiro suave, e aplica-se ao período de tempo em que muitos dos fiéis de Deus sofreram martírio sob o Império Romano.
11- Como se faz referência ao período final da tribulação da Igreja?
Apocalipse 2:10 – Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Nota: A mais cruel das assim chamadas “perseguições” sob Roma, começou sob o Imperador Diocleciano, e estendeu-se de 303 e.C., a 313 e.C., um período de dez dias proféticos.
12- Que nome é dado ao terceiro período da Igreja?
Apocalipse 2:12 – E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz Aquele que tem a espada aguda de dois fios.
Nota: O significado de Pérgamo é altura, elevação, e apropriadamente representa o período da Igreja Cristã que começa com o reinado de Constantino, em 313 e.C., quando o poder que condenara à morte os cristãos aceitou a causa da Igreja, e mediante recompensas, éditos e promessas de cargos no Governo, procurou induzir o povo a tornar-se cristão, trazendo assim para a Igreja um dilúvio de tradições e costumes pagãos. Muitos dos ritos e cerimónias praticadas pelos povos que não conheciam a Sagrada Escritura foram introduzidos na religião, incluindo a festividade pagã, o Domingo (dia em que se adorava o Sol, principal deus), foram então estabelecidos por lei, resultando daí o primeiro dia da semana tomar o lugar do Sábado bíblico.
13- Como foi louvada a fidelidade dessa Igreja?
Apocalipse 2:13 – Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Nota: Há boas razoes para concluir que “Antipas” se refira a uma classe de pessoas, e não a um indivíduo, pois não se encontra informação autêntica acerca de semelhante pessoa.
14- Que título foi dado ao quarto período da Igreja?
Apocalipse 2:18 – E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente
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Nota:
Tiatira significa cântico de trabalhos, ou sacrifício de contrição, e expões a condição do povo de Deus durante o longo e escuro período de 1260 anos, que começou com o estabelecimento da supremacia Papal, em 538 a.C., e findou com a queda desse poder, em 1798. Durante este tempo milhões de fiéis de Deus foram condenados à morte do modo mais cruel que homens maus de demónios possam inventar. Cristo fez alusão a esse tempo, na Sua maravilhosa profecia, relatada em Mateus 24, nas seguintes palavras: “Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria.” A tribulação dos 1260 anos foi abreviada pela influência da Reforma.
15- Que promessa fez Deus aos perseguidos?
Apocalipse 2:25 a 27 – Mas o que tendes, retende-o até que eu venha. E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações. E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai.
16- Com que nome é designado o quinto período da Igreja?
Apocalipse 3:1 – E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
Nota: Sardo significa cântico de alegria, ou o que permanece. Um motivo de alegria naquele tempo era que a grande tribulação do povo de Deus estava no fim. Foi somente como resultado da Reforma que alguns do povo de Deus subsistiram. Ver Mateus 24:21,22, e a nota da pergunta14, a Igreja de Sardo representa as igrejas Reformadas, desde o final do período da perseguição até ao despertamento do Advento, no princípio do Século dezanove
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17- Que nome amável é dado ao período da sexta Igreja?
Apocalipse 3:7 – E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de David; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre.
Nota: Filadélfia significa amor fraternal, e se aplica à Igreja durante a mensagem da hora do juízo, em 1844.
18- Que palavras dirigidas a essa Igreja mostram a proximidade do segundo Adventos?
Apocalipse 3:11 – Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
19- Qual é a mensagem de Cristo para a última Igreja?
Apocalipse 3:14 a 19 – E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
Nota: Laodicéia significa o julgamento do povo, ou, segundo Cruden, um povo justo. Esta Igreja existe no tempo do Juízo e da proclamação das três mensagens do fim, que precedem a segunda Vinda de Cristo (ver Apocalipse 14:6-16). É este o tempo de muita profissão de fé mas pouca religiosidade vital e verdadeira piedade.
20- Que ânimo é dirigido aos que ouvem essa mensagem?
