Uma nova visão do céu
Que fonte de alegria para os discípulos foi saber que tinham
tal Amigo no Céu para interceder em seu favor! Por meio da visível ascensão de
Cristo foram alterados todos os seus conceitos e expectativas do Céu. Anteriormente,
seus pensamentos se haviam demorado nele como uma região de espaço ilimitado,
habitada por espíritos sem substância. Agora, o Céu estava relacionado com o
conceito de Jesus, a quem haviam amado e reverenciado mais do que todos os
outros, com quem haviam conversado e viajado, em quem haviam tocado, até mesmo
no Seu corpo ressuscitado, quem lhes falara de esperança e trouxera conforto
para o coração, o mesmo Senhor que fora levado de diante dos seus olhos,
enquanto ainda falava, de quem ainda recordavam até o tom da voz, ao ser
envolto pela nuvem de anjos: “E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século.” Mateus 28:20.{ViC 67.1}
O Céu não podia mais parecer-lhes um espaço indefinido e
incompreensível, repleto de espíritos intangíveis. Consideravam-no agora como
seu futuro lar, em que seu amoroso Redentor estava preparando mansões para
eles. A oração se revestira de novo interesse, visto que era uma comunhão com o
seu Salvador. Com novas e vibrantes emoções e uma firme confiança de que sua
oração seria respondida, eles foram para o cenáculo a fim de apresentar suas
petições e clamar pelo cumprimento da promessa, já que o Senhor dissera: “Pedi
e recebereis” (Mateus 7:7) “para que vossa alegria seja completa.” João 17:13.
Eles oravam em nome de Jesus. {ViC 67.2}
Eles tinham um evangelho para pregar — Cristo em forma
humana, um Homem de dores; Cristo em humilhação, tomado por mãos ímpias e
crucificado; Cristo ressurreto e assunto ao Céu, introduzido à presença de
Deus, para ser o Advogado do homem; Cristo a voltar com poder e grande glória
nas nuvens do céu. — Eventos Finais, 285, 286; A Maravilhosa Graça de Deus, 47
(Meditações Matinais, 1974).{ViC 68.1}
Este mesmo Jesus
Cristo ascendera ao Céu na forma humana. Os discípulos viram
a nuvem recebê-Lo. O mesmo Jesus que andara, e falara e orara com eles; Aquele
que partira com eles o pão; que com eles estivera nos botes, no lago; e que
fizera com eles, naquele mesmo dia, a penosa subida do Olivete — o mesmo Jesus
fora agora para partilhar do trono do Pai. E os anjos lhes asseguraram que
Aquele mesmo que viram subir ao Céu, voltaria outra vez assim como subira. Virá
“com as nuvens, e todo o olho O verá”. Apocalipse 1:7.{ViC 68.2}
“Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz
de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão.” 1 Tessalonicenses 4:16. “Quando o Filho do homem vier em Sua
glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono da Sua
glória.” Mateus 25:31. Então se cumprirá a promessa do próprio Senhor aos
discípulos. “Se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei
para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também.” João 14:3. Bem
podiam os discípulos se regozijar na esperança da vinda do Senhor. — O Desejado
de Todas as Nações, 832. {ViC 68.3}
Os discípulos ainda estavam com os olhos fitos no céu
quando, “eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os
quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse
Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o
Céu O vistes ir”. Atos 1:10, 11.{ViC 69.1}
A promessa da segunda vinda de Cristo deveria ser conservada
sempre viva na mente de Seus discípulos. O mesmo Jesus, a quem viram subir ao
Céu, viria outra vez, para receber aos que na Terra se entregam a Seu serviço.
A mesma voz que lhes disse: “Estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos” (Mateus 28:20), dar-lhes-ia as boas-vindas a Sua presença no reino
celestial. — Atos dos Apóstolos, 33.{ViC 69.2}
Nós o veremos como Ele é
Quando os filhos de Deus forem revestidos de imortalidade,
vê-Lo-ão “como Ele é”. 1 João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado.
Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas
transgressões. Podem, então, olhar o
deslumbrante resplendor do trono de Deus. Foram
co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no plano da
redenção, e com Ele participam da alegria de ver pessoas salvas no reino de
Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. — Maranata, o Senhor
Vem, 321 (Meditações Matinais, 1977).{ViC 70.3}
“Se permanecer a obra de alguém ... esse receberá galardão.”
1 Coríntios 3:14. Magnífica será a recompensa concedida quando os obreiros fiéis
se reunirem em torno do trono de Deus e do Cordeiro.
Quando João, em seu estado
mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto: não pôde suportar a
visão. Porém quando os filhos de Deus forem revestidos de imortalidade,
vê-Lo-ão “como Ele é”. 1 João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado.
Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas
transgressões. Podem, então, olhar o deslumbrante resplendor do trono de Deus.
Foram co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no
plano da redenção, e com Ele participam da alegria de ver pessoas salvas no
reino de Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. — A
Maravilhosa Graça de Deus, 353 (Meditações Matinais, 1974); Testemunhos para a
Igreja 5:467.{ViC 70.1}
O rei do céu
Quando Cristo veio à Terra a primeira vez, veio em humildade
e obscuridade, e Sua vida aqui foi de sofrimento e pobreza. ... Em Sua segunda
vinda tudo será mudado. Os homens não O verão como um prisioneiro rodeado pela
turba, mas como o Rei do Céu. Cristo virá em Sua própria glória, na glória de
Seu Pai e na glória dos santos anjos. Milhões de milhões e milhares de milhares
de anjos, os belos e triunfantes filhos de Deus, possuidores de excelente
amabilidade e glória, O escoltarão em Seu caminho. Em lugar de uma coroa de
espinhos, Ele ostentará uma coroa de glória — uma coroa dentro de outra. Em
lugar daquele velho manto de púrpura, envergará as vestes de inexcedível
brancura, “como nenhum lavandeiro na Terra as poderia alvejar”. Marcos 9:3. E
em Seu manto e na coxa Ele traz um nome escrito: “Rei dos reis e Senhor dos
senhores.” Apocalipse 19:16. — A Maravilhosa Graça de Deus, 356 (Meditações
Matinais, 1974). {ViC 70.2}
Alegria completa
O mesmo que deu Sua preciosa vida por eles, que pela Sua
graça lhes moveu o coração levando-os ao arrependimento, que lhes fez ver a
necessidade de arrependimento, recebe-os, agora, em Seu júbilo. Oh, como eles O
amam! A realização de Sua esperança é infinitamente maior do que a expectativa.
