31.8.10

CIRCUNDADOS POR SEU AMOR

E andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Efés. 5:2.
O mundo que Satanás tem pretendido, e sobre o qual tem governado com tirania cruel, o Filho de Deus, por uma vasta realização, circundou em Seu amor, pondo-o novamente em ligação com o trono de Jeová. Querubins e serafins, bem como os inumeráveis exércitos de todos os mundos não caídos, entoam cânticos de louvor a Deus e ao Cordeiro ao ser assegurado esse triunfo. Regozijaram-se em que à raça caída fosse aberto o caminho da salvação, e que a Terra fosse redimida da maldição do pecado. Quanto mais não se deveriam regozijar aqueles que são os objetos de tão surpreendente amor!
Como podemos estar em dúvida e incerteza, e sentir-nos órfãos? Foi em benefício dos que haviam transgredido a lei que Jesus tomou sobre Si a natureza humana; Ele Se tornou como nós, a fim de podermos ter perene paz e segurança. ...
O primeiro passo mesmo ao aproximar-nos de Deus é conhecer e crer no amor que Ele nos tem! (I João 4:16); pois é mediante a atração de Seu amor que somos induzidos a ir para Ele.
A percepção do amor de Deus opera a renúncia do egoísmo. Ao chamarmos Deus nosso Pai, reconhecemos todos os Seus filhos como irmãos. Somos todos parte da grande teia da humanidade, todos membros de uma só família. Em nossas orações, devemos incluir nossos semelhantes da mesma maneira que a nós mesmos. Pessoa alguma ora direito, se busca bênção unicamente para si.
O infinito Deus, disse Jesus, vos dá o privilégio de dEle vos aproximardes chamando-O de Pai. Compreende tudo quanto isto implica. Pai terreno algum já pleiteou tão fervorosamente com um filho errante como o faz com o transgressor Aquele que vos criou. Nenhum amorável interesse humano já acompanhou o impenitente com tão ternos convites. Deus mora em toda habitação; ouve cada palavra proferida, escuta cada oração erguida ao Céu, experimenta as dores e as decepções de cada alma, e considera o tratamento dispensado a pai e mãe, irmã, amigo e semelhante. Ele cuida de nossas necessidades, e Seu amor, Sua misericórdia e graça estão continuamente a fluir para satisfazer nossa necessidade.
Mas se chamais a Deus vosso Pai, vós vos reconheceis Seus filhos, para ser guiados por Sua sabedoria, e ser obedientes em todas as coisas, sabendo que Seu amor é imutável. Aceitareis Seu plano para vossa vida. Como filhos de Deus, mantereis, como objeto de vosso mais elevado interesse, Sua honra, Seu caráter, Sua família, Sua obra. Tereis regozijo em reconhecer e honrar vossa relação com o Pai e com cada membro de Sua família. Alegrar-vos-eis em praticar qualquer ato, embora humilde, que contribua para Sua glória ou bem-estar de vossos semelhantes. O Maior Discurso de Cristo, págs. 104-106.

18.8.10

O FILHO DE DEUS EXISTENTE POR SI MESMO

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu sou. João 8:58.
"Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu sou." João 8:56-58.
Aqui Cristo lhes mostra que, embora calculassem que Sua vida tinha menos de 50 anos, Sua vida divina não podia ser calculada pelo cômputo humano. A existência de Cristo antes de Sua encarnação não é medida por algarismos. Signs of the Times, 3 de maio de 1899.
"Antes que Abraão existisse, Eu sou." João 8:58. Cristo é o Filho de Deus preexistente, existente por Si mesmo. A mensagem que Ele deu a Moisés, para ser transmitida aos filhos de Israel, foi: "Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros." Êxo. 3:14.
O profeta Miquéias escreveu a Seu respeito: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miq. 5:2.
Cristo declarou por intermédio de Salomão: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes de Suas obras mais antigas. Quando punha ao mar o Seu termo, para que as águas não trespassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo." Prov. 8:22, 29 e 30.
Ao falar de Sua preexistência, Cristo faz o pensamento remontar aos séculos eternos. Ele nos assegura que nunca houve um tempo em que não estivesse em íntima ligação com o Deus eterno. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que Se achava em Sua presença.
As palavras de Cristo foram proferidas com calma dignidade e com uma certeza e poder que trouxeram convicção aos corações dos escribas e fariseus. Eles sentiram o poder da mensagem enviada pelo Céu. Deus estava batendo à porta do coração deles, pedindo entrada. Signs of the Times, 29 de agosto de 1900.
Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por si mesmo. Manuscrito 101, 1897.
Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a vida." I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente. "Quem crê em Mim", disse Jesus, "ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim nunca morrerá. Crês tu isto?" João 11:25 e 26. Cristo olha aqui ao tempo de Sua segunda vinda. O Desejado de Todas as Nações, pág. 530.