Apocalipse 3:20 - Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Nota: As incisivas, penetrantes mensagens às sete Igrejas contêm importantíssimas lições de admoestação, animo e advertência para os cristãos de todos os tempos. As sete promessas ao vencedor, encontradas nesta cadeia profética (Apoc. 2:7, 11,17,26-28; 3:5,12 e 21) com a oitava ou Universal promessa relatada em Apocalipse 21:7, formam uma constelação de promessas tão preciosas quanto confortadoras, e tão inspiradoras quanto outras quaisquer relatadas nas Escrituras.



OS SETE SELOS
1- Que viu, João, o revelador, à mão direita d´O que estava sentado no trono?
(Apocalipse 5:1) – E VI na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.
2- Que fez o Cordeiro com o livro?
(Apocalipse 5:7) - E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.
3- Porque foi Cristo declarado digno de abrir os selos?
(Apocalipse 5:9) – E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.
4- Que foi visto ao se abrir o primeiro selo?
(Apocalipse 6:1,2) – E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
Nota: O número sete nas Escrituras denota cumprimento ou perfeição. Os sete selos compreendem toda uma série de acontecimentos em que é narrada a história da Igreja, desde o começo da era Cristão até à segunda vinda de Cristo. O cavalo branco, com o cavaleiro saindo vitorioso, apropriadamente representa a primeira Igreja Cristã na sua pureza, indo a todo o mundo com a mensagem evangélica de salvação.
5- Que surgiu ao ser aberto o segundo selo?
(Apocalipse 6:3,4) – E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
Nota: Como a cor branca do primeiro cavalo revelava a pureza do evangelho que o seu cavaleiro, assim a cor do segundo animal representa que a corrupção começava a manifestar no tempo a que este símbolo se aplica. É verdade que tal estado de coisas sucedeu à igreja apostólica. Referindo-se ao segundo século, Wharey, na “História da Igreja,” p. 39, diz: “O cristianismo começou então a vestir-se das roupas do paganismo. As sementes de muitos erros que posteriormente invadiram a igreja tão completamente, marearam-lhe a beleza, desvaneceram-lhe a glória, tomavam já raízes.” O mundanismo entrava. A igreja procurava a aliança do poder secular, e dificuldades e perturbações foram o resultado. Este período estende-se do fim do primeiro século ao tempo de Constantino, quando se efectuou completa união entre a Igreja e o Estado.
6- Qual era a cor do símbolo sob o terceiro selo?
(Apocalipse 6:5) – E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
Nota: O cavalo “preto” muito bem representa muito bem a escuridão espiritual que caracterizou a igreja do tempo de Constantino até ao estabelecimento da supremacia papal, em 538 A.D. Da condição imperante no quarto século, Wharey (página 54) diz: “O cristianismo tornara-se popular, e uma larga proporção, talvez a grande maioria, dos que o aceitavam, apenas tomavam o nome, recebiam o rito do baptismo, conformava-se com algumas cerimónias externas da igreja, enquanto no coração e no carácter moral eram tão pagãos como antes. Como um dilúvio, o erro e a corrupção invadiram a Igreja.”
7- Qual era a cor e o carácter do quarto animal?
(Apocalipse 6:7,8) – E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.
Nota: Esta cor não é natural num cavalo. O original dá o sentido da cor pálida ou amarela que se vê nas flores crestadas. O símbolo evidentemente refere-se à obra de perseguição e morte efectuada pela Igreja Romana contra o povo de Deus do tempo decorrido entre o começo da supremacia papal, em 538 A.D., e o tempo em que os reformadores começaram a expor o verdadeiro carácter do papado, sendo detida a obra de destruição
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8- Ao abrir-se o quinto selo, que foi visto sob o altar?
(Apocalipse 6:9) - E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.
Nota: Quando os reformadores expuseram a obra do papado, a história revelou o grande número de mártires que tinham sido mortos pela fé genuína.
9- Que se diz estarem a fazer esses mártires?
(Apocalipse 6:10) – E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Nota: O cruel tratamento que tinham recebido clamava por vingança, assim como o sangue de Abel clamava a Deus desde a terra. Génesis 4:10. Não estavam no Céu, mas debaixo do altar, ou seja, onde tinham sido mortos. Sobre este ponto diz o Dr. Adão Clarke: “O altar está na Terra, não no Céu.”
