30.1.13

A NOVA TERRA/NOVA JERUSALÉM


A Nova Terra
"Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apoc. 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis consequências do pecado. Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou.
"A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio." Miq. 4:8. O reino perdido pelo pecado, Cristo resgatou-o, e os redimidos o possuirão com Ele. "Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre." Sal. 37:29. Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo afirmou a Seus discípulos haver ido preparar moradas para eles na casa de Seu Pai. Os que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão totalmente ignorantes com respeito à morada celestial. E, contudo, declara o apóstolo Paulo: "as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". I Cor. 2:9. A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus.
Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país. (Heb. 11:14-16.) Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar.
A Nova Jerusalém
Ali está a Nova Jerusalém, tendo "a glória de Deus", sua luz "era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente". Apoc. 21:11. Diz o Senhor: "E folgarei em Jerusalém, e exultarei no Meu povo." Isa. 65:19. "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apoc. 21:3 e 4.
Na cidade de Deus "não haverá noite". Apoc. 21:25. Ninguém necessitará ou desejará repouso. Não haverá cansaço em fazer a vontade de Deus e oferecer louvor a Seu nome. Sempre sentiremos o frescor da manhã, e sempre estaremos longe de seu termo. "Não necessitarão de lâmpada nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia." Apoc. 22:5. A luz do Sol será substituída por um brilho que não é ofuscante e, contudo, sobrepuja incomensuravelmente o de nosso Sol ao meio-dia. A glória de Deus e do Cordeiro inunda a santa cidade, com luz imperecível. Os remidos andam na glória de um dia perpétuo, independente do Sol.
"Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor." Apoc. 21:22. O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho. "Agora vemos por espelho em enigma." I Cor. 13:12. Contemplamos a imagem de Deus refletida como que em espelho, nas obras da natureza e em Seu trato com os homens; mas então O conheceremos face a face, sem um véu obscurecedor de separação. Estaremos em Sua presença, e contemplaremos a glória de Seu rosto.
Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. Ali não haverá nenhum adversário cruel, enganador, para nos tentar ao esquecimento de Deus. Todas as faculdades se desenvolverão, ampliar-se-ão todas as capacidades. A aquisição de conhecimentos não cansará o espírito nem esgotará as energias. Ali os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo.
E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor.
"E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:13.
Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado, e o grande conflito terminou.
História da Redenção – E.G.White, p. 430-433

27.1.13

Triste Dia Para O Universo

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Romanos 5:12.

tristeSendo nossos primeiros pais colocados no belo jardim do Éden, foram provados quanto a sua lealdade para com Deus. Eram livres para escolher o serviço de Deus, ou, pela desobediência, aliarem-se ao inimigo de Deus e do homem. … Caso eles desconsiderassem os mandamentos de Deus, e dessem ouvidos à voz de Satanás ao falar ele por meio da serpente, não somente perderiam seu direito ao Éden, mas à própria vida.
A primeira grande lição moral dada a Adão foi a da renúncia. Foram-lhe postas nas mãos as rédeas do domínio de si mesmo. Discernimento, razão e consciência deviam exercer o controle.
Foi permitido a Adão e Eva partilharem de toda árvore do jardim, exceto de uma. Uma única proibição. A árvore proibida era tão atraente e bela como qualquer outra das árvores do jardim. Foi chamada a árvore da ciência, porque participando daquela árvore de que Deus dissera: “Dela não comerás” (Gênesis 2:17), teriam o conhecimento do pecado, a experiência do desobedecer.
Com que intenso interesse observava todo o universo o conflito que decidiria da posição de Adão e Eva! Quão atentos escutavam os anjos as palavras de Satanás, o originador do pecado, enquanto ele… buscava anular a lei de Deus por meio de seu enganoso raciocínio! Quão ansiosos esperavam eles a ver se o santo par seria iludido pelo tentador, e cederia a suas artes! Eles se perguntaram a si mesmos: Vai o santo par transferir sua fé e amor do Pai e do Filho para Satanás? Aceitarão eles suas mentiras como a verdade?
Adão e Eva persuadiram-se de que de coisa tão pequenina como comer do fruto proibido, não poderiam resultar tão terríveis conseqüências como Deus havia declarado. Esta pequena coisa, entretanto, era pecado, a transgressão da imutável e santa lei de Deus, e abriu as comportas da morte e indizível miséria veio sobre nosso mundo. … Não consideremos coisa trivial o pecado.
Ellen G. White, Para Conhecê-lo, pág. 09.