A PREEXISTÊNCIA DO FILHO DE DEUS

E, agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo. João 17:5.
Mas ao mesmo tempo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando aqui na Terra, também fala ela positivamente em Sua preexistência. A Palavra existiu como ser divino, a saber, o eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade era Ele o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, se O aceitassem, seriam benditos. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes de serem criados homens ou anjos, a Palavra [ou Verbo] estava com Deus, e era Deus.
O mundo foi feito por Ele, "e, sem Ele, nada do que foi feito se fez". João 1:3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu Ele antes de todas as coisas. As palavras faladas com respeito a isso são tão positivas que ninguém precisa deixar-se ficar em dúvida. Cristo era Deus essencialmente, e no mais alto sentido. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito para todo o sempre.
O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos", declara Ele, "e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava Eu; quando compassava ao redor a face do abismo." Prov. 8:22-27.
Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de terem sido lançados os fundamentos do mundo. Esta é a luz que brilhava em lugar escuro, fazendo-o resplender com a divina glória original. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si, explica outros mistérios e verdades de outro modo inexplicáveis, ao mesmo tempo que se reveste de luz inacessível e incompreensível. ...
"O povo que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou." Mat. 4:16. Aqui se apresentam a preexistência de Cristo e o propósito de Sua manifestação ao mundo, como raios vivos de luz do trono eterno. Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 247 e 248.
[Cristo] diz: e fulgure a Minha glória - a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo. Signs of the Times, 10 de maio de 1899.

Exaltai-O Como o Filho de Deus

Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. Filip. 4:8.
O novo ano já se apresentou; antes, porém, de saudarmos a sua chegada, nós nos detemos para perguntar: Qual foi a história do ano que, com o seu fardo de reminiscências, passou agora para a eternidade? A admoestação do apóstolo aplica-se a cada um de nós: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos." II Cor. 13:5. Deus não permita que nesta hora importante fiquemos tão absortos em outras questões que não dediquemos tempo a séria, sincera e criteriosa introspecção! Sejam as coisas menos importantes relegadas a segundo plano, e demos agora prioridade àquilo que diz respeito aos nossos interesses eternos. ...
Nenhum de nós pode, em sua própria força, representar o caráter de Cristo; mas, se Jesus vive no coração, o espírito que nEle habita revelar-se-á em nós; será suprida toda a nossa deficiência. Quem procurará, no começo deste novo ano, obter nova e genuína experiência nas coisas de Deus? Corrigi os vossos desacertos na medida em que for possível. Confessai os vossos erros e pecados uns aos outros. Seja removida toda amargura, ira e malícia; que a paciência, a longanimidade, a bondade e o amor tornem-se uma parte de vosso ser; então tudo o que é puro, amável e de boa fama se desenvolverá em vossa experiência. ...
Que fruto demos nós durante o ano que passou? Qual foi a nossa influência sobre os outros? A quem trouxemos para o redil de Cristo? O olhar do mundo está voltado para nós. Somos cartas vivas de Cristo, conhecidas e lidas por todos os homens? Seguimos o exemplo de Jesus na abnegação, na mansidão, na humildade, na clemência, no levar a cruz, na devoção? O mundo será levado a reconhecer que somos servos de Cristo? ...
Não procuraremos, neste novo ano, corrigir os erros do passado? Compete-nos, individualmente, cultivar a graça de Cristo, ser mansos e humildes de coração, e firmes, resolutos e constantes na verdade; pois só assim poderemos crescer em santidade, e ser habilitados para a herança dos santos na luz. Comecemos o ano com a total renúncia do próprio eu; oremos por claro discernimento, para que compreendamos os direitos que o nosso Salvador tem sobre nós e para que em todas as ocasiões e em todos os lugares sejamos testemunhas de Cristo. Signs of the Times, 4 de janeiro de 1883.
Exaltai a Jesus, vós que ensinais o povo. Exaltai-O nas exortações, nos sermões, em cânticos, em oração. Que todos os vossos esforços convirjam para dirigir pessoas confusas, transviadas e perdidas ao "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Ordenai que elas olhem e vivam. Review and Herald, 12 de abril de 1892.