10- Que foi dado a esses mártires?
(Apocalipse 6:11) – E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.
Nota: Estes tinham sido mortos durante os séculos compreendidos o selo anterior: Os seus perseguidores, a maior parte, ao menos, tinham morrido. E se tinham recebido o castigo ao morrer, como alguns defendem, porque se importunariam os mártires pela sua punição? Nesta, como noutras partes da Bíblia, é usada a figura da personificação, em que objectos inanimados são representados como vivos e a falar, e coisas que não são, como se fossem. Ver Juízes 9:8-15; Hebreus 2:11; Romanos 4:17. Estes mártires tinham sucumbido como hereges debaixo da escuridão e superstição do selo anterior, cobertos de ignomínia e vergonha. Agora, à luz da Reforma, o seu verdadeiro carácter aparece, e são vistos como justos, e daí lhes serem dadas “vestes brancas.” “O linho fino são as justiças dos santos.” Apocalipse 19:8. justiça lhes é atribuída; e após terem repousado por mais um pouco – debaixo do altar – até que outros que deveriam perecer por causa da fé, os seguissem, juntos então haverão de despertar para a vida e a imortalidade.
11- Que foi visto primeiro, ao ser aberto o sexto selo?
(Apocalipse 6:12) – E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra …”
Nota: Isto sem dúvida se refere ao grande terramoto do 1º de Novembro de 1755, conhecido geralmente como o terramoto de Lisboa, cujos efeitos foram sentidos numa área de 8.000.000 quilómetros quadrados. Lisboa (PORTUGAL), cidade que contava 150.000 habitantes, foi praticamente destruída. O abalo do terramoto, diz Sears na sua obra “Maravilhas do Mundo,” p. 200: “Foi seguido imediatamente da queda de todas as igrejas e conventos, de quase todos os edifícios públicos, e a quarta parte das casas. Cerca de duas horas depois o fogo irrompeu em diferentes lados, e grassou com tal violência pelo espaço de três dias que a cidade foi completamente desolada. O terramoto ocorreu num dia santo, quando as igrejas e conventos estavam repletos, sendo poucas as pessoas que escaparam. … O terror do povo não pode ser descrito. Ninguém chorava: era além das lágrimas. Corriam todos de cá para lá delirando de horror e pasmo, batendo na face e no peito, gritando: Misericórdia” o mundo vai acabar” Mães esqueciam os filhos, e corriam à roda com crucifixos. Infelizmente, muitos corriam às igrejas em busca de protecção; mas em vão foi ministrado o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçavam os altares; imagens, sacerdotes e o povo foram soterrados na ruína comum. … Noventa mil pessoas presume-se terem sucumbido naquele dia fatal.”
12- Que deveria seguir o terramoto?
(Apocalipse 6:12) – E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue – última parte.
Nota: Isto refere-se ao dia escuro em 19 de Maio de 1780, quando a escuridão foi tal que deu a impressão geral de que o dia do julgamento estava próximo
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13- Que outro evento é mencionado sob este selo?
(Apocalipse 6:13) – E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
Nota: Faz referência a um fenómeno extraordinário a chuva de meteoros de 13 de Novembro de 1833. ao descrever a cena na proximidade às quedas do Niágara, diz um escritor: “Nenhum espectáculo tão terrível, grande e sublime jamais foi visto pelo homem, como aquele do firmamento descendo em torrentes de fogo sobre a escura e rugidora catarata.” – Our First Century, p. 330; também a Enciclopédia Americana, edição de 1881, artigo “Meteor.” Faz referência a esse acontecimento.
Um colaborador, escreveu para o Journal of Commerce de 14 de Novembro de 1833, diz: “Procurasse eu na Natureza um símile, não acharia um que tão precisamente ilustrasse o aspecto do céu, como o que S. João na profecia. A queda das estrelas não se dava como que vindo de árvores diferentes, mas de uma só; as que apareciam a leste caíam para leste; as que apareciam a oeste, para esse lado caíam; e as que surgiam ao sul, para aquela direcção se despenhavam. E não caíam como cai o fruto maduro – longe disso – mas voavam, era arrojadas como o fruto vede que com dificuldade se desprende do ramo; e então, quando violentamente sacudido, dele se desprendem, voam com rapidez, na mesma direcção, descendentes; e caindo em multidão, alguns cortam o trajecto de outros, sendo atirados com mais ou menos força.”
