31.10.09

O SELO DE DEUS É IMUTÁVEL


O selo é definido como um instrumento de selar, usado por estados e corporações com o objectivo de garantir a autenticidade.
Um selo também é definido como anel de selar, marca, sinal e estampa.
Selar é colocar em alguém uma marca indicando que é genuína ou aprovada; podendo indicar também algo distinto, atestado, confirmado ou estabelecido. Os que amam a Deus e obedecem a Sua vontade são selados e fazem as obras do Senhor. Para ser selado é preciso colocar o amor a Deus em primeiro lugar e aceitar qual é a vontade de Deus para a sua vida. Este estudo vai identificar o selo de Deus e vai mostrar como é importante obedecer e seguir a vontade divina.
• O que é o Selo de Deus?
É o sinal da cruz? É o baptismo? São as línguas estranhas? É ser crente?
NÃO, NÃO É NADA DISSO!
Então como saber qual é o selo de Deus e onde se ele encontra?
Diz o profeta: “Sela a Lei…” Isaías 8:16.
Isto quer dizer que o selo de Deus esta na Sua santa Lei, ou seja, nos Dez Mandamentos.
• Definição de um Selo
Antes de identificarmos o selo de Deus nos mandamentos, precisamos definir as características de um selo:
1. Nome – Identifica a quem pertence.
2. Cargo – Qual é a autoridade.
3. Domínio – Território de domínio.
• Mandamentos de Deus
Qual dos dez mandamentos preenche as características de um selo?
• Primeiro – Êxodo 20:3.
• Segundo – Êxodo 20:4-6.
• Terceiro – Êxodo 20:7.
• Quarto – Êxodo 20:8-11.
• Quinto – Êxodo 20:12.
• Sexto – Êxodo 20:13.
• Sétimo – Êxodo 20:14.
• Oitavo – Êxodo 20:15.
• Nono – Êxodo 20:16.
• Décimo – Êxodo 20:17.
• O Selo de Deus


“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8 a 11.
1. Nome – O quarto mandamento é o único que mostra Deus como sendo único. (Nome)
2. Cargo – O quarto mandamento é o único que mostra também que Ele é o Criador. (Cargo)
3. Domínio – O quarto mandamento é o único que diz que Ele domina céus, terra e mar e tudo o que neles há. (Território de Domínio)
• A Prova
O sábado é um sinal, ou seja, um selo, e, se preferir, uma marca entre Deus e seu povo. Portanto o selo de Deus é o sábado. A prova disto é dada pelo próprio Deus:
“Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibas que Eu Sou o Senhor, vosso Deus.” Ezequiel 20:20.Veja também Êxodo 31:13 a 18.
• Quem Guardou o Sábado?
1. Adão e Eva – Gênesis 2:3.
2. Deus – Gênesis 2:1 a 3.
3. Povo de Deus – Êxodo 16:4,5, 22 a 30.
4. Estrangeiros em Israel – Isaías 56:6.
5. Profetas – Ezequiel 20:20.
6. Jesus – Lucas 4:16.
7. Virgem Maria – Lucas 23:54 a 56.
8. Apóstolos – Atos 13:13, 14; 17:2; 18:4.
9. Os Salvos no Céu – Isaías 66:22, 23.
• Como Guardar o Sábado?
1. Observar de pôr-do-sol a pôr-do-sol. Levítico 23:32.
2. Preparar-se para receber o sábado. O dia anterior ao sábado é o dia da preparação. Lucas 23:54.
3. Não trabalhar ou realizar actividades seculares no sábado – desportos, viagens, jogos, ouvir rádio, músicas seculares, assistir TV, etc. Êxodo 20:8-11; Isaías 58:13, 14.
• Pesquise na Bíblia
1. Até quando os anjos deveriam segurar os ventos? Apocalipse 7:1 a 3.
2. O que significa receber o selo na fronte? Apocalipse 7:3.
3. Que dia é o sétimo dia da semana? Êxodo 20:10.
4. É permitido praticar obras de caridade no dia de sábado? Mateus 12:11, 12.
5. Que advertência encontramos na Palavra de Deus? Isaías 56:2, 6.
6. Para benefício de quem foi dado o sábado? Marcos 2:27.
• Pense Nisto
Por que o sábado é um sinal será colocado na fronte?
Porque fronte é símbolo de entendimento e Deus quer que você o aceite pela razão. Por isso é necessário estudar a Bíblia de uma forma sincera e honesta.
Agora você entende porque o inimigo foi mexer justamente neste mandamento?
Este é o único que prova que Deus é o Criador.
Se tirarmos este mandamento como muitos fazem, não temos como provar que Deus é Criador.
Qual é o teu Deus?
Guardar o sábado não é apenas deixar de trabalhar, mas também declarar qual é o Deus que você serve. Para que o Criador seja o teu Deus é necessário que você guarde o sábado. Agora, se você não aceita o sábado como Dia do Senhor, você coloca dúvida sobre quem é o seu Deus, principalmente sabendo que quem mudou o sábado para o domingo foi o sistema papal sob a direção de Satanás.
“Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a benção e a maldição.” Deut. 11:26-28.
• Benção – Obedecer aos mandamentos de Deus.
• Maldição – Rejeitar os mandamentos de Deus.
Guardar o Sábado não é apenas deixar de trabalhar, mas também declarar qual é o Deus que você serve. Para que o criador seja o seu Deus é necessário que você guarde o Sábado.
Você quer receber o selo de Deus agora? Então entregue sua vida a Deus, de todo coração.