26.1.13

A Chuva Temporã e a Chuva Serôdia

As Três Grandes verdades bíblicas unem a experiência da igreja no Novo Testamento com a experiência da igreja dos últimos dias — a expiação, o selamento e as chuvas têmpora e serôdia.
A Expiação
Cristo fez expiação quando morreu no Calvário como sacrifício por nossos pecados e deste modo nos reconciliou com Deus (II Cor. 5:18; Rom. 5:18). Esta fase sacrificial da expiação foi perfeita, plena e completa (Heb. 9:26). Todavia, restava um ministério sacerdotal ulterior daquela mesma expiação no santuário celestial.
Quando Cristo intercede diante de Deus com os méritos de Sua morte em favor do pecador penitente, Ele efetua a expiação pela mediação, porque Sua intercessão reconcilia o crente com Deus. Em 1844 Cristo entrou no Lugar Santíssimo do santuário celestial para levar a termo o Seu ministério final — expiação por juízo (o antí-tipo do Dia da Expiação. Lev. 16).
Este ministério resultará na solução do problema do pecado e na reconciliação com Deus de todas as coisas que estão no Céu e na Terra (Efés. 1:10). O aspecto final da expiação de Cristo continuará até que o Seu ministério sacerdotal esteja concluído e saia o decreto que lemos em Apocalipse 22:11, 12.
Este conceito de expiação sacerdotal é escriturístico. Nos primeiros 15 capítulos de Levítico encontramos mais de 15 descrições de sacrifícios (ofertas pelo pecado), sendo todas elas tipos ou símbolos do sacrifício expiatório de Cristo na cruz. Em cada uma destas descrições vemos que o sacerdote "fará expiação" por ele, ou por ela, ou por eles, seja qual for o caso. Esta expiação era feita em qualquer dia em cada dia durante o ano.
Quando continuamos no capítulo 16 lemos de um Dia da Expiação que ocorria apenas um dia em cada ano. Esta descrição relata que cinco vezes é feita uma expiação pelo santuário e pelo povo — apesar do fato de que uma expiação já havia sido feita pelo povo anteriormente durante o ano em que eles traziam seus sacrifícios ao santuário.
Era esta expiação descrita em Levi tico 16 uma negação do valor dos sacrifícios expiatórios e mediação anteriores? De modo algum; o próprio Deus estabeleceu o processo e Ele mesmo aplicou a palavra expiação em seus vários aspectos.
Semelhantemente, nossa designação da segunda fase do ministério sacerdotal de nosso Senhor no santuário celestial como a expiação final em nenhum sentido deprecia o valor do sacrifício expiatório de Cristo na cruz.
Escreveu Paulo em I Coríntios 15: "E, se Cristo não ressuscitou, é vão a nossa pregação e vã a vossa fé" (verso 14). "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados" (verso 17).
Consequentemente, todas as fases da expiação são necessárias. Conquanto alguns em nosso tempo neguem o valor expiatório do sacrifício de Cristo e outros neguem o valor expiatório do Seu ministério sacerdotal, nós adventistas do sétimo dia, seguindo estritamente as Escrituras, aceitamos a ambos. E agindo assim vemos uma conexão entre a experiência da igreja do Novo Testamento e a igreja dos últimos dias, da qual fazemos parte.
O Selamento
Ao estudar o sábado, nossos pioneiros adventistas descobriram que o mandamento sabático é o selo de Deus em Sua santa lei, sendo que ele é a única parte da lei que O identifica como Criador do Céu e da Terra.
Raciocinaram, portanto, que o sincero e leal seguidor de Jesus que guarda o sábado tem o selo de Deus. Por isso eles tomaram a sério o sábado com grande afeição e o guardaram com deleite, vendo-se a si mesmos como estando repetindo a experiência do Novo Testamento. Amavam o sábado e falavam muitas vezes do seu precioso valor como um sinal entre eles e o Senhor que os santificava (Ezeq. 20:12, 20).
Os nossos pioneiros viram o tempo da expiação final (de 1844 até o fim do tempo da graça) como o tempo do selamento. E divisaram a mensagem que apresentavam convidando o povo a prestar obediência a todos os mandamentos de Deus, como a mensagem do selamento.
As Chuvas Têmpora e Serôdia
A terceira verdade que une a igreja do Novo Testamento com a igreja dos últimos dias é a da chuva têmpora e serôdia.
"O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou têmpora, e glorioso foi o resultado" (Atos dos Apóstolos, pág. 54).
Esse glorioso resultado foi visto em uma maravilhosa colheita de pessoas. Do registro de Atos podemos facilmente visualizar que uns 20.000 ou mais aceitaram a mensagem do Salvador ressurreto e Lhe entregaram a vida dentro de um breve espaço de tempo sob a influência da primeira chuva do Espírito Santo.
Que dizer, então, da chuva serôdia? O resultado não será menos glorioso!
Diz Eilen White: "A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva têmpora no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva serôdia, no final do mesmo....
"Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza, e os leais filhos de Deus cortam os liames que os têm retido. Laços de família, relações na igreja, são impotentes para os deter agora. A verdade é mais preciosa do que tudo o mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, grande número se coloca ao lado do Senhor" (O Grande Conflito, págs. 617, 618).
Vemos assim estreito paralelismo no tempo da expiação final, do selamento e da chuva serôdia. A experiência da igreja e de seus membros durante esse período de crise da história terrestre é colocada diante de nós com uma abundância de ênfase e clareza.
Primeiro, é um tempo de responsabilidade. Devemos lembrar-nos de que a crescente luz e oportunidades espirituais trazem um aumento correspondente de responsabilidade. Este princípio tem sido sempre uma parte do plano da salvação.
"Nossas responsabilidades são exatamente proporcionais à nossa luz, oportunidades e privilégios" (Testimonies, vol. 4, pág. 416).