14- Qual é o evento seguinte mencionado?
(Apocalipse 6:14) – E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
Nota: Este evento ainda está no futuro, e ocorrerá juntamente com a segunda vinda de Cristo. Estamos agora entre os dois eventos – o último dos sinais nos céus, e o enrolar-se do céu e a remoção do seu lugar de tudo o que é terreno. Os grandes sinais aqui mencionados, que assinalam a proximidade da segunda vinda de Cristo e a subversão das coisas terrenas, estão todos no passado, e o mundo aguarda o soar da última trombeta como a cena final do drama terrestre.
15- Como comoverá o mundo esse grande acontecimento?
(Apocalipse 6:15 a 17) – E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
16- Depois da obra de selar os salvos, descrita em Apocalipse 7, que ocorre sob o sexto selo e como é apresentado o sétimo selo?
(Apocalipse 8:1) – E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
Conclusão: O sexto selo apresenta os eventos inter-relacionados com a segunda vinda de Cristo. O sétimo selo muito naturalmente, portanto, deve referir-se a esse evento, ou a algum resultado consequente. Quando Cristo vier, todos os santos anjos O acompanharão (Mateus 25:31); segue-se necessariamente o silêncio no Céu durante a ausência. Meia hora de tempo profético são sete dias. Os sete selos, portanto, levam-nos até à segunda vinda de Cristo.


AS SETE ÚLTIMAS PRAGAS

1- Qual é a final advertência divina contra o falso culto?
(Apocalipse 14:9,10) – E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão. Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
Nota: Durante o tempo de provação a ira de Deus é sempre temperada, ou misturada, com misericórdia. Assim o profeta Habacuque ora: “Na ira lembra-Te da misericórdia.” Habacuque 3:2. A ira de Deus sem ser acompanhada de misericórdia só é derramada quando a misericórdia tiver cumprido a sua obra, e o mal atingido o limite, não havendo mais remédio. – ver Génesis 6:3; 15:16; 19:12, 13; 2ª Crónicas 36:16; Mateus 23:37,38; Lucas 19:42-44; 2ª Pedro 2:6; Judas 7.
2- Em que é consumada a ira de Deus?
(Apocalipse 15:1) – E VI outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
3- Como descreve Joel o dia do Senhor?
(Joel 1:15) – Ai do dia! Porque o dia do SENHOR está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso.
(Joel 2:11) – E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?
4- Que disse Daniel, desse tempo?
(Daniel 12:1) – E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.
Ver Ezequiel 7:15-19.
Nota: As sete últimas pragas serão as mais terríveis calamidades que já sobrevieram aos homens. Como Acabe acusou Elias de ser o causador das calamidades que se abatiam sobre Israel (1ª Reis 18:17,18), assim, no tempo de tribulação, os ímpios e os que se separaram do Senhor enfurecer-se-ão contra os justos, acusá-los-ão de serem os causadores das pragas, e procurarão destruí-los como fez Hamã com os judeus. Ver Ester 3:8-14. Mas Deus maravilhosamente livrará o Seu povo nesse tempo, como o fez então.
5- Qual será a primeira praga, e sobre quem cairá?
(Apocalipse 16:2) – E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.

6- Que constituirá a segunda praga?
(Apocalipse 16:3) – E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente.
7- Em que consiste a terceira praga?
(Apocalipse 16:4) – E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.
Nota: A segunda praga atinge o mar. a terceira praga aproxima-se das habitações humanas, e atinge a terra. As fontes das águas contaminadas.
8- Porque razão nestas pragas, o Senhor dá aos homens sangue a beber?
(Apocalipse 16:6) – Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores.
Nota: Nisto é revelada a aversão de Deus à opressão e perseguição. As pragas constituem a reprovação de Deus contra tremendas formas de pecado.