30.10.09

O REMANESCENTE E OS DISSIDENTES

Qualquer pessoa, mesmo portadora de conhecimento superficial da história adventista, pode identificar a falta de originalidade que caracteriza os métodos utilizados por aqueles que se opõem ao adventismo actualmente.

O panfletismo, a propaganda obscura e o terrorismo verbal continuam sendo o maior trunfo. Deploravelmente, tais ataques são dirigidos para uma audiência mais vulnerável, composta daqueles cuja incredulidade é excedida apenas pela incapacidade de discernir.

A tentativa não é levar o evangelho aos que estão fora do círculo de Cristo. O esforço maior não é expandir o reino de Deus, em cumprimento da grande comissão evangélica. O que consome as energias e se converte na obsessão dos reformadores equivocados, é “pescar dentro do aquário”. Envenenar outros irmãos mais frágeis, na própria igreja, com a divulgação de um “evangelho” ao reverso, constituído de más novas, das faltas e escândalos — imaginários, exagerados ou reais — envolvendo pastores, líderes e instituições.

O alvo deste ‘friendly fire’ são aqueles irmãos que mais facilmente podem ser levados a se escandalizar e passar a ver com suspeita a Igreja e seus líderes. A expressão ‘friendly fire’ (fogo amigo) é um nome irônico dado às baixas causadas entre combatentes que lutam do mesmo lado. Por ignorância, falha humana ou técnica, ou pouca visibilidade, os disparos alvejam companheiros do mesmo exército. Na guerra do Golfo, segundo informações de que dispomos, um quarto de todas as baixas no exército americano foram causadas por soldados americanos.

Se o método não é novo, também não é novo o espírito da empreitada. Os precedentes históricos têm raízes de larga abrangência. Em tempos imemoriais, eles incluem os belicosos amalequitas, a ofensiva tribo que, embora contra-parente dos israelitas, no caminho de Canaã, colocou- se na retaguarda, quando Israel “ia cansado e afadigado” (Deut. 25:17 e 18), e impiedosamente causou trágicas baixas entre os mais indefesos e fracos.

Em tempos mais recentes, há aproximadamente 40 anos, Francis D. Nichol, então editor da Review and Herald, publicou uma série de artigos expondo os vários grupos independentes da época, buscando seguidores entre irmãos adventistas. As acusações feitas pelos dissidentes de então, o método e a estratégia, em nada diferem daquilo que estamos presenciando hoje, nos jornais, panfletos, revistas, cartas circulares, livros e tapes dos “amalequitas” modernos. Os nomes mudaram; mas, de resto, pouco mudou.

O que torna os dissidentes actuais um tanto mais “eficientes” e multiplica a influência deles são os recursos da tecnologia moderna à sua disposição. Qualquer pessoa hoje, com um computador e com algum conhecimento da lnternet e website, facilmente encontra os canais de divulgação do seu ministério de crítica e acusação.

William Johnsson correctamente observa que “se não houvesse a Igreja Adventista do Sétimo Dia, estes [acusadores) não poderiam existir... Eles se valem da obra edificada por tantos anos de trabalho e lágrima. O termo é duro, mas adequado, assim, deixe-me dizê-lo em amor: eles são parasitas da Igreja; sobrevivendo às custas daqueles que por uma razão ou outra, foram persuadidos por suas publicações... eles sempre se apresentam em uma luz favorável, como leais, fundamentalistas, adventistas históricos.

Alguns usam o título de ‘pastor’ embora não tenham qualquer credencial reconhecida pela Igreja. Alguns ocultam que nem mesmo são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia [1] É provável que nem todos esses detalhes se ajustem a todos os dissidentes, mas eles oferecem um perfil da estratégia comum.

Tudo isso é muito trágico. É deplorável mesmo, que num tempo quando mais do que nunca o corpo de Cristo deveria estar unido, o grande inimigo, o inspirador e originador de toda dissensão consiga fazer-nos diluir e malbaratar atenção e energia em questões que apenas nos desviam para os seus atalhos, bifurcações e becos sem saída.

É deplorável que o manto de Cristo seja assim rasgado, como resultado, muitas vezes, de teorias infundadas, ou, outras vezes, de ressentimentos e amarguras pessoais, transportados para o nível institucional.

É trágico que o precário argumento ad hominen se torne a arma comum, dirigindo o ataque ao carácter do oponente, sem ouvir seus argumentos, razões ou defesa; ou que, de outra forma, apele às emoções, aos preconceitos e interesses particulares daqueles que os ouvem. E assim, o que se busca é apenas “ganhar o caso”, sem qualquer respeito a princípios ou à ética cristã.

A mentalidade “antilíder”, tão comum em nossa cultura, ameaça invadir a Igreja. Tal disposição, que desafia e rejeita a autoridade, deleita-se em apontar as falhas dos líderes, a ponto de os cansar e levá-los ao desânimo, com o negativismo e a “mentalidade de morcego”, que apenas vê o mundo de cabeça para baixo. A falha desses analistas é não perceberem que a atitude de apontar problemas e criticar falhas está muito longe de ser sinónimo de sugerir soluções inteligentes, criativas e, sobretudo, que reflictam o espírito de Cristo.