Escreve Ellen White: "Não estamos vivendo na época em que viveram nossos pais. Deus lhes concedeu os tesouros da sabedoria que, através da manifestação do Espírito Santo e pelo testemunho e exemplo de Seus filhos de geração em geração, vêm sendo transmitidos em toda a linha até ao nosso tempo. Temos toda a luz que eles tiveram, e luz adicional está brilhando continuamente e brilhará mais e mais até ser dia perfeito. Esta geração é responsável, não somente por toda a luz que Deus tem comunicado às gerações passadas por intermédio do Seu Espírito e de Sua Palavra, mas pela luz mais abundante que agora está brilhando. Não podemos ser aceitos e honrados por Deus prestando o mesmo serviço e fazendo as mesmas obras que nossos pais fizeram. A fim de sermos abençoados por Deus como eles foram, devemos ser fiéis em aproveitar-nos da crescente luz, como eles foram fiéis em aproveitar-se da luz que Deus lhes concedeu" (Review and Herald, 5 de janeiro de 1886).
Segundo, é um tempo de urgência. Não pode haver nenhum equívoco na urgência com que a serva do Senhor apela a nós para que não protelemos aquela obra espiritual que deve ser feita agora e que não poderá ser feita depois de haver passado este tempo especial.
"Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo" (O Grande Conflito, pág. 628).
"O tempo do selamento é muito curto, e logo passará. Agora, enquanto os quatro anjos estão contendo os ventos, é o tempo de fazer firme a nossa vocação e eleição" (Primeiros Escritos, pág. 58; grifos supridos).
"Se não progredirmos, se não nos colocarmos na atitude em que tanto possamos receber a chuva têmpora como a serôdia, perderemos nossa alma e a responsabilidade jazerá à nossa porta" (Testemunhos para Ministros, pág. 508).
Terceiro, deve ser um tempo de vitória. O tema dos escritores do Novo Testamento, especialmente do apóstolo Paulo, era vitória pelo poder de Cristo — vitória sobre as circunstâncias, vitória sobre a oposição, vitória sobre o eu, sobre as tentações e mesmo sobre a própria morte (I Cor. 15:51-58). Sendo que Paulo selou seu testemunho com sangue, provavelmente não houve nenhum escritor cristão que tivesse tão irresistível senso de vitória, tão "complexa vitória", como ele teve até a vinda de Ellen White. Esta humilde e escolhida mensageira da igreja remanescente escrevia incessantemente sobre a vitória pelo poder de Cristo!
Um exame recente de aproximadamente 10.000 páginas do material que compõe os seus principais livros revelou mais de 1.000 declarações de vitória, uma média de uma para cada 10 páginas de material escrito. Exemplo semelhante pode ser encontrado em seus artigos de revistas. Ela fazia soar a nota de vitória com tremendo poder. Agora, no tempo da expiação final; agora, no tempo do selamento; agora, no tempo da chuva serôdia, a vitória está inteiramente à disposição de todos os que sinceramente a desejam e ardentemente a buscam do Senhor.
"Pelo poder do Espírito Santo deve a imagem moral de Deus ser aperfeiçoada no caráter. Devemos ser completamente transformados à semelhança de Cristo" (Ibid., pág. 506).
Duas frases que ocorrem frequentemente nas declarações de vitória de Ellen White são as expressões "ampla provisão" e "mais do que vencedores".
"Amplas provisões foram feitas para que todo o filho e filha de Adão obtenha individualmente um conhecimento da vontade divina, aperfeiçoar o caráter cristão e seja purificado mediante a verdade" (Testimonies, vol. 2, pág. 644).
"Deus tem dado o Seu Espírito como um poder suficiente para subjugar todas as suas tendências hereditárias e cultivadas para o mal. Pela entrega da mente ao controle do Espírito, você crescerá à semelhança do caráter perfeito de Deus e se tornará um instrumento por meio do qual Ele poderá revelar a Sua misericórdia, bondade e amor. Sejam quais forem os seus defeitos, o Espírito Santo os revelará e lhe será dada a graça para vencê-los. Por meio dos méritos do sangue de Cristo você será um vencedor, sim, mais do que vencedor" (Youth's Instructor, 2 de out. de 1902).
Em parte alguma Ellen White apresentou mais fortes afirmações de vitória do que em suas mensagens à juventude da igreja. Nos artigos que ela escreveu para o Youth's Instructor [Instrutor da Juventude] através de sua longa existência, encontramos mais de 500 declarações de vitória. Em sua última mensagem à juventude encontramos estas palavras:
"Sinto um ardente desejo de que cada um de vós seja vitorioso na luta contra o mal.... Se pedirdes a Deus que vos ajude a vencer o que é separa de Cristo em vossas disposições, Ele vos preparará para a entrada no Céu, onde nenhum pecado pode entrar.... Se vos entregardes completamente a Ele, sereis vencedores na guerra contra o pecado.... Quando lutardes para vencer tudo o que desagrada a Deus, anjos do Céu vos ajudarão.... Ser-vos-á dado poder do Alto Descobrireis que Ele vos dá força diária para vencer.... Podereis vencer o mal — maus pensamentos, maus desejos — pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do vosso testemunho" (Ibid., 9 de junho de 1914).
Estamos vivendo no tempo da expiação final, do selamento do povo de Deus e da chuva serôdia. É um tempo de grande luz espiritual e de grande responsabilidade espiritual. É um tempo que tem sido prolongado, pela misericórdia divina. Mas as extensões devem ser limitadas. Elas não podem continuar infindavelmente. O ponto terminal logo deverá ser atingido. Estaremos preparados? A decisão é nossa. Ampla provisão tem sido feita. Aproveitar-nos-emos disto?
Perguntas para discussão:
1. Por que acha você que Cristo designou uma segunda fase no Céu para a Sua obra expiatória?
2. Traz-lhe hoje o ministério celestial de Cristo temor ou felicidade? Por quê?
3. Como preparará a chuva serôdia a igreja para o regresso de Jesus?
4. Existe qualquer conexão entre o santuário e o Espírito Santo?
5. Está o Espírito Santo envolvido apenas na justificação ou também na santificação?
6. Por que disse Ellen White que a mensagem de justiça pela fé em 1888, era o início da chuva serôdia e do alto clamor? (Veja Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 363 e Primeiros Escritos, pág. 271.)