12.8.10

AS BOAS NOVAS DO REINO

E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino. Mat. 4:23.
"E Ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos Céus." Mat. 5:2 e 3. Como um ensino estranho e novo, estas palavras caem nos ouvidos da multidão admirada. Semelhante doutrina é contrária a tudo que ouviram dos sacerdotes e rabinos. Nela não vêem coisa alguma que lisonjeie seu orgulho ou lhes alimente as ambiciosas esperanças. Irradia, porém, deste novo Mestre um poder que os conserva como que presos. Dir-se-ia que a doçura do amor divino transcendesse de Sua presença, como da flor o perfume. ...
Mas na multidão que cercava Jesus, alguns havia que tinham a intuição de sua pobreza espiritual. ... Havia pessoas que, na presença de Sua pureza, se sentiam desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas (Apoc. 3:17); e estas almejavam "a graça de Deus, ... trazendo salvação a todos os homens". Tito 2:11.
Dos humildes de espírito, diz Jesus: "Deles é o reino dos Céus." Mat. 5:3. Este reino não é, como esperavam os ouvintes de Cristo, um domínio temporal e terreno. Cristo estava a abrir aos homens o reino espiritual de Seu amor, Sua graça, Sua justiça. ... Seus súditos são os humildes de espírito, os mansos, os perseguidos por causa da justiça. Deles é o reino dos Céus. Conquanto não se tenha ainda realizado plenamente, iniciou-se neles a obra que os tornará "idôneos para participar da herança dos santos na luz". Col. 1:12.
Todos os que têm a intuição de sua profunda pobreza de alma e vêem que em si mesmos nada possuem de bom, encontrarão justiça e força olhando a Jesus. ... Ele vos ordena que troqueis a vossa pobreza pelas riquezas de Sua graça. Não somos dignos do amor de Deus, mas Cristo, nossa segurança, é digno, e capaz de salvar abundantemente todos os que forem a Ele. Qualquer que tenha sido vossa vida passada, por mais desanimadoras que sejam vossas circunstâncias presentes, se fordes a Jesus exatamente como sois, fracos, incapazes e em desespero, nosso compassivo Salvador irá grande distância ao vosso encontro, e em torno de vós lançará os braços de amor e as vestes de Sua justiça. O Maior Discurso de Cristo, págs. 6-9.

5.8.10

O PLANO DE DEUS PARA MIM

Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás? Isa. 14:27.
Na História, cada um dos atores tem seu papel e seu lugar; pois a grande obra de Deus será, segundo Seu próprio plano, efetuada por homens que se prepararam para ocupar posições, ou para o bem ou para o mal. Opondo-se à justiça, os homens tornam-se instrumentos da injustiça. Mas não são forçados a seguir esse procedimento. Não precisam tornar-se instrumentos de injustiça, da mesma forma que Caim não precisava. ...
Homens de todas as espécies, justos e injustos, estarão desempenhando os seus papéis no plano divino. Com o caráter que formaram, farão a sua parte no cumprimento da História. Numa crise, exatamente no momento certo, estarão no lugar para cujo preenchimento eles se prepararam. Crentes e descrentes se arregimentarão como testemunhas, para confirmar a verdade que eles mesmos não compreendem. Todos cooperarão no cumprimento dos propósitos de Deus, tal qual o fizeram Anás, Caifás, Pilatos e Herodes. Condenando Cristo à morte, pensavam os sacerdotes estar executando seus próprios propósitos, mas sem estarem conscientes nem o pretenderem, cumpriam os propósitos divinos. Review and Herald, 12 de junho de 1900.
Deus olha o interior da pequenina semente que Ele próprio criou, e nela vê encoberta a bela flor, o arbusto ou a grande e frondosa árvore. Assim vê Ele as possibilidades em toda criatura humana. Achamo-nos aqui para determinado fim. Deus nos deu o plano que tem para nossa vida, e deseja que alcancemos a mais alta norma de desenvolvimento. ... Ele deseja que os jovens cultivem todas as faculdades de seu ser, exercitando ativamente cada uma delas. ...
Contemplem eles a Cristo como o modelo segundo o qual devem ser moldados. A santa ambição que Ele revelou em Sua vida devem eles nutrir - a ambição de tornar o mundo melhor por eles nele terem vivido. Tal é a obra a que são chamados. A Ciência do Bom Viver, págs. 397 e 398.
Deveis agora construir... para vos relacionardes com a sociedade e com a vida de maneira tal que possais atender ao desígnio de Deus em vossa criação. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 82.