O individualismo é o fermento cultural dos tempos. Individualismo obsessivo gera o pluralismo que, por sua vez, conduz ao relativismo. Combinadas, tais atitudes tornam a sociedade e a Igreja quase ingovernáveis, transformando a tarefa dos líderes em algo virtualmente impossível.

Vivemos nos dias da cultura centralizada no eu. Como indica William Johnsson, “meus prazeres, aquilo que eu gosto, aquilo que eu não gosto, minha gratificação pessoal governa o tempo em que vivemos. Esqueça-se do futuro... Esqueça-se quem vai pagar depois, esqueça-se das regras, esqueça-se de Deus. ‘Não ouse atravessar no meu caminho.’ Se me parecer bem, é isto que eu quero e agora, e é isto que eu vou conseguir”. [2]

Essa mentalidade, entretanto, corre em directa linha de colisão com aquilo que Deus deseja realizar de belo e novo através da igreja. Enquanto Deus busca preparar um corpo universal, com uma missão universal, a idéia dos separatistas é fragmentar a igreja, dividi-la em átomos isolados sem qualquer elemento unificador. “Cada um por si”, vivendo e morrendo em si mesmo, recebendo e utilizando os recursos dentro dos seus próprios limites individuais, como células cancerosas, que se separam do sistema, para o seu colapso e morte.

Aqueles que se alimentam dos escândalos explorados pelos dissidentes devem aprender duas lições fundamentais. Primeira, apenas porque alguém resolveu fazer relatos de “corrupção”, “imoralidade” ou coisa do género, não significa que tais notícias sejam verdadeiras. Devemos lembrar, ainda, que mesmo que as informações sejam verídicas, elas não representam a Igreja adventista ou o ministério adventista. Devemos ter em mente ainda que o ânimo cristão não deve deixar-se apagar por causa dos maus exemplos de alguns, não importa quem sejam eles. Os cristãos não seguem a outros cristãos mas a Cristo.

Segunda lição a ser aprendida, os que recebem o bombardeio da propaganda dissidente devem estar conscientes de que aqueles que se regozijam com as falhas dos outros, de alguma forma se esqueceram da instrução bíblica: “o amor não se alegra com a injustiça..;” (1 Cor. 13:6).

E fácil levantar o dedo acusador, espalhar as falhas alheias, fabricando-as ou exagerando-as maliciosamente, muitas vezes sob o pretexto de “defesa da verdade”. Difícil é construir, é erguer pessoas. Mas é precisamente isso que Deus espera dos filhos do Reino. Quando a graça de Cristo irrompe no coração, ela transforma a esfera dos relacionamentos humanos; torna-nos mais humanos, misericordiosos e pacificadores.

Cristo não deixou aberto para os Seus discípulos o caminho do revanchismo e da retaliação. Seu exemplo fechou para sempre tal avenida, indicando-nos que os cristãos alcançam reformas profundas quando eles agem como “sal e luz”. A justiça deles não é vista em termos de escrupulosidade semelhante à dos escribas e fariseus.

Os males da Igreja e na vida dos seus ministros já são em si mesmos escabrosos o suficiente, e não necessitam de maior divulgação. De fato, expô-los pode parecer às vezes politicamente correcto, mas dificilmente é algo de natureza cristã. Com extraordinária percepção, Ellen White aconselha que “[os males encontrados na Igreja] são mais para serem deplorados do que acusados” [3]. Em outro texto, ela afirma: “Desviai vossos olhos do que é escuro e desanimador, e contemplai a Jesus, o nosso grande Líder.” [4]

Os que se escandalizam com as falhas de líderes estão sugerindo que eles mesmos nunca leram a Bíblia. O testemunho bíblico não deixa qualquer dúvida de que o povo de Deus e seus líderes, tanto no antigo como no Novo Testamento, constantemente falharam em viver os ideais divinos para eles. O refrão sobre os reis de Israel, representantes directos de Deus, no sentido de que “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor”, se repete constantemente na narrativa bíblica. Os escritos de Ellen White têm muito a dizer sobre problemas nos primórdios da Igreja em Battle Creek.

Aqueles que têm qualquer dúvida quanto à existência de pecados entre o povo de Deus devem ler cuidadosamente a primeira carta de Paulo aos coríntios. Leiam o próprio registro dos heróis da fé, em Hebreus II, e sem dúvida concluirão que o único herói da Igreja é Jesus Cristo, que apela, aceita e transforma a vida dos faltosos sem Se desanimar deles e sem publicar a lista dos seus pecados.

Robert Spangler, um dos mais dignos e respeitados representantes do ministério adventista, foi por muitos anos editor de Ministry. Faleceu, não faz muito tempo, num trágico acidente automobilístico, numa das estradas de Los Angeles. Num livro, que foi publicado depois de sua morte, ele descreve com extraordinário candor seus próprios sentimentos no início de seu ministério. Suas palavras, que constituem o testemunho de um pastor a outros pastores, são permeadas por uma aura de indizível tristeza. Diz ele:

Ao permitir-nos transitar através do vale do vinagre, a doçura daquilo que Cristo está realizando por meio da Sua Igreja passa despercebida. A mente vê aquilo em que foi treinada a permanecer. Malícia, cepticismo e cinismo são males difíceis de serem vencidos. Com tristeza, eu confesso que no início do meu ministério alimentei-me das faltas dos líderes da Igreja. Lembro-me de uma carta hostil que escrevi ao meu velho amigo E. D. Nichol. Sua doce resposta desarmou-me completamente. Aquilo que eu tentava demonstrar não estava completamente errado, mas errados estavam meu espírito e atitude.