23.1.13

A Minha Defesa em Tentação

Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti. Sal. 119:11.

Caso não queiramos ser desencaminhados por erros e falsidades, o coração deve ser previamente ocupado pela verdade. A Palavra de Deus fornecerá à mente armas de poder divino, para vencer o inimigo. Feliz o homem que, quando tentado, acha seu caráter rico no conhecimento das Escrituras, e encontra abrigo sob as promessas de Deus. "Escondi", disse o salmista, "a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti." Sal. 119:11. Signs of the Times, 1º de junho de 1892.

Esta Palavra deve estar sempre em nosso coração e em nossos lábios. "Está escrito" deve ser nossa âncora. Os que fazem da Palavra de Deus o seu conselheiro compreendem a fraqueza do coração humano e o poder da graça de Deus para subjugar todo impulso profano, não santificado. O seu coração está sempre em atitude de oração, e eles têm a guarda de santos anjos. Quando o inimigo vem como uma inundação, o Espírito de Deus ergue contra ele a Sua bandeira. Há harmonia no coração; pois as preciosas, poderosas influências da verdade promovem o equilíbrio. Conselhos Sobre Educação, págs. 146 e 147.

A Palavra de Deus é um instrumento de comunicação com o Deus vivo. Aquele que se nutre da Palavra se tornará frutífero em toda boa obra. Ele... descobrirá ricas minas de verdade em que precisa trabalhar em busca dos tesouros escondidos. Quando rodeado de tentações, o Espírito Santo lhe trará à mente as próprias palavras com que possa enfrentar a tentação, mesmo no momento em que elas se fazem mais necessárias, e ele as poderá empregar eficazmente, com poder dominador. Signs of the Times, 5 de setembro de 1895.

Precisamos relacionar-nos melhor com a Bíblia. Poderíamos cerrar a porta a muitas tentações, caso decorássemos passagens da Escritura. Barremos o caminho às tentações de Satanás com o "Está escrito". Enfrentaremos conflitos a fim de provar nossa fé e coragem, porém eles nos tornarão fortes se vencermos pela graça que Jesus está pronto a conceder-nos. Precisamos crer, porém; precisamos apoderar-nos das promessas e não duvidar. Review and Herald, 13 de maio de 1884.

21.1.13

LUZ PARA O MEU CAMINHO

Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho. Sal. 119:105.

Todos nós precisamos de um guia, que nos dirija através das muitas perplexidades da vida, assim como o marinheiro precisa de um piloto que guie a nau entre os bancos de areia ou nos rios cheios de recifes; e onde se encontrará semelhante guia? Apontamos, ... a Bíblia. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 96.

Deus nos deu Sua Palavra como uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. Seus ensinos têm vital importância para nossa prosperidade em todas as relações da vida. Mesmo em nossos negócios temporais ela será guia mais sábio que qualquer outro conselheiro. ...

A Bíblia é a grande norma do direito e do erro, definindo claramente o pecado e a santidade. Seus princípios vivos, atravessando nossa vida como fios de ouro, são nossa única salvaguarda na prova e na tentação. A Bíblia é um mapa, indicando-nos os marcos da verdade. Os que se acham relacionados com esse mapa, estarão habilitados a trilhar com segurança a senda do dever, aonde quer que sejam chamados. Review and Herald, 11 de junho de 1908. Ao perder a fé na Palavra de Deus, a mente não tem guia, nem salvaguarda. Os jovens são levados a caminhos que desviam de Deus e da vida eterna.

A esta causa pode, em elevado grau, ser atribuída a iniquidade difundida no mundo hoje em dia. Quando a Palavra de Deus é posta de lado, é rejeitado também seu poder de refrear as paixões pecaminosas do coração natural. Parábolas de Jesus, pág. 41.

Quando a Palavra de Deus se torna nosso conselheiro, quando examinamos as Escrituras em busca de luz, anjos celestes se aproximam para impressionar o espírito e iluminar o entendimento, de modo que se possa em verdade dizer: "A exposição das Tuas Palavras dá luz e dá entendimento aos símplices." Sal. 119:130. ...

A Palavra de Deus é luz e verdade - lâmpada para os pés e luz para o caminho. Ela pode guiar em cada passo em direção à cidade de Deus. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 442 e 461.

12.1.13

Cristo, a Ponte sobre o Abismo

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16.

ponteO pecado originou-se na busca dos próprios interesses. Lúcifer, o querubim cobridor, desejou ser o primeiro no Céu. Procurou dominar os seres celestes, afastá-los de seu Criador, e receber-lhes, ele próprio, as homenagens. Portanto, apresentou falsamente a Deus, atribuindo-Lhe o desejo de exaltação própria. Tentou revestir o amorável Criador com suas próprias más características. Assim enganou os anjos. Assim enganou os homens. Levou-os a duvidar da palavra de Deus, e a desconfiar de Sua bondade. Como o Senhor seja um Deus de justiça e terrível majestade, Satanás os fez considerá-Lo como severo e inclemente. Assim arrastou os homens a se unirem com ele em rebelião contra Deus, e as trevas da miséria baixaram sobre o mundo.
Terra obscureceu-se devido à má compreensão de Deus. Para que as tristes sombras se pudessem iluminar, para que o mundo pudesse volver ao Criador, era preciso que se derribasse o poder enganador de Satanás. Isso não se podia fazer pela força. O exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade. Só o amor desperta o amor. Conhecer a Deus é amá-Lo; Seu caráter deve ser manifestado em contraste com o de Satanás. Essa obra, unicamente um Ser, em todo o Universo, era capaz de realizar. Somente Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido. Sobre a negra noite do mundo, devia erguer-Se o Sol da Justiça, trazendo salvação “sob as Suas asas”. Malaquias 4:2.
O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação “do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos”. Romanos 16:25. Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás, e da queda do homem mediante o poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu Filho unigênito “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações, e Se compadece de nossas dores. Todo filho e filha de Adão pode compreender que nosso Criador é o amigo dos pecadores. Pois em toda doutrina de graça, toda promessa de alegria, todo ato de amor, toda atração divina apresentada na vida do Salvador na Terra, vemos “Deus conosco”.
Ellen G. White, Refletindo a Cristo, pág. 15.