9- Que constituirá a quarta praga?
(Apocalipse 16:8) – E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.
O culto ao sol é a mais antiga e mais generalizada de todas as formas de idolatria. Nessa praga Deus manifesta a Sua desaprovação por essa forma de idolatria. Aquilo que fora adorado como deus se torna em praga e tormento. Assim foi nas pragas do Egipto. O que os egípcios tinham como objecto de adoração tornou-se então em flagelo em vez de proveito e bênçãos.
Ver também Joel 1: 16-20
10- Arrepender-se-ão os homens à vista de tão terrível juízo?
(Apocalipse 16:9) – E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.
11- Que será a quinta praga?
(Apocalipse 16:10) – E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor.

Nota:
Esta praga fere a própria sede da grande apostasia dos últimos dias, o papado. Assemelhar-se-á sem dúvida à praga idêntica no Egipto, que era uma escuridão que podia “ser sentida”. Êxodo 10:21-23. Por essa praga o despotismo iníquo, arrogante e apóstata que se diz possuir toda a verdade, e a luz do mundo, é amortalhado nas trevas da meia-noite.
12- Que ocorre sob a sexta praga?
(Apocalipse 16:12) – E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.
Nota: Isto, compreendemos, se refere à extinção dos Impérios do Mundo, tendo feito promessas de solução dos problemas sociais, económicos e espirituais, tendo no entanto fracassado totalmente, há aqui, um passo preparatório para a batalha do Armagedão.

13- Quem congrega as nações para a batalha do Armagedão?
(Apocalipse 16:13 a 16) – E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demónios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedão.
Nota: Esta passagem revela ser o espírito de Satanás que incita os homens para a guerra, e explica porque as grandes nações do mundo fazem tais preparativos para a luta. O dragão representa o paganismo; a besta, o papado; e o falso profeta, o protestantismo apostatado – as três grandes apostasias religiosas desde os tempos do dilúvio.
14- Nesse tempo, que evento estará iminente?
(Apocalipse 16:15) – Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
15- Que acontecerá ao ser derramada a sétima praga?
(Apocalipse 16:17 a 19) – E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terramoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.
16- Que acompanha o terramoto?
(Apocalipse 16:21) – E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande.
Ver Job 38:22,23; Salmo 7:11-13.
17- Que será o Senhor para o Seu povo nesse tempo?
(Joel 3:16) – E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel.
Nota: Para preparar o Seu povo e o mundo para esses tremendos juízos, o Senhor, como nos dias de Noé, envia uma mensagem de advertência, a toda a nação, tribo, língua e povo. – ver Apocalipse 14:6-10.
18- Justamente antes de serem derramadas as pragas, que convite dirige Deus ao Seu povo que ainda está em Babilónia?
(Apocalipse 18:4,5) – E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela.
Ver Génesis 19:12-17; Jeremias 51:6.
Nota:
A infinita misericórdia de Deus é revelada nas mensagens de advertência e admoestação que lhes manda. Embora o Seu povo professo se tenha d´Ele afastado e a geral apostasia tenha arruinado grandemente a Igreja Cristã, Ele reconhece que em todas as organizações ainda há homens e mulheres sinceros que deploram a apostasia prevalecente. A esses que amam a verdade Deus chama o Seu povo, e os convida para se separarem do pecado e das associações pecaminosas, para que não sejam participantes do juízo que cairá sobre os ímpios.
19- De que maneira inesperada cairão as pragas sobre a moderna Babilónia?
(Apocalipse 18:8 a 10) - Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga. E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilónia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.
20- Que anúncio é feito por ocasião do derramamento da sétima praga?
(Apocalipse 16:17) – E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.
Nota: Deus criou o homem para o abençoar. Génesis 1:28. quando as Suas bênçãos são vilipendiadas, Ele as retira, para ensinar os homens a sua origem e o seu uso conveniente. Ageu 1:7-11. Juízos são enviados para que os homens aprendam a justiça. Isaías 25:9; 1ª Reis 17:1. O facto de os homens não se arrependerem quando castigados, não é evidência de que Deus tenha deixado de ser misericordioso e perdoador. Demonstram eles simplesmente ter determinado o próprio destino, e que mesmo aos mais severos juízos de Deus não levarão os ímpios e impenitentes ao arrependimento.
