8.1.13

Como ser feliz agora – 31º dia – Nos Lugares Celestiais – III

Esperamos chegar afinal ao Céu e unir- nos ao coro celestial? Justamente como vamos para a sepultura haveremos de ressurgir, no que toca ao caráter. … Agora é o tempo de lavar e passar a ferro. É tempo de lavar nossas vestes e branqueá-las no sangue do Cordeiro. …


João viu o trono de Deus e ao redor desse trono uma multidão, e indagou: Quem são esses? Veio então a resposta: “Estes são os que… lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apoc. 7:14. Cristo os guia às fontes de águas vivas, e ali está a árvore da vida, e está também o precioso Salvador. É- nos apresentada uma vida imensurável como a vida de Deus. Não haverá lá dor, nem tristeza, nem doença ou morte. Tudo é paz, harmonia e amor. …
Agora é o tempo de receber graça, força e poder para combiná-los com os nossos esforços humanos, a fim de podermos formar caracteres para a vida eterna. Isto fazendo, veremos que os anjos de Deus nos servirão, e seremos her­deiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. E quando soar a última trombeta, e os mortos forem chamados de sua prisão e transformados num momento, num piscar de olhos, coroas de glória eterna serão colocadas na fronte dos vencedores. Os portais de pérola revolver-se-ão sobre seus gonzos, abrindo-se completamente às nações que guardaram a verdade, e elas entrarão. Terminado está o conflito.
“Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mat. 25:34. Queremos esta bem-aventurança? Eu quero, e creio que vós também a quereis. Que Deus vos ajude, para que possais pelejar as batalhas desta vida e alcançar a vitória dia a dia, e afinal estar entre o número dos que hão de rojar as coroas aos pés de Jesus e dedilhar as harpas de ouro, enchendo o Céu da mais doce música! Quero que ameis meu Jesus. Dai a Jesus aquilo que Ele comprou com o Seu próprio sangue. Não rejeiteis meu Salvador, pois Ele por vós pagou preço infinito. Vejo em Jesus encantos sem-par, e quero que também vós vejais esses encantos. Manuscrito 84, 1886.
Respirando a Atmosfera do Céu
Em visão, viu o revelador uma multidão em vestiduras brancas. … Foram vistos no tem­plo de Deus. Este será o resultado para todos os que se prevalecerem dos méritos de Cristo e lavarem suas vestes em Seu sangue. Todas as providências foram tomadas para que possamos assentar-nos com Cristo em Seu trono, mas a condição é estarmos em harmonia com a lei de Deus. Temos de abandonar toda a injustiça, e cumprir as condições; então todo o Céu se abrirá às nossas orações. …
Não podemos correr o risco de perder o Céu. Devemos falar nas coisas do Céu. Lá não haverá morte nem dor. Por que somos tão relutantes em falar nessas coisas? Por que nos demoramos a falar em coisas terrestres? O apóstolo nos exorta a falar nas coisas de cima. “Porque a nossa conversação está nos Céus, donde também esperamos ao Senhor Jesus Cristo como Salvador.” Filip. 3:20, Trad. Trinitariana. …
Cristo voltará em breve, para juntar os que estiverem preparados, e levá-los àquele lugar glorioso. “Assim também Cristo, oferecendo- se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para a salvação.” Heb. 9:28.
Gostamos de pensar nesse acontecimento, ou preferimos adiá-lo? Temos de colocar nos­sas afeições nas coisas de cima. Quanto mais falarmos de Jesus, mais Lhe refletiremos a divina imagem. Contemplando, transformamo-nos. Precisamos introduzir Cristo em nossa experiência religiosa. Quando vos reunis, seja a conversação sobre Cristo e Sua salvação. Está aí um assunto sobre o qual devemos falar. Quanto mais falarmos em Jesus, tanto mais de Seus incomparáveis encantos contemplaremos. Manuscrito 60, 1886.
Os que não têm prazer em pensar e falar em Deus nesta vida, não fruirão a vida por vir, onde Deus estará sempre presente, habitando entre os Seus. Mas os que gostam de pensar em Deus estarão em seu elemento, respirando a atmosfera do Céu.
Aqueles que, na Terra, acariciam o pen­samento do Céu, achar-se-ão felizes em suas santas associações e prazeres. … “Nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão. E verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome.” Apoc. 22:3 e 4. Review and Herald, 13 de maio de 1890.
