2.12.14

Jesus ao Lado das Pessoas

Buscando força do alto
Quando chegou o tempo de iniciar Seu ministério público, o primeiro ato de Jesus foi ir até o rio Jordão e ser batizado por João Batista.{VJ 31.1}
João havia sido enviado para preparar o caminho do Salvador. Ele havia pregado no deserto dizendo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:15.
Multidões afluíam para ouvi-lo. Muitos se convenciam de seus pecados e eram batizados por ele, no Jordão.
O Senhor havia revelado a João que algum dia o Messias viria a ele e pediria para ser batizado. Havia também a promessa de que um sinal lhe seria dado, de modo que ele pudesse saber quem era.
Quando Jesus chegou, João viu em Seu rosto os sinais de uma vida santa, de modo que se recusou a batizá-Lo dizendo: “Eu é que preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça.” Mateus 3:14, 15.
Ao pronunciar essas palavras, Sua face Se iluminou com a mesma luz celestial que Simeão havia contemplado. E então, João conduziu o Salvador às águas do belo Jordão e ali O batizou diante de todas as pessoas.
Jesus não foi batizado para mostrar arrependimento por Seus próprios pecados, pois jamais pecara. Assim fez, para dar-nos o exemplo.
Quando saiu da água, ajoelhou à margem e orou. Então o céu se abriu e raios de glória refulgiram “e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele”. Mateus 3:16.
As feições e todo o Seu corpo brilhavam com a luz da glória de Deus. E do Céu, ouviu-se uma voz que dizia:
“Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” Mateus 3:17.{VJ 32.5}
A glória que repousou em Cristo é o penhor do amor de Deus por nós. O Salvador veio como nosso exemplo e tão certamente como Deus ouviu Sua oração, também ouvirá a nossa.{
Os mais necessitados, os mais pecadores, os mais desprezados podem ter acesso ao Pai. Quando vamos a Ele em nome de Jesus, a mesma voz que falou a Cristo, fala a nós dizendo: “Este é o Meu filho amado, em quem Me comprazo.” Mateus 3:17.
A tentação
Após Seu batismo, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado por Satanás. Ao dirigir-Se para o deserto, Cristo foi conduzido pelo Espírito de Deus. Ele não convidava a tentação. Queria estar a sós a fim de meditar sobre Sua obra e missão.
Através do jejum e da oração, devia Se preparar para trilhar a senda cruel que Lhe estava destinada. Como Satanás sabia onde o Salvador podia ser encontrado, para lá se dirigiu com o intuito de tentá-Lo.
Quando Cristo saiu das águas do Jordão, Seu rosto brilhava com a glória de Deus. Mas, depois de ter entrado no deserto, essa glória desvaneceu-se.
Trazia sobre Si os pecados do mundo e em Seu rosto viam-se marcas de tristeza e angústia que homem algum jamais sentira. Ele sofria pelos pecadores.
No Éden, Adão e Eva haviam desobedecido a Deus ao comer o fruto proibido. Seu pecado e desobediência trouxeram sofrimento e morte para o mundo.
Cristo veio dar-nos um exemplo de obediência. No deserto, depois de jejuar quarenta dias, não quis contrariar a vontade de Deus, mesmo para conseguir alimento.
Uma das primeiras tentações que venceram nossos primeiros pais foi a indulgência no apetite. Através daquele longo jejum, Cristo deveria mostrar que o apetite pode ser subjugado.
Satanás tenta o homem à indulgência no apetite porque isso enfraquece o corpo e anuvia a mente. Desse modo, ele sabe que pode mais facilmente derrotá-lo ou destruí-lo.
Porém, o exemplo de Cristo nos ensina que cada desejo incorreto deve ser vencido. Não devemos ser governados pelo apetite, mas sim governá-lo.
Uma batalha cruel
Quando Satanás apareceu a Cristo pela primeira vez, ele tinha a aparência de um anjo de luz. Afirmava ser um mensageiro do Céu.
Disse-Lhe que não era a vontade do Pai que Ele passasse por tais sofrimentos; Ele deveria apenas demonstrar que estava disposto a sofrer. No momento em que Jesus estava lutando com os mais duros padecimentos provocados pela fome, Satanás Lhe disse:
“Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.” Mateus 4:3.
Como o Salvador viera para viver como nosso exemplo, deveria suportar o sofrimento como nós precisamos suportá-lo. Não deveria operar nenhum milagre para beneficiar a Si mesmo. Seus milagres deveriam ser somente em favor dos outros. A essa intimação de Satanás, Jesus respondeu:
“Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:4.
Desse modo, Ele mostrou que obedecer à Palavra de Deus é mais importante que conseguir o alimento material. Aqueles que obedecem aos preceitos de Deus têm a promessa de ter todas as suas necessidades supridas na vida presente e também na vida futura.
Satanás não conseguiu derrotar Cristo na primeira grande tentação; ele então conduziu Jesus ao pináculo do templo de Jerusalém, e disse:
“Se és Filho de Deus, atira-Te abaixo, porque está escrito: Aos Seus anjos ordenará a Teu respeito; ... eles Te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.” Mateus 4:6.
Aqui, Satanás seguiu o exemplo de Cristo citando as Escrituras. Mas a promessa não é para aqueles que voluntariamente se aventuram no perigo. Deus não havia ordenado que Jesus Se atirasse do pináculo e Ele não o faria para satisfazer a Satanás. Por isso replicou: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” Mateus 4:7.
Devemos confiar no cuidado de nosso Pai celestial, mas não devemos ir aonde Ele não nos ordena. Não devemos fazer o que Ele proíbe. Porque Deus é misericordioso e pronto a perdoar, muitos entendem que é seguro desobedecer-Lhe, mas isso é presunção. Deus perdoará todos os que buscam perdão e se afastam do pecado. Porém, não pode abençoar os que não Lhe obedecem.
Satanás então apareceu como realmente era — o príncipe dos poderes das trevas. Levou Jesus ao cume de uma montanha elevada e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo.
A luz do Sol iluminava esplêndidas cidades, palácios de mármore, campos frutíferos e vinhedos. Satanás disse:
“Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares.” Mateus 4:9.
Por um momento Jesus contemplou a cena e então voltou-lhe as costas. Satanás havia apresentado o que o mundo tem de mais atraente, mas o olhar do Salvador captou além da beleza exterior.
Ele viu o mundo em sua miséria e pecado, afastado de Deus. Toda essa miséria era resultado de o homem ter-se afastado do Criador para cultuar Satanás.
O coração de Jesus desejava ardentemente resgatar o que se havia perdido. Desejava devolver ao mundo mais do que a beleza edénica. Desejava colocar o homem em uma posição de vantagem com Deus.
Vencendo por amor
Por amor aos pecadores, Ele resistia à tentação. Deveria ser um vencedor para que eles pudessem vencer, para que pudessem ser iguais aos anjos e dignos de ser reconhecidos como filhos de Deus. A essa oferta, Jesus respondeu:
“Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mateus 4:10.
Essa grande tentação compreendia o amor do mundo, a ambição do poder, a soberba da vida e tudo o que possa afastar o homem de adorar a Deus. Satanás ofereceu a Cristo o mundo e suas riquezas se Ele homenageasse os princípios do mal. Do mesmo modo, ele nos apresenta as vantagens que podem resultar da prática do mal.
Ele segreda aos nossos ouvidos: “Para ser bem-sucedido neste mundo, você deve me servir. Não seja tão escrupuloso por causa da verdade ou da honestidade. Obedeça ao meu conselho e eu lhe darei honras, riquezas e felicidade.”
Dando ouvidos a tais conselhos, estamos adorando a Satanás ao invés de Deus e isso nos trará miséria e ruína.
Cristo nos mostrou o que devemos fazer quando tentados. Quando Ele disse a Satanás: “Retira-te” (Mateus 4:10), o tentador não pôde resistir a essa ordem. Foi obrigado a se afastar.
Contorcendo-se de ódio, o chefe rebelde deixou a presença do Redentor do mundo.
Por hora, o combate havia terminado. A vitória de Cristo fora tão completa quanto a derrota de Adão.
Do mesmo modo, devemos resistir e vencer a Satanás. O Senhor nos diz: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós.” Tiago 4:7, 8.{VJ 35.12}