21- Justamente antes da segunda vinda de Cristo, que solene decreto será expedido, o qual indicará que os casos de todos já estão decididos?
(Apocalipse 22:11,12) – Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
Nota: Apocalipse 15:8 mostra que homem algum pode entrar no templo, no Céu, enquanto estão a ser derramadas as pragas. Cessa toda a mediação em favor dos pecadores. Apocalipse 16:11 mostra que não há mais arrependimento depois de terminar o tempo da graça. O derramamento das pragas é o princípio do juízo de Deus contra os ímpios. (Ver Apocalipse 18:7,8; 16:5,6) As pragas são derramadas sem mistura de misericórdia. (Apocalipse 14:10) São a expressão da justiça de Deus. (Apocalipse 16:5-7).
Conclusão: Os Salmos parecem ter sido escritos especialmente para conforto e animo dos que amam e temem a Deus em todo o tempo, especialmente, no tempo das últimas pragas: Salmo 91 e 46 – ver também Isaías 33:13-17.



O JUÍZO
1- Que certeza temos de que haverá um julgamento?
(Actos 17:30,31) - Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
2- Estava o juízo ainda no futuro, no tempo de S. Paulo?
(Actos 24:25) - E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei.
3- Quantas pessoas deverão enfrentar o juízo?
(Eclesiastes 3:17) – Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.
(2ª Coríntios 5:10) – Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.
4- Que motivo apresentou Salomão para insistir em que temam a Deus e guardem os Seus mandamentos?
(Eclesiastes 12:14) – Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.
5- Que visão da cena do juízo foi permitida ver a Daniel?
(Daniel 7:9,10) – Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
6- Fundamentalmente o que será avaliado no juízo?
(Apocalipse 20:12) – E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
7- Que diz a Bíblia sobre o registo escrito, ou memorial?
(Malaquias 3:16) – Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram frequentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome.
8- Quem inicia o juízo e o preside?
(Daniel 7:9) – Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente.
9- Quem serve a Deus e O auxilia no juízo?
(Daniel 7:10) – Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
Ver Apocalipse 5:11.
10- Quem é conduzido então perante o Pai?
(Daniel 7:13) – Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
11- Na qualidade de Advogado do Seu povo, que confessa Cristo perante o Pai e os Seus anjos?
(Apocalipse 3:5) – O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Ver Mateus 10:32,33; Marcos 8:38.
Nota:
Na vigência do juízo, tanto os justos como os ímpios estão ainda mortos nos sepulcros. O registo da vida de cada um, no entanto, consta dos livros do Céu, e por esse registo são bem conhecidos o seu carácter e actos. Cristo ali está para interceder em favor dos que O escolheram para Advogado. 1ª João 2:1. Ao apelar para que os pecados deles sejam apagados dos livros de registo, Jesus apresenta o Seu sangue. Como o lugar do juízo é o Céu, onde está o trono de Deus, e como Cristo está presente em Pessoa, concluí-se que a obra do juízo se dá também no Céu. Todos são julgados pelo registo da sua vida, respondendo assim pelos actos cometidos por meio do corpo. Essa obra não somente decidirá para sempre os casos dos mortos, mas também porá fim ao tempo da graça para todos quantos estão vivos, depois do que, Cristo virá para levar para Si aqueles que a Ele permaneceram fiéis.
12- Depois de, pelo juízo investigativo, terem sido determinados os súbditos do reino, que é dado a Cristo?
(Daniel 7:14) – E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.
13- Que título terá Cristo quando vier pela segunda vez?
(Apocalipse 19:16) – E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
14- Que fará o Senhor Jesus a cada pessoa?
(Mateus 16:27) – Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.
Ver Apocalipse 22:12.
15- Para onde levará Cristo o SEU povo?
(João 14:2,3) – Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
16- Quantos mortos ressuscitarão?
(João 5:28,29) – Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.
17- Que tempo haverá entre as duas ressurreições?
(Apocalipse 20:4,5) – E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição
.