“Na medida em que os anos se passaram, encontrei-me alimentando-me mais e mais dos problemas da Igreja. Não os criticava publicamente, mas em meu coração descobria um afastamento dos meus irmãos, que me deixava vazio. Meu relacionamento com Jesus Cristo tornou-se extremamente frágil. As devoções pessoais eram frequentemente interrompidas por irritações sobre algo que eu sabia estar acontecendo na Igreja. O dia chegou quando concluí que minha alma estava em perigo. Eu estava construindo barreiras entre meu próprio coração, os outros obreiros e o meu Deus. Gradualmente, através da ajuda do Senhor, aprendi a buscar o bem e o melhor. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas agradeço a Deus pela direcção na qual Ele tem estado a guiar-me.” [5]

Inquestionavelmente, a Igreja tem problemas e líderes cometem faltas que necessitam ser reconhecidas e resolvidas. Consultada quanto ao uso incorrecto de dízimos e ofertas, por líderes da Igreja, Ellen White sugeriu três princípios básicos para se tratar com essa e outras distorções: “Façais a vossa queixa de maneira clara e aberta, no espírito correcto, e às pessoas certas. Mas não vos afasteis da obra de Deus, provando-vos infiéis, porque outros não estão agindo correctamente.” [6]

Portanto se, por um lado, os cristãos não recorrem à conveniência do silêncio, por outro lado, o fórum para a discussão de problemas na vida da Igreja não é o recurso das circulares, dos jornais e cartas anónimas. A solução desses males não é encontrada na semeadura do cinismo, da crítica e da incredulidade. Tal atitude violenta a experiência espiritual daqueles que devotam seu talento e energia a esse propósito.

Devemos nos lembrar também das outras vítimas. Profundas impressões são feitas na mente daqueles que ouvem e lêem tais relatórios. Questões são suscitadas e dúvidas fortalecidas. E, afinal, quem responderá por aqueles que foram desencorajados e ficaram pelo caminho? Pelos que foram desviados por aqueles que não foram responsáveis no uso da sua influência? Quem poderá erradicar o veneno que foi neles injectado?

Ellen White não teve qualquer ilusão quanto à humanidade e natureza caída daqueles que formam a Igreja. Em sua fase militante, o corpo de Cristo é frequentemente maculado pela poeira da caminhada. Entretanto, o optimismo da voz profética é inabalável: “Embora existam males na Igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a Igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A Igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objecto na Terra, ao qual Cristo confere Sua suprema consideração.” [7]

Sem provisão teológica

Um último aspecto deve ainda ser abordado em nossa discussão. Para fechar o círculo deste artigo, retornamos à questão inicial do remanescente. Aqueles melhor orientados teologicamente podem argumentar que a História revela ter sido precisamente o fracasso dos que foram originalmente chamados que provocou a necessidade do remanescente.

A Israel foram feitas, sob condições, promessas de que ele permaneceria como povo escolhido. Ao fracassar, Deus suscitou a Igreja cristã. Quando esta se tornou corrompida em doutrinas e práticas, Ele levantou os reformadores para se separarem e formarem o corpo protestante. Então estes também falharam em avançar na luz que lhes foi concedida, e o Senhor suscitou o movimento adventista com uma missão especial para o fim da História, O modelo é consistente: até aqui os fiéis saíram do remanescente apostatado para constituírem um novo remanescente. Quer isto dizer que o ciclo de chamado, apostasia e novo chamado continua aberto indefinidamente?

É precisamente aqui que o cenário impõe uma nova dinâmica. Obviamente esse ciclo deve ser quebrado em algum ponto; do contrário, por causa da natureza humana, ele ocorreria constantemente sem qualquer resolução final. Notemos que o fracasso de Israel ou da própria Igreja não tomou Deus de surpresa. A antecipação divina já fizera provisão para a tragédia da apostasia, tanto de Israel, da Igreja cristã, como da própria reforma protestante. Contudo, não existe qualquer provisão profética para um novo remanescente em substituição ao movimento adventista. Isso é evidente no Apocalipse (capítulos 3 e 12). Sete Igrejas, e não mais, simbolizam a trajectória da Igreja através da Era Cristã. Laodicéia, a Igreja morna, o povo do juízo, com todos os seus defeitos e fraquezas, fecha o círculo. Qualquer outra conclusão significa estar em descompasso com o tambor da revelação.

Então, como tratará Deus com os problemas da Igreja, se não há provisão profética para um remanescente do remanescente? Para embaraço dos dissidentes, Deus introduz aqui uma nova estratégia. O Senhor claramente delineou como Ele há de administrar a crise final da Igreja, mas Sua agenda, devemos entender, não inclui a probabilidade de um novo movimento separando-se dela. No passado, como foi visto, o chamado foi para que os fiéis se separassem do corpo apostatado. Mas, esse processo, repetimos, não pode continuar indefinidamente. Nas cenas finais da História, ao contrário das reformas tradicionais, são os infiéis, não os fiéis, que deixarão a Igreja.