9.1.13

A Última Grande Luta


Satanás Faz o seu Último Es­forço Para Obter a Supremacia
O mundo está de parceria com as pretensas igrejas cristãs, procurando invalidar a lei de Jeová. A lei de Deus é posta de lado, calcada aos pés; e da parte de todo o leal povo de Deus ascenderá ao Céu a oração: “já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada.” Sal. 119:126. Satanás está fazendo seu último e mais poderoso esforço pela supremacia, seu último conflito contra os princípios da lei de Deus. Predomina uma incredulidade desafiadora.
Depois da descrição de João, em Apoca­lipse 16, daquele poder operador de milagres que ajuntará o mundo para o último grande conflito, os símbolos são deixados para trás, e a voz de trombeta dá mais uma vez um sonido certo. “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.” Apoc. 16:15. Manuscrito 7a, 1896.
Cristo Se Une às Fileiras no Último Conflito
A atuação do Espírito Santo deve unir-se ao esforço humano, e todo o Céu está empenhado na obra de preparar um povo que permaneça em pé nestes últimos dias. O fim está perto e precisamos ter em vista o mundo futuro. …
Neste último conflito, o Capitão do exér­cito do Senhor [Jos. 5:15] está conduzindo os exércitos do Céu, unindo-Se às fileiras e travando nossas batalhas por nós. Teremos apostasias; nós as esperamos. “Eles saíram de nosso meio, entretanto não eram dos nossos.” I João 2:19. “Toda planta que Meu Pai celestial não plantou será arrancada.” Mat. 15:13.
O anjo, o poderoso anjo do Céu, iluminará a Terra com Sua glória (Apoc. 18:1), enquanto ele exclama com potente voz: “Caiu, caiu a grande Babilônia.” Apoc. 18:2. … Perderíamos a fé e a coragem no conflito, se não fôssemos amparados pelo poder de Deus.
Toda forma de maldade irá assumir intensa atividade. Anjos maus unirão suas forças com homens maus, e, como eles têm estado em cons­tante conflito e obtido experiência nas melhores formas de engano e combate, e se fortaleceram através dos séculos, não capitularão na última e grande peleja final sem desesperado esforço, e todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão.
Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos do Céu para dirigir a batalha. Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra; uma taça após a outra será der­ramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. Cenas de estupendo interesse se acham precisamente diante de nós, e estas coisas serão indicações seguras da presença dAquele que tem comandado todo movimento agressivo, que tem acompanhado o andamento de Sua causa no decorrer de todos os séculos e que Se compro­meteu bondosamente a estar com o Seu povo em todos os seus conflitos até o fim do mundo. Ele vindicará Sua verdade. Ele a levará ao triunfo. Está disposto a imbuir os Seus fiéis de motivos e força de vontade, inspirando-os com esperança, coragem e valor em crescente atividade, pois o tempo está perto.
Uma Difícil Luta Final
Aumentarão os enganos, as mentiras, as imposturas. De toda a parte virão as exclama­ções: “Eis aqui o Cristo! Ei-Lo ali!” Mas, disse Cristo, “não os sigais”. Luc. 21:8. Haverá uma luta renhida antes que o homem do pecado seja revelado a este mundo – quem ele é, e qual tem sido sua obra.
Conquanto o mundo protestante esteja se tornando muito delicado e afável para com o homem do pecado (II Tess. 2:3), não irá o povo de Deus tomar seu lugar como intrépidos e valorosos soldados de Jesus Cristo para enfrentar a questão que há de vir, tendo a vida escondida com Cristo em Deus? A Babilônia mística não tem poupado o sangue dos santos, e não estare­mos bem despertos para captar os raios de luz provenientes do esplendor do anjo que iluminará a Terra com sua glória? Carta 112, 1890.
Nossa Vida e a Preparação Final Deus nos Provará
Antes de conceder-nos o batismo do Espírito Santo, nosso Pai celestial nos provará, para ver se podemos viver sem desonrá-Lo. Carta 22, 1902.
Tudo que é Imperfeito Será Posto de Lado
Quando findar nossa labuta terrestre, e Cristo vier buscar Seus filhos fiéis, resplandece­remos então como o Sol no reino de nosso Pai. Antes que venha, porém, esse tempo, tudo que é imperfeito em nós terá sido visto e deixado de lado. Toda inveja e ciúme, e ruins suspeitas, e todo plano egoísta terão sido banidos da vida. Carta 416, 1907.
Quando For Alcançada a Perfeição de Caráter