18- Como deveria ser revelado ao mundo o começo do juízo?
(Apocalipse 14:6,7) – E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo. Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.


A IGREJA E O PODER TEMPORAL
1- Que estava em operação na igreja no tempo do Apóstolo Paulo?
(II Tessalonicenses 2:7) – Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado.
2- Que espécie de homens, disse ele, se levantariam na igreja?
(Actos 20:29,30) - Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho. E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
3- Porque experiência passaria a Igreja, e o que nela surgiria antes da segunda vinda de Cristo?
(II Tessalonicenses 2:3) – Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.
4- Em que se viu a primeira prova tangível dessa “apostasia” da verdade divina?
* Na adopção de ritos e costumes pagãos na igreja.
“Os bispos aumentaram a quantidade de ritos religiosos no culto cristão, … tanto dos judeus como dos pagãos, a fim de facilitar-lhes a conversão ao cristianismo. …Para este propósito deram às instituições do evangelho o nome mistério, e sobretudo o santo sacramento ornaram eles com esse título solene. Usaram nessa sagrada instituição, bem como na do baptismo, vários dos termos empregues nos mistérios pagãos, e chegaram, até, a adoptar os mesmos ritos e cerimónias de que consistiam aqueles célebres mistérios.” Ecclesiastical History (Tradução de Maclaine), por Mosheim, cent. 2, cap. IV, pars. 2-5.
5- Em que época já se manifestava essa tendência?
“Esta imitação começou nas províncias orientais; mas, depois da época de Adriano (César Romano 117-138 A.D.) que foi o primeiro introdutor dos mistérios entre os latinos, foi seguida pelos cristãos que habitavam as partes ocidentais do Império.” – Idem, par. 5.
6- Qual tem sido uma grande característica do papado?
* A união da Igreja e do Estado, ou a autoridade religiosa dominando a civil para a consecução dos seus objectivos.
7- Quando se formou a união da Igreja e do Estado, da qual nasceu o papado?
* Durante o reinado de Constantino, 313-337 A. D., foi posta a base, desenvolvendo-se sob os seus sucessores.
8- Qual foi, por aquele tempo, o carácter de muitos dos bispos?
* “Bispos de mentalidade mundana, em vez de cuidarem da salvação do rebanho, eram muitas vezes dados demais a viajarem dum lugar para o outro, e intrometerem-se nos assuntos mundanos.” History of the Christian Religion and Church, de Neander, Vol. II, p. 16.

9- Que decidiram os bispos fazer?
* “Esta teoria teocrática já prevalecia ao tempo de Constantino; e … os bispos voluntariamente se tornaram dele dependentes por meio das suas disputas, e pela determinação de fazerem uso da autoridade do Estado para a consecução dos seus objectivos.” Idem, p. 132.
Nota: A “teoria teocrática” era a de um governo exercido por Deus por meio da Igreja, particularmente mediante os seus bispos.
10- Em que data saiu a famosa lei dominical de Constantino?
* Em 321 A. D
.
11- Quando e por quem foi convocado o Concílio de Nicéia?
* Pelo Imperador Constantino, em 325 A. D.
12- Sob a autoridade de quem foram publicados os seus decretos?
“Os decretos…foram publicados sob a autoridade imperial, alcançando assim importância política.” Idem, p. 133.
13- Qual foi um dos objectivos principais na convocação desse concílio?
“A questão referente à observância da Pascoa, suscitada no tempo de Aniceto e Policarpo, e depois no de Vítor, estava ainda sem decisão. Foi esse um dos motivos principais da convocação do Concílio de Nicéia, sendo o assunto de maior importância a ser considerado depois da controvérsia ariana.”
“Parece que as igrejas da Síria e Mesopotâmia continuaram a seguir o costume dos judeus, e a celebrar a Páscoa no décimo quarto dia da Lua, quer caísse ao domingo quer não. Todas as demais igrejas celebravam essa solenidade no domingo somente, a saber: Roma, Itália, África, Lídia, Egipto, Espanha, Gália e Bretanha; e toda a Grécia, Ásia e Ponto.” Historical View of the Council of Nice, por Boyle, p. 23, edição de 1836.