A sacudidura tomará o lugar do clássico chamado para sair. Esses dois métodos de separação devem ser claramente diferenciados e entendidos. “Haverá uma sacudidura [peneiramento]. A palha deve, no tempo certo, ser separada do trigo. Porque a iniquidade aumenta, o amor de muitos se esfria. Este é precisamente o tempo quando o genuíno deverá ser mais forte.” [8]

Qual o resultado final desse peneiramento? A palha, representando os infiéis e insinceros que presentemente são encontrados na Igreja, será separada do trigo, símbolo dos cristãos genuínos. O grupo classificado como “morno” (Apoc. 3: 15 e 16), para constrangimento da Igreja, presente hoje em Laodicéia, há então de desaparecer para sempre, quer identificando-se com o “quente”, ou assumindo o grupo dos “frios”. A polarização é inevitável, e não poderia ser diferente.

Como um ato de sabotagem, o inimigo traz o joio para dentro da Igreja (Mat. 13:24-30, 36-43). “Enquanto o Senhor traz para a Igreja aqueles que são verdadeiramente conversos, Satanás, ao mesmo tempo, traz pessoas que não são verdadeiramente convertidas para a sua [da Igreja] comunhão.” [9] Contudo, como Ellen White indica, esse estado de coisas há de sofrer uma alteração radical: “A sacudidura deve em breve acontecer para purificar a igreja.” [10]

Quem são os que deixarão a Igreja, sob a acção da sacudidura, identificados de forma geral sob as figuras do “joio”, “palha” e “mornos”? Ellen White, em seus vários escritos sugere uma ampla identificação: “os auto-enganados”, “os descuidados e indiferentes”, “os ambiciosos e egoístas”, “os que se recusam a sacrificar”, “os orientados pelo mundanismo”, “os que transigem e comprometem a verdade”, “os desobedientes”, “os invejosos e críticos”, “os fuxiqueiros, os que acusam e condenam”, “a classe conservadora superficial”, “os que não controlam o apetite”, “aqueles que promovem a desunião”, “os estudantes superficiais da Bíblia”, “aqueles que perderam a fé no dom profético”. [11]

Aqui, dois fatos são evidentes: primeiro, a ampla variedade do catálogo; e, segundo, todas as categorias estão hoje representadas na Igreja.

Ellen White estabelece ainda uma clara convergência entre esses dois aspectos, observando que, “ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência á verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário”. [12]

Novamente, a ênfase é colocada no fato de que são os infiéis que abandonarão a Igreja: “Logo o povo de Deus será testado por severas provações e uma grande proporção daqueles que agora parecem ser genuínos e verdadeiros, provar-se-á metal inútil. Em lugar de serem fortalecidos e confirmados pela oposição, ameaças e abusos, eles, covardemente, tomarão o lado dos oponentes. ... Permanecer em defesa da verdade e da justiça — quando a maioria nos há de abandonar — para lutar as batalhas do Senhor, quando os campeões serão poucos, esse será o nosso teste. Neste tempo devemos tirar calor da frieza de outros, coragem da covardia deles, e lealdade de sua traição.” [13]

A purificação da Igreja virá no tempo indicado, mas não através das reformas e reformulações inventadas e promulgadas pelos dissidentes. A Igreja será purificada afinal, mas o movimento será precisamente o inverso daquilo que aconteceu ao longo dos desdobramentos da História. Sairão os insinceros, enquanto os fiéis permanecerão na comunhão da Igreja. E exactamente por isso, não há provisão divina para um novo remanescente. Aqueles que hoje buscam pureza eclesiástica através da crítica e da acusação, e finalmente se afastam do corpo remanescente de Cristo, cometem um colossal erro de cálculo.

Enquanto aguardamos a resolução final da História e a purificação da Igreja, devemos nos lembrar de que “Deus não deu a nenhum dos Seus servos a obra de punir aqueles que não dão ouvidos às Suas advertências e reprovações. Quando o Espírito Santo habita no coração, Ele guiará o agente humano a ver os seus próprios defeitos de carácter, a ter piedade das fraquezas dos outros, a perdoar como ele deseja ser perdoado. Será misericordioso, cortês e semelhante a Cristo”. [14]

Vitória assegurada

O carácter não é construído nas crises, mas é revelado por elas. Os frutos continuam sendo o grande teste da natureza da árvore e, certamente, se o Senhor não pode mudar-nos o carácter, dificilmente Ele poderá mudar nosso destino final.

Cada dia, nossa submissão ou rebelião à voz do Espírito está definindo as formas de nossa construção eterna. Ninguém precisa ser enganado pelas aparências. “Quando homens se levantam pretendendo ter uma mensagem de Deus, mas em vez de combaterem contra os principados e potestades, e os príncipes das trevas deste mundo, eles formam um falso esquadrão, virando as armas da guerra contra a igreja militante, tende medo deles. Não possuem as credenciais divinas. Deus não lhes deu tal responsabilidade no trabalho.” [15]

Falhará a Igreja? Independente de como os críticos e analistas do negativismo percebam a condição do remanescente de Deus, o Senhor está no controle. Fracasso de nossa parte em crer neste fato nos levará ao desencorajamento ou ao sentimento de que necessitamos “fazer justiça” com as nossas mãos. Mas essas são tentações que devem ser resistidas. “ A Igreja pode parecer quase a cair, mas ela não cairá. Ela permanece, enquanto os pecadores em Sião serão peneirados — a palha será separada do precioso grão. Este é um terrível processo, contudo ele deve acontecer.”