Com todas as faculdades que nos foram dadas por Deus, estamos procurando alcançar a medida da estatura de homens e mulheres em Cristo? Estamos buscando Sua plenitude, chegando cada vez mais alto, procurando atingir a perfeição de Seu caráter? Quando os servos de Deus chegarem a esse ponto, eles serão selados em suas frontes. O anjo relator declarará: “Feito está!” Apoc. 22:11. Eles estarão completos nAquele a quem pertencem pela criação e pela redenção. Manuscrito 148, 1899.
Seremos Dotados com uma Natureza Mais Elevada
Quando Cristo vier, Ele levará aqueles que purificaram a alma pela obediência à verdade. … Isto que é mortal se revestirá da imortalidade, e estes corpos corruptíveis, sujeitos à doença, serão transformados de mortais para imortais. Seremos dotados então com uma natureza mais elevada. O corpo de todos os que purificam a alma pela obediência à verdade será glorificado. Eles terão aceito plenamente a Jesus Cristo, e crido nele. Ma­nuscrito 36, 1906.
Impressionante Visão de Acontecimentos Futuros
Sexta-feira à noite [18 de janeiro de 1884] diversas pessoas ouviram minha voz exclamar: “Olhai! Olhai!” Se eu estava sonhando ou em visão, não posso dizer. Eu dormi sozinha.
O tempo de angústia estava diante de nós. Vi nosso povo em grande aflição, chorando e orando, pleiteando as seguras promessas de Deus, ao passo que os ímpios se achavam ao nosso redor, zombando de nós e ameaçando des­truir-nos. Eles escarneciam de nossa debilidade, desdenhavam da pequenez de nossos números e nos insultavam com palavras destinadas a ma­goar profundamente. Acusavam-nos de assumir uma posição independente de todo o resto do mundo. Haviam suprimido os nossos recursos para que não pudéssemos comprar ou vender e faziam alusão a nossa pobreza e condição aflitiva. Não podiam compreender como conseguíamos viver sem o mundo. Dependíamos do mundo e teríamos de sujeitar-nos aos costumes, práticas e leis do mundo, ou sair dele. Se éramos as únicas pessoas no mundo a quem o Senhor favorecia, as aparências depunham fortemente contra nós.
Eles declaravam que tinham a verdade, que havia milagres entre eles; que anjos do Céu conversavam e andavam com eles, que grande poder e sinais e maravilhas eram realizados em seu meio, e que isso constituía o milênio temporal que aguardavam há tanto tempo. Todo o mundo se convertera e estava em harmonia com a lei dominical, e este pequeno e débil povo teimava em desafiar as leis do país e as leis de Deus, pretendendo ser os únicos que são corre­tos sobre a Terra. …
“Olhai Para Cima! Olhai Para Cima!”
Mas, enquanto a angústia pairava sobre os leais e sinceros que não queriam adorar a besta ou sua imagem e aceitar e reverenciar um falso sábado, Alguém disse: “Olhai para cima! Olhai para cima!” Todos os olhares se ergueram, e os céus pareciam recolher-se como um pergaminho quando se enrola, e, assim como Estêvão olhou para dentro do Céu, nós também olhamos. Os escarnecedores nos insultavam e injuriavam, e se gabavam do que tencionavam fazer-nos se per­sistíssemos em apegar-nos firmemente a nossa fé. Mas éramos agora como aqueles que não os ouviam; contemplávamos uma cena que excluía tudo o mais.
Ali se achava exposto o trono de Deus. Ao redor dele havia dez vezes dez mil, e milhares de milhares, e bem perto do trono se encontravam os mártires. Entre este número eu vi aqueles mesmos que tão recentemente estavam na maior penúria, a quem o mundo não conhecia, a quem o mundo odiava e desprezava.
Uma voz disse: “Jesus, que está sentado sobre o trono, amou o homem de tal maneira que deu Sua vida em sacrifício para resgatá-lo do poder de Satanás e para elevá-lo ao Seu trono. Aquele que está acima de todos os poderes, Aquele que tem a maior influência no Céu e na Terra, Aquele a quem toda alma é devedora por todo favor que recebeu, era manso e humilde de espírito, santo, inocente e imaculado na vida.
“Ele obedeceu a todos os mandamentos de Seu Pai. A Terra está cheia de iniqüidade; ela está contaminada por causa dos seus moradores. Os lugares altos dos poderes da Terra foram poluídos pela corrupção e vis idolatrias, mas chegou o tempo em que a justiça receberá a palma da vitória e do triunfo. Os que eram con­siderados pelo mundo como fracos e indignos, os que eram indefesos contra a crueldade dos homens, hão de ser coroados vencedores, e mais que vencedores.” Apoc. 7:9-17.
Eles estão diante do trono, desfrutando os esplendores, sem sol do dia eterno, não como um grupo disperso e fraco, para serem submeti­dos às paixões satânicas de um mundo rebelde, expressando os sentimentos, as doutrinas e os conselhos de demônios.
Agora os Santos Nada Têm que Temer