Alegria Perene
Todas as classes, todas as nações, tribos, povos e línguas estarão perante o trono de Deus e do Cordeiro, com suas vestes imacula­das e coroas gloriosas. Disse o anjo: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestiduras e as branquearam, ao passo que aqueles que são amantes de prazeres mais do que amantes de Deus, os condescendentes con­sigo mesmos e desobedientes, perderam ambos os mundos. Não têm nem as coisas desta vida nem a vida imortal.
Aquela multidão triunfante, com cânti­cos de vitória, e coroas e harpas, provaram a ardente fornalha de aflições terrestres – forna­lha aquecida intensamente. Vieram da pobreza, da fome e tortura, da profunda abnegação e amargas desilusões. Contemplai-os agora como vencedores, não mais pobres, não mais envoltos em tristeza, aflições e ódio de todos os homens por amor de Cristo. Vede suas vestes celestiais, brancas e resplandecentes, mais ricas do que as de qualquer rei. Olhai, pela fé, às suas coroas de glória; nunca semelhante diadema envolveu a fronte de qualquer rei terrestre.
Escutai as suas vozes, ao cantarem exaltados hosanas, agitando as palmas de vitória. Música melodiosa ressoa pelo Céu ao entoarem a melodia destas palavras: “‘Digno é o Cordeiro, que foi morto’ (Apoc. 5:12), e ressurgiu para sempre. ‘Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.’ Apoc. 7:10.” E o exército angelical, anjos e arcanjos, querubins cobridores e sera­fins gloriosos, entoam o coro daquele cântico de alegria e triunfo, dizendo: “Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.” Apoc. 7:12.
Oh, naquele dia se descobrirá que os jus­tos eram os sábios, ao passo que os pecadores e desobedientes eram tolos em seu orgulho e vaidade, por negligenciarem as coisas de inte­resse eterno. Vergonha e desprezo eterno é sua porção. Os que foram cooperadores de Cristo estarão então bem perto do trono de Deus, cingidos de pureza e das vestes de justiça eterna. Carta 71, 1878.
Reino de Santo Amor
O governo do reino de Cristo é diferente de qualquer governo terrestre. É uma represen­tação do caráter dos que compõem o reino. … Sua corte é presidida pelo santo amor, e seus encargos e designações são agraciados pelo exercício da caridade. Encarrega Ele os Seus servos de introduzirem a piedade e a benigni­dade, Seus próprios atributos, no exercício de todos os seus encargos, e a acharem felicidade e satisfação em refletir o amor e terna compaixão da natureza divina. …
O poder de Cristo, tão-somente, pode realizar a transformação do coração e da mente, que têm de experimentar todos os que desejam, com Ele, participar da nova vida no reino de Deus. “Aquele que não nascer de novo…”, disse o Salvador, “não pode entrar no reino de Deus.” João 3:3 e 5. A religião que vem de Deus é a única que pode levar a Deus. Para servi-Lo corretamente temos de ser nascidos do Espírito divino. Este purificará o coração e renovará a mente dando-nos nova aptidão para conhecer e amar a Deus. Levar-nos-á a voluntária obe­diência a todas as Suas ordens. Isso é culto verdadeiro.
“Os teus olhos verão a Jerusalém, habi­tação tranqüila, tenda que não será removida, cujas estacas nunca serão arrancadas, nem rebentada nenhuma de suas cordas. Mas o Se­nhor ali nos será grandioso, fará as vezes de rios e correntes largas. … Porque o Senhor é o nosso Juiz, o Senhor é o nosso Legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará. … Nenhum mo­rador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniquidade.” Isa. 33:20-22 e 24.
“Vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu crio”, exorta o Senhor; “porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e Me alegrarei no Meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plan­tarão para que outros comam; porque a longe­vidade do Meu povo será como a da árvore, e os Meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. … Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor.” Isa. 65:18, 19, 21, 22 e 25. Manuscrito 9, 1908.
Ellen G. White – Meditações Matinainais – 1968, 369-37

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