A garantia da igreja não reside na habilidade ou perfeição dos homens, mas na direcção de Deus. O remanescente de Deus não fracassará, mesmo quando as aparências sugerem outra conclusão. Podemos afirmar tal convicção porque ela está ancorada em quatro fatos basilares:

Primeiro, Cristo é o cabeça da Igreja. Isso evidentemente não nos coloca além da possibilidade de fracasso individual.

Segundo, não há qualquer provisão profética para um remanescente do remanescente. Tal certeza, entretanto, não deveria levar-nos a qualquer orgulho denominacional, acomodação ou falsa segurança na prática do pecado. Ao contrário, deve conduzir-nos à crescente submissão ao Senhor da Igreja.

Terceiro, as vitórias da igreja, através das crises de sua história, crises e pressões que em sua violência e poder de ataque pareceram insuperáveis, dão-nos segurança de que as crises futuras serão administradas pela eficiência dAquele que não pode falhar.

Finalmente, o quadro profético do apocalipse quanto à Igreja dos últimos dias, é esboçado em termos de vitória (Apoc. 14:1-5; 7:9, 10, 13-17). Não há nada incerto ou duvidoso quanto ao triunfo final da Igreja, ao enfrentar o mar tormentoso dos últimos eventos.

Segundo a tradição ligada ao Titanic, o navio considerado insubmergível pelo seu capitão, E. j. Smith, mas que fatalmente desceu para o seu mergulho sem retorno nas águas gélidas do Atlântico Norte, na madrugada de 15/04/1912, no domingo seguinte à tragédia, na cidade de Southampton, de onde o navio havia saído alguns dias antes, e onde viviam muitas das vítimas daquele naufrágio, um pregador americano convidado para uma campanha evangelística, pregou um poderoso sermão sob o título “O navio que não pode afundar”.

O sermão, evidentemente, não era uma referência ao Titanic, mas a uma outra embarcação, de 1900 anos antes, também seriamente ameaçada pelas águas, cruzando o mar da Galileia (Mat. 8:23-27). O único navio que não pode afundar, concluiu o pregador com extraordinário senso de propriedade, é aquele em que Cristo está presente.Essa é a única segurança da Igreja ao enfrentar a procela do mar aberto, nos instantes finais de sua jornada. Nossa garantia não se encontra na habilidade ou na perfeição dos homens, na suficiência ou na fortaleza da “embarcação”, mas na presença e autoridade dAquele a quem “os ventos e o mar obedecem” (v. 27).

Autor: Amin A. Rodor, Th.D, professor de Teologia no Unasp

Fonte: Ministério, setembro/outubro de 2000 – Texto reformatado e destaques – sublinhados – feitos pelo editor do site.

Referências:

1. William G. Johnsson. The Fragmentinf of .?duentism, pãg. 61; Bolse, Idaho; Pacific Press Publishing Association. I995.

2. Idem, pág. 21.

3. Ellen G. White. Testemunhos Para Ministros. pág 513.

4. ___________, Conference Bulletin. 19/05/19 13, pág. 34. RobertJ. Spangler. nd Remember —jesus is Corning Soon, pág. 89; Associação Ministerial da Associação Geral da IASD, 1997

6. ElIen G. White. Testimonies for The Church, vol. 9, pág. 249.

7. _____________, Testemunhos Para Ministros. pág. 49

8. _____________, Eventos Finais. pág. 149.

9. ElIen G. White, Spiritual Gifts. vol. 2, pág. 284.

10. ___________ , Carta 46. 887. pág. 6.

11. ver Testimonies, vol. 4, págs. 3I. 89, 90 e 232; vol. 5, págs. 81, 211, 212 e 463. vol. I, págs. 182, 187. 251 e 288; Primeiros Escritos, págs. 50 e 269; The Upward Look. pág. 22; Review and Herald. 08/06/1901; Testemunhos Para Ministros. pág 12; Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 84.

12. Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 608.

13. Seventh-day Adventist Bible Commentary. vol. 2, pág. 1.038.

14. Ellen G. White. Testimonies for The Church. vol. 5, pág. 136.

I5. _____________, Testemunhos Para Ministros, págs. 22 e

23.

16. ____________, Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 380.

Nota do Editor:

Da mesma forma que este artigo do Dr. Amin Rodor fortaleceu a minha fé na direcção de Deus nesta Igreja, tanto ao lê-lo a primeira vez quando, agora, ao publicá-lo neste site, creio que o mesmo fortalecerá a fé de todos os sinceros que dele se aproximem com espírito humilde e dispostos a aprender de Deus – através do Seu servo. Como sempre falo: Esta é – verdadeiramente – a Igreja de Deus aqui na Terra! Sendo assim, que, pelo poder do Espírito Santo operando em nós, sejamos humildes e “moldáveis” à operação da graça santificadora em nossa vida, a fim de que nos tornemos – verdadeiramente – o povo de Deus que compõe esta Igreja, o povo remanescente!

AS TRÊS MENSAGENS ANGÉLICAS POR ELLEM WHITE I

Publicado em por Seventh Day

entrevista”, Ellen White explica o Evangelho Eterno bem como o Quarto Anjo.