CONCLUSÃO:
“ (1 JESUS VIU OS CÉUS SE ABRIREM (Mateus 3:16a)
Que experiência maravilhosa! Quem tem esse privilégio, nunca mais é o mesmo! Podemos ver os céus se abrindo sobre nós também, de outras formas: quando lemos a Bíblia, quando oramos com o coração sincero, lançando todas nossas ansiedades, medos e o nosso orgulho fora. Então Deus se manifesta sobre nós e podemos ver o mundo de uma forma diferente, na visão correta vinda de Deus.

2) JESUS VIU O ESPÍRITO SANTO DESCER SOBRE ELE (Mateus 3:16b)
Jesus vivia como filho de Deus, mas sem o poder para realizar suas obras. Pela obediência, Jesus se tornou um homem sobrenatural através do Espírito Santo. Precisamos da mesma forma depender do poder do Alto e não da nossa força e entendimento.

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (Atos 10:38)
“Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que sofreu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem.” (Hebreus 5:8-9)

3) JESUS OUVIU A VOZ DO PAI (Mateus 3:17)
"Este é o meu filho amado, em quem me comprazo." Quem não gostaria de ouvir a voz do Pai dizendo isso? Quantos de nós precisamos nos sentir mais amados por Deus? Deixe que o amor Dele te envolva, aceite o Seu perdão, reconcilie-se com Ele e então você terá amor, perdão e misericórdia para dar às pessoas.
O Pai sabia que Jesus passaria por calúnias, sofrimentos, traição, negação e como homem muitas feridas na alma. Por isso antes de tudo isso acontecer, Deus deixou bem claro o quanto Jesus era especial.”


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