14- Que decisão teve afinal o assunto?
“O dia da Páscoa foi por fim fixado no domingo imediato à Lua cheia mais próxima, após o equinócio vernal.” Idem, p. 24.
15- Que foi decretado pelo Concílio de Laodicéia, em 364 A. D.?
* Que os cristãos deveriam guardar o domingo, e que, se persistissem em repousar ao sábado, “estariam desligados de Cristo.”
16- Que leis imperiais foram estabelecidas em 386 A.D.?
“Por meio duma lei feita no ano 386, aquelas alterações mais antigas feitas por Constantino foram impostas com maior vigor; e, em geral, foram proibidas estritamente no domingo as transacções civis de toda a espécie.” Church History, de Neander, Vol. II, p. 300.
17- Que petição foi feita ao Imperador por uma convenção dos bispos da Igreja em 401 A. D.?
“Que os espectáculos públicos fossem transferidos do domingo da cristão e dos dias santos para qualquer outro dia da semana.” Ibidem.
A lei desejada foi conseguida em 425 A.D.
18- Qual foi o objectivo dos bispos da Igreja, ao pedirem leis dominicais?
“Que o dia fosse dedicado com menos interrupção ao propósito da devoção.” “Que a devoção dos fiéis ficasse isenta de qualquer perturbação.” Church History , de Neander, Vol. II, ps. 297 e 391.
19- Como era perturbada a “devoção” dos “fiéis”?
“Os professores da Igreja…em verdade, eram muitas vezes forçados a queixar-se de que nessas competições, o teatro era muitíssimo mais frequentado do que a Igreja.” Idem, p. 300.
20- Que diz Neander quanto à obtenção dessas leis?
“Desse maneira a Igreja recebeu o auxílio do Estado para atingir os seus fins.” Idem, p. 301.
Nota: Por esse meio, mais do que por outro qualquer, talvez, a Igreja e o Estado estavam unidos. Dessa maneira a Igreja conseguiu o controlo da autoridade civil, que mais tarde usou como meio de exercer as mais fortes e extensas perseguições. Negou assim a Cristo e o poder da piedade.
21- A Igreja ao conseguir o auxílio do Estado nesse ponto, que mais pediu?
Que a autoridade civil fosse exercida para compelir os homens a servirem a Deus conforme a Igreja o ditasse.
22- Que ensinou Agostinho quanto a essa teoria teocrática, de que ele foi o pai?
“Quem duvida que é melhor ser guiado a Deus pela instrução, do que pelo temor do castigo ou da aflição? Mas por causa do primeiro, os que forem guiados somente pela instrução, serão melhores; os outros, porém, não deverão ser negligenciados. …Muitos, como os servos maus, precisam ser muitas vezes reconduzidos ao Mestre pela vara do sofrimento, antes de poderem atingir o estágio mais elevado do desenvolvimento religioso.” Idem, ps. 214, 215.
23- A que conclusão chega Neander no tocante a esta teoria?
“Foi por Agostinho, pois, proposta e fundada uma teoria, que, conquanto moderada na sua aplicação prática, por seu próprio espírito pio e filantrópico, continha, não obstante, o germe de todo aquele sistema de despotismo espiritual, de intolerância e perseguição, que culminou nos tribunais da Inquisição.” “Ele não deu preferência à pergunta: Que é correcto? Em elação à outra: Que é conveniente? Mas a teoria que despreza essas distinções dá margem para qualquer despotismo que faria dos fins santos um pretexto para o uso de meios não santificados.” Idem, ps. 217, 249,250.
Conclusão: Assim foi que se formou a união da Igreja e do Estado, de que resultou “a besta” ou o papado, do Apocalipse, que fez “guerra contra os santos” e os venceu. Um proceder semelhante não pode deixar de produzir resultados idênticos hoje. O Dr. Philip Schaff, na sua obra A Igreja e o Estado, p. 11, diz: “A autoridade secular demonstrou-se ser um dom satânico da Igreja, e a autoridade eclesiástica ficou provado ser uma máquina de tirania nas mãos do Estado.”

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