Compilado por

Kathy Usilton

1- Sr. White, são as três Mensagens Angélicas literais ou símbolos de alguma coisa? Ninguém escuta a voz destes anjos, pois eles são o símbolo que representa o povo de Deus que está trabalhando em harmonia com o universo do céu. Homens e mulheres, iluminados pelo Espírito de Deus, e santificados através da verdade, proclamam as três mensagens em sua ordem. Life Sketches of E.W.,p.429. Estes anjos representam aqueles que receberam a verdade, e com poder abrem o evangelho ao mundo. Bible Commetary, 7:978-979 (Carta79, 1900)

2- Como podemos saber o tempo quando a profecia do primeiro anjo foi cumprida? A própria mensagem clarifica luz em relação ao tempo quando este movimento deve tomar lugar. É declarado ser uma parte do “evangelho eterno”; e anuncia a abertura do julgamento. A mensagem de salvação tem sido pregada em todas as épocas; mas esta mensagem é parte do evangelho que poderia ser proclamada somente nos últimos dias, pois só então seria verdade que a hora do julgamento havia chegado (1844). O Grande Conflito págs. 356,357.

3- A senhora sente que pessoalmente teve parte no cumprimento destes três anjos? Eu tive uma experiência no primeiro, segundo e terceiro anjos…. Eu tive uma parte neste solene trabalho. Praticamente toda minha experiência Cristã está ligada a isto. Há aqueles que agora vivem que tem uma experiência semelhante a minha. Eles tem reconhecido que a verdade para este tempo; eles tem mantido passo a passo com o grande Líder, o Capitão do exército do Senhor. Na proclamação destas mensagens, toda especificação da profecia tem sido cumprida. Aqueles que foram privilegiados em terem uma parte na proclamação destas mensagens tem ganho experiência que é do mais alto valor para eles. Life Sketches of E.W. pág.429.

4- Qual é o “evangelho eterno” da primeira mensagem? A mensagem proclamada pelo anjo voando pelo meio do céu é o evangelho eterno, o mesmo evangelho que foi anunciado no Éden quando Deus disse à serpente: “porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar,” Gên.3:15. Aí está a primeira promessa de um salvador que havia de erguer-Se no campo de batalha para contestar o poder de Satanás e prevalecer contra ele. Cristo veio ao nosso mundo a fim de representar o carácter de Deus assim como ele é representado em Sua santa lei; pois esta é uma transcrição de Seu carácter. Cristo era tanto a lei como o evangelho. O anjo que proclama o evangelho eterno proclama a lei de Deus; pois o evangelho da salvação leva os homens à obediência da lei, pela qual seu carácter é formado segundo a semelhança divina. II Mensagens Escolhidas, 106.

5- O primeiro anjo diz “temei a Deus.” Temos nós realmente que ter medo dEle? O Senhor quer que Seu povo confie nEle se assegure no Seu amor, mas isto não quer dizer que não devamos temê-lo ou recea-lo. Alguns parecem pensar que se um homem tem um temor benéfico dos julgamentos de Deus, isto é prova de que ele está destituído de fé; mas isto não é assim. Bible Commnetary 6:1100.

Um apropriado temor de Deus, acreditar em Suas ameaças, resulta em frutos pacíficos de justiça, pois causa a alma temente, refúgio em Jesus. Muitos devem ter este espírito hoje, e tornar-se ao Senhor com contrição, pois o Senhor não tem dado tantas terríveis ameaças, pronunciado tão severo julgamento em Sua Palavra, simplesmente para terem escritos nos livros, mas Ele é sério no que diz. Idem (RH Out. 21, 1890). A verdadeira reverência a Deus é inspirada pelo senso de Sua infinita grandeza e a noção de Sua presença. Com este senso do invisível, todo coração deve sentir-se profundamente impressionado. A ocasião e o lugar de oração são sagrados, porque Deus está ali. Profetas e Reis, p.p.48,49.

6- Há controvérsia sobre a adoração hoje em dia. O que tem Deus em mente quando diz “adorar” na primeira mensagem? Pelo primeiro anjo os homens são chamados a temer a Deus, dar-lhe glória, e adorá-lO como Criador do céu e da terra. A fim de fazer isto devem obedecer à Sua lei. Diz o sábio: “Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem” (Ecl. 12:13). Sem a obediência aos Seus mandamentos nenhum culto pode ser agradável a Deus. “Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos”. “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (1 João 5:3; Prov. 28:9). O Grande Conflito, pág. 349, Cap. 25.

7- Poderia ser mais especifica? No Capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta directamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: “O sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus… porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor que é “um sinal,… para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus” (Êxo. 20:10,11- Eze. 20:20). Idem pág. 350.

8- Na segunda mensagem, o que é “Babilónia”? Declara-se que Babilónia é a “mãe das prostitutas”. Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita com o mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilónia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos séculos (Idem pág. 308,309,cap.21).

Muitas das igrejas protestantes estão seguindo o exemplo de Roma na iníqua aliança com os “reis da terra” – as igrejas do Estado, mediante as suas relações com os governos seculares; e outras denominações, pela procura do favor do mundo. E o termo “Babilónia” – confusão, pode apropriadamente aplicar-se a estas corporações; todas professam derivar as suas doutrinas da Bíblia, e no entanto, estão divididas em quase inúmeras seitas, com credos e teorias grandemente contraditórias (Idem 309).