Os mestres da iniqüidade no mundo se tornaram fortes e terríveis sob o domínio de Sa­tanás, mas poderoso é o Senhor Deus que julga Babilônia. Os justos nada mais têm que temer da força ou da fraude enquanto forem leais e fiéis. Alguém mais poderoso do que o forte ho­mem armado constitui sua defesa. Todo poder, e grandeza e excelência de caráter serão dados aos que creram e se colocaram em defesa da verdade, erguendo-se e defendendo firmemente as leis de Deus.
Outro ser celestial exclamou com voz firme e musical: “Eles vieram de grande tribu­lação. Andaram na fornalha ardente no mundo, aquecida intensamente pelas paixões e fantasias de homens que queriam impor-lhes a adoração da besta e sua imagem, que queriam compeli-los a ser desleais ao Deus do Céu.
“Eles vieram das montanhas, das rochas, das covas e cavernas da Terra, de masmorras, de prisões, de concílios secretos, da câmara de tortura, de choupanas, de águas-furtadas. Pas­saram por severa aflição, profunda abnegação e profundo desapontamento. Não devem ser mais o objeto de gracejo e ridículo de homens maus. Não devem mais ser desprezíveis e dignos de lástima aos olhos dos que os desprezam.
“Tirai-lhes as vestes sujas com que homens maus se deleitaram em cobri-los. Dai-lhes um traje novo, a saber: as vestes brancas da justiça, e ponde-lhes um turbante limpo sobre a cabeça.”
Vitoriosos no Grande Conflito!
Eles foram vestidos de trajes mais finos do que já usaram seres terrenos. Foram coroados com diademas de glória nunca vistos por seres humanos. Os dias de sofrimento, de vitupério, de privação, de fome, não existem mais; o pranto já passou. Então eles prorrompem em cânticos fortes, claros e musicais. Agitam as palmas da vitória, exclamando: “Ao nosso Deus que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” Apoc. 7:10.
Oxalá Deus nos imbua de Seu Espírito e nos faça fortes em Sua força! No grande dia do final e supremo triunfo ver-se-á que os justos eram fortes, e que a iniqüidade, em todas as suas formas e com toda a sua arrogância, foi um débil e miserável fracasso e derrota. Apegar-nos-emos firmemente a Jesus, confiaremos nEle, buscare­mos Sua graça e Sua grande salvação. Precisamos esconder-nos em Jesus, pois Ele é um esconde­rijo na tempestade, socorro bem presente nas tribulações. Carta 6, 1884.
Duas Colunas de Anjos Escoltam os Santos até a Cidade de Deus
O Doador da vida vem para quebrar as cadeias da sepultura. Ele trará para fora os cativos e proclamará: “Eu sou a ressurreição e a vida.” Eis ali a multidão ressuscitada! O último pensamento foi o da morte e suas agonias. Os últimos pensamentos que eles tiveram foram os da sepultura e da tumba, mas agora eles procla­mam: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Onde está, ó sepultura, a tua vitória?” I Cor. 15:55. As agonias da morte foram as últimas coisas que eles sentiram. …
Quando eles acordarem, todo o sofri­mento terá passado. “Onde está, ó sepultura, a tua vitória?” Ei-los ali, recebendo o toque final da imortalidade, e ascendem para o encontro de seu Senhor nos ares. As portas da cidade de Deus se revolvem sobre seus gonzos, e as nações que observaram a verdade entram nela.
Ali se acham as colunas de anjos de cada lado, e os resgatados de Deus entram pelo meio de querubins e serafins. Cristo lhes dá as boas- vindas e põe Sua bênção sobre eles: “Muito bem, servo bom e fiel; … entra no gozo do teu Senhor.”
Mat. 25:21. Que é esse gozo? Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. É para isso que labutamos.
Aqui está alguém em cujo favor intercede­mos com Deus à noite. Ali está alguém com o qual falamos em seu leito de morte, e ele confiou sua alma desamparada a Jesus. Eis aqui alguém que era um pobre bêbado. Procuramos fazer com que fixasse o olhar nAquele que é poderoso para salvar e lhe dissemos que Cristo podia con­ceder-lhe a vitória. Ali estão as coroas de glória imortal sobre as suas cabeças, e então os remidos lançam suas coroas resplandecentes aos pés de Jesus; em seguida, o coro angélico emite a nota de vitória e os anjos nas duas colunas tomam o cântico, e a multidão dos remidos participam como se houvessem entoado o cântico na Terra, e o haviam feito.
Música Celestial
Oh! que música! Não há uma nota desarmoniosa. Toda voz proclama: “Digno é o Cordeiro, que foi morto.” Apoc. 5:12. Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. Pensais que alguém ali tomará tempo para falar de suas provações e terríveis dificuldades? “Não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” Isa. 65:17. Deus… “lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” Apoc. 21:4. Manuscrito 18, 1894.
Ellen G. White – Mensagens Escolhidas – Vl. 3, 424-431