9- O que é o “vinho” de Babilónia? O Grande pecado imputado a Babilónia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderosos da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções das Sagradas escrituras. Idem 312.

10- O que a senhora diria a alguém que acusa a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Babilónia? Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilónia, estais errado. Deus não vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer tangente errada, para dar origem a um falso excitamento, e assim desviar as almas do verdadeiro assunto para este tempo. Presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por vossa mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova (Testemunhos Para Ministros pág. 59).

11- O que é a “besta” e a “imagem da besta” na terceira mensagem angélica? A besta mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capitulo 13 do Apocalipse- o papado. A “imagem da besta” representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição dos seus dogmas (G.C. 355,356).

12- Por favor relembre-me da protecção que o povo de Deus terá, durante o tempo da perseguição. Ainda que os inimigos os lancem nas prisões, as paredes do calabouço não podem interceptar a comunicação entre a sua alma e Cristo. Aquele que vê todas as suas fraquezas, que sabe de toda a provação, está acima de todo o poder terrestre; e anjos virão a eles nas celas solitárias, trazendo luz e paz do Céu. A prisão será como um palácio; pois os ricos na fé morarão ali, e as paredes sombrias serão iluminadas com a luz celestial, como quando S. Paulo e Silas, à meia-noite, oraram e cantaram louvores na masmorra de Filipos (Idem 503, cap. 39).

13- Na terceira mensagem é a “ira de Deus” um conceito mental ou um evento real? Logo o mundo será abandonado pelo anjo da misericórdia, e as sete últimas pragas estão para ser derramadas. O pecado, a vergonha, a tristeza e as trevas jazem a cada lado; mas Deus ainda estende às almas dos homens o preciosos privilégio de trocar as trevas pela luz, o erro pela verdade, o pecado pela justiça. Mas a paciência e misericórdia de Deus nem sempre esperarão. Não pense nenhuma alma que se pode ocultar da ira de Deus atrás de uma mentira; pois Ele arrancará da alma o refúgio de mentiras. Os raios da ira de Deus estão prestes a cair, e quando ele começar a punir os transgressores, não haverá um período de pausa até o fim. A tempestade da ira de Deus está se acumulando, e só permanecerão os que são santificados pela verdade no amor de Deus. Serão escondidos com Cristo em Deus até que passe a desolação.

Virá Ele para punir os habitantes do mundo por sua iniquidade e “a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos” (Testemunhos Para Ministros, pág. 182,183). Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram oprimir e destruir o Seu povo. A Sua grande longanimidade para com os ímpios, torna audazes os homens na transgressão, mas o seu castigo, embora muito retardado, não é menos certo e terrível. ” O Senhor Se levantará como no monte de Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeon, para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar Seu acto, o Seu estranho acto” Isaias 28:21. Para o nosso misericordioso Deus, o infligir castigo é acto estranho. “Vivo Eu diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio” Ezequiel 33:11.

O Senhor é misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade,… que perdoa a iniquidade e a transgressão e o pecado”. Todavia, “ao culpado não tem por inocente”. “O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força, e ao não tem por inocente” Êxodo 34:6, Naum 1:3. Reivindicará com terríveis manifestações a dignidade da Sua lei conculcada. A severidade da retribuição que aguarda o transgressor pode ser julgada pela relutância do Senhor em executar justiça. A nação que por tanto tempo Ele suporta, e que não ferirá antes de haver ela enchido a medida da sua iniquidade, segundo os cálculos divinos, beberá, por fim, a taça da ira sem mistura de misericórdia (G.C. 503 cap. 39).

14- No Apocalipse 18 um anjo repete a segunda mensagem sobre a queda de Babilónia. É este o mesmo anjo ou um diferente? Vi, anjos, no Céu, indo apressadamente de um lado para outro, descendo à terra, e ascendendo de novo ao Céu, preparando-se para a realização de algum acontecimento importante. Vi então outro poderoso anjo comissionado para descer à terra, a fim de unir a sua voz com o terceiro anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a terra foi iluminada com sua glória. A luz que acompanhava este anjo penetrou por toda parte, ao clamar ele poderosamente, com grande voz: “Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo género de ave imunda e detestável.” Apoc. 18:2. A mensagem da queda da Babilónia, conforme é dada pelo segundo anjo, é repetida com a menção adicional das corrupções que têm estado a entrar nas igrejas desde 1844. A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se à última grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor (Primeiros Escritos, pág. 277).

15- Qual é a relação deste anjo com o terceiro anjo? Foram enviados anjos para ajudar o poderoso anjo do Céu, e ouvi vozes que pareciam fazer ressoar em toda parte: “Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até o Céu, e Deus Se lembrou dos actos iníquos que ela praticou.” Apoc. 18:4 e 5. Esta mensagem pareceu ser adicional à terceira mensagem, unindo-se a ela assim como o clamor da meia-noite se uniu à mensagem do segundo anjo em 1844 (Primeiros Escritos pág. 277).

16- Este quarto anjo chama o povo de Deus para sair de Babilónia. Estão realmente muitos do povo de Deus ainda em Babilónia hoje? Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilónia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo continua a encontrar-se na sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das verdades especiais para este tempo. Não poucos se acham descontentes com a sua actual condição e anelam luz mais clara. Debalde olham para a imagem de Cristo nas igrejas a que estão ligados (G.C. p. 314, cap. 21).