8.1.13

Como ser feliz agora – 31º dia – Nos Lugares Celestiais – III

Esperamos chegar afinal ao Céu e unir- nos ao coro celestial? Justamente como vamos para a sepultura haveremos de ressurgir, no que toca ao caráter. … Agora é o tempo de lavar e passar a ferro. É tempo de lavar nossas vestes e branqueá-las no sangue do Cordeiro. …


João viu o trono de Deus e ao redor desse trono uma multidão, e indagou: Quem são esses? Veio então a resposta: “Estes são os que… lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apoc. 7:14. Cristo os guia às fontes de águas vivas, e ali está a árvore da vida, e está também o precioso Salvador. É- nos apresentada uma vida imensurável como a vida de Deus. Não haverá lá dor, nem tristeza, nem doença ou morte. Tudo é paz, harmonia e amor. …
Agora é o tempo de receber graça, força e poder para combiná-los com os nossos esforços humanos, a fim de podermos formar caracteres para a vida eterna. Isto fazendo, veremos que os anjos de Deus nos servirão, e seremos her­deiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. E quando soar a última trombeta, e os mortos forem chamados de sua prisão e transformados num momento, num piscar de olhos, coroas de glória eterna serão colocadas na fronte dos vencedores. Os portais de pérola revolver-se-ão sobre seus gonzos, abrindo-se completamente às nações que guardaram a verdade, e elas entrarão. Terminado está o conflito.
“Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mat. 25:34. Queremos esta bem-aventurança? Eu quero, e creio que vós também a quereis. Que Deus vos ajude, para que possais pelejar as batalhas desta vida e alcançar a vitória dia a dia, e afinal estar entre o número dos que hão de rojar as coroas aos pés de Jesus e dedilhar as harpas de ouro, enchendo o Céu da mais doce música! Quero que ameis meu Jesus. Dai a Jesus aquilo que Ele comprou com o Seu próprio sangue. Não rejeiteis meu Salvador, pois Ele por vós pagou preço infinito. Vejo em Jesus encantos sem-par, e quero que também vós vejais esses encantos. Manuscrito 84, 1886.
Respirando a Atmosfera do Céu
Em visão, viu o revelador uma multidão em vestiduras brancas. … Foram vistos no tem­plo de Deus. Este será o resultado para todos os que se prevalecerem dos méritos de Cristo e lavarem suas vestes em Seu sangue. Todas as providências foram tomadas para que possamos assentar-nos com Cristo em Seu trono, mas a condição é estarmos em harmonia com a lei de Deus. Temos de abandonar toda a injustiça, e cumprir as condições; então todo o Céu se abrirá às nossas orações. …
Não podemos correr o risco de perder o Céu. Devemos falar nas coisas do Céu. Lá não haverá morte nem dor. Por que somos tão relutantes em falar nessas coisas? Por que nos demoramos a falar em coisas terrestres? O apóstolo nos exorta a falar nas coisas de cima. “Porque a nossa conversação está nos Céus, donde também esperamos ao Senhor Jesus Cristo como Salvador.” Filip. 3:20, Trad. Trinitariana. …
Cristo voltará em breve, para juntar os que estiverem preparados, e levá-los àquele lugar glorioso. “Assim também Cristo, oferecendo- se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para a salvação.” Heb. 9:28.
Gostamos de pensar nesse acontecimento, ou preferimos adiá-lo? Temos de colocar nos­sas afeições nas coisas de cima. Quanto mais falarmos de Jesus, mais Lhe refletiremos a divina imagem. Contemplando, transformamo-nos. Precisamos introduzir Cristo em nossa experiência religiosa. Quando vos reunis, seja a conversação sobre Cristo e Sua salvação. Está aí um assunto sobre o qual devemos falar. Quanto mais falarmos em Jesus, tanto mais de Seus incomparáveis encantos contemplaremos. Manuscrito 60, 1886.
Os que não têm prazer em pensar e falar em Deus nesta vida, não fruirão a vida por vir, onde Deus estará sempre presente, habitando entre os Seus. Mas os que gostam de pensar em Deus estarão em seu elemento, respirando a atmosfera do Céu.
Aqueles que, na Terra, acariciam o pen­samento do Céu, achar-se-ão felizes em suas santas associações e prazeres. … “Nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão. E verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome.” Apoc. 22:3 e 4. Review and Herald, 13 de maio de 1890.
Alegria Perene
Todas as classes, todas as nações, tribos, povos e línguas estarão perante o trono de Deus e do Cordeiro, com suas vestes imacula­das e coroas gloriosas. Disse o anjo: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestiduras e as branquearam, ao passo que aqueles que são amantes de prazeres mais do que amantes de Deus, os condescendentes con­sigo mesmos e desobedientes, perderam ambos os mundos. Não têm nem as coisas desta vida nem a vida imortal.
Aquela multidão triunfante, com cânti­cos de vitória, e coroas e harpas, provaram a ardente fornalha de aflições terrestres – forna­lha aquecida intensamente. Vieram da pobreza, da fome e tortura, da profunda abnegação e amargas desilusões. Contemplai-os agora como vencedores, não mais pobres, não mais envoltos em tristeza, aflições e ódio de todos os homens por amor de Cristo. Vede suas vestes celestiais, brancas e resplandecentes, mais ricas do que as de qualquer rei. Olhai, pela fé, às suas coroas de glória; nunca semelhante diadema envolveu a fronte de qualquer rei terrestre.
Escutai as suas vozes, ao cantarem exaltados hosanas, agitando as palmas de vitória. Música melodiosa ressoa pelo Céu ao entoarem a melodia destas palavras: “‘Digno é o Cordeiro, que foi morto’ (Apoc. 5:12), e ressurgiu para sempre. ‘Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.’ Apoc. 7:10.” E o exército angelical, anjos e arcanjos, querubins cobridores e sera­fins gloriosos, entoam o coro daquele cântico de alegria e triunfo, dizendo: “Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.” Apoc. 7:12.
Oh, naquele dia se descobrirá que os jus­tos eram os sábios, ao passo que os pecadores e desobedientes eram tolos em seu orgulho e vaidade, por negligenciarem as coisas de inte­resse eterno. Vergonha e desprezo eterno é sua porção. Os que foram cooperadores de Cristo estarão então bem perto do trono de Deus, cingidos de pureza e das vestes de justiça eterna. Carta 71, 1878.
Reino de Santo Amor
O governo do reino de Cristo é diferente de qualquer governo terrestre. É uma represen­tação do caráter dos que compõem o reino. … Sua corte é presidida pelo santo amor, e seus encargos e designações são agraciados pelo exercício da caridade. Encarrega Ele os Seus servos de introduzirem a piedade e a benigni­dade, Seus próprios atributos, no exercício de todos os seus encargos, e a acharem felicidade e satisfação em refletir o amor e terna compaixão da natureza divina. …
O poder de Cristo, tão-somente, pode realizar a transformação do coração e da mente, que têm de experimentar todos os que desejam, com Ele, participar da nova vida no reino de Deus. “Aquele que não nascer de novo…”, disse o Salvador, “não pode entrar no reino de Deus.” João 3:3 e 5. A religião que vem de Deus é a única que pode levar a Deus. Para servi-Lo corretamente temos de ser nascidos do Espírito divino. Este purificará o coração e renovará a mente dando-nos nova aptidão para conhecer e amar a Deus. Levar-nos-á a voluntária obe­diência a todas as Suas ordens. Isso é culto verdadeiro.
“Os teus olhos verão a Jerusalém, habi­tação tranqüila, tenda que não será removida, cujas estacas nunca serão arrancadas, nem rebentada nenhuma de suas cordas. Mas o Se­nhor ali nos será grandioso, fará as vezes de rios e correntes largas. … Porque o Senhor é o nosso Juiz, o Senhor é o nosso Legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará. … Nenhum mo­rador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniquidade.” Isa. 33:20-22 e 24.
“Vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu crio”, exorta o Senhor; “porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e Me alegrarei no Meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plan­tarão para que outros comam; porque a longe­vidade do Meu povo será como a da árvore, e os Meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. … Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor.” Isa. 65:18, 19, 21, 22 e 25. Manuscrito 9, 1908.
Ellen G. White – Meditações Matinainais – 1968, 369-37