Sua alegria é completa, e eles tomam suas cintilantes coroas e as depõem aos
pés de seu Redentor. — Conselhos Sobre Mordomia, 349.{ViC 71.1}
Destino determinado
O não haver um diabo literal, e haver graça depois da volta
de Cristo, estão-se tornando rapidamente fábulas populares. As Escrituras
declaram positivamente que o destino de cada pessoa está para sempre
determinado por ocasião da vinda do Senhor. “Quem é injusto, faça injustiça
ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e
quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão
está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse 22:11, 12. —
Testemunhos para a Igreja 1:342, 343. {ViC 71.2}
Um laço que jamais se
partirá
Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a
restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar
entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar
em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a
nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se
partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho unigênito.” João 3:16. Não O deu somente para levar
os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos
assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de
que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza
humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. “Um Menino nos
nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros.” Isaías
9:6.{ViC 72.1}
Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho,
levando a mesma ao mais alto Céu. É o “Filho do homem”, que partilha do trono
do Universo. É o “Filho do homem”, cujo nome será “Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”. Isaías 9:6. O EU SOU é o
Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos. Aquele que é
“santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus 7:26), “não Se
envergonha de nos chamar irmãos”. Hebreus 2:11. Em Cristo se acham ligadas a
família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se acha
abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito Amor. — O Desejado
de Todas as Nações, 25, 26. {ViC 72.2}
Unido à raça que ele
redimiu
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito.”
João 3:16. Ele O deu, não somente para que vivesse entre os homens, tomasse
sobre Si os seus pecados, e morresse em sacrifício por eles; deu-O à raça
caída. Cristo devia identificar-Se com os interesses e necessidades da
humanidade. Ele, que era um com Deus, ligou-Se aos filhos dos homens por laços
que nunca se romperão. Jesus “não Se envergonha de lhes chamar irmãos”. Hebreus
2:11. Ele é nosso sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, apresentando nossa
forma humana perante o trono do Pai, achando-Se, através dos séculos eternos,
unido à raça que Ele — o Filho do homem — redimiu. E tudo isso para que o homem
pudesse ser erguido da ruína e degradação do pecado, a fim de que refletisse o
amor de Deus e participasse da alegria da santidade. — Caminho a Cristo,
14.{ViC 73.1}
Multidão redimida
Na oração intercessória de Cristo a Seu Pai, Ele disse haver
cumprido as condições que obrigavam ao Pai cumprir Sua parte do contrato feito
no Céu, com relação ao homem caído. ... Declarou-Se glorificado naqueles que
crêem nEle. A igreja, em Seu nome, deve levar à gloriosa conclusão a obra por
Ele iniciada; e quando essa igreja for afinal redimida no Paraíso de Deus, Ele
verá o trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. Por toda a eternidade a
multidão redimida será Sua máxima glória. — Filhos e Filhas de Deus, 296
(Meditações Matinais, 1956).{ViC 73.2}
A humanidade de Jesus pelos séculos eternos
Cristo ascendeu ao Céu, como portador de uma humanidade
santa e santificada. Levou consigo essa humanidade, para as cortes celestiais,
e através dos séculos eternos Ele a manterá, como Aquele que redimiu todo ser
humano da cidade de Deus, Aquele que pleiteou perante o Pai: “Na palma das
Minhas mãos, te tenho gravado.” Isaías 49:16. As palmas de Suas mãos trazem a
cicatriz dos ferimentos que recebeu. Se somos machucados e feridos, se
encontramos problemas que são difíceis de vencer, lembremo-nos de quanto Cristo
sofreu por nós. Devemos nos assentar junto com nossos irmãos nos lugares
celestiais, em Cristo. Que a bênção celestial encha nosso coração.{ViC 74.1}
Jesus assumiu a natureza da humanidade com o objetivo de
revelar ao homem um amor puro, altruísta, e nos ensinar como amar uns aos
outros.{ViC 74.2}
Como homem, ascendeu ao Céu. Como homem, é o Substituto da
humanidade. Como homem, vive para fazer intercessão por nós. Como homem, virá
outra vez com majestoso poder e glória, a fim de buscar os que O amam e para
quem está preparando lugar. Devemos alegrar-nos e dar graças porque Deus
“estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do Varão
que destinou”. Atos 17:31. Então vamos ter a comprovação eterna de que todo o
universo não caído acompanhou com interesse a grande obra que Jesus veio
realizar em nosso mundo, a salvação da raça humana. — The S.D.A. Bible
Commentary 5:1125, 1126; E Recebereis Poder, 368 (Meditações Matinais,
1999).{ViC 74.3}
Cristo levou Sua humanidade para a eternidade. Acha-Se
perante Deus como o representante de nossa raça. Quando nos achamos revestidos
dos trajes de bodas de Sua justiça, tornamo-nos um com Ele, e Ele diz a nosso
respeito: “Comigo andarão de branco, porque são dignas disso.” Apocalipse 3:4.
Seus santos O verão em Sua glória, sem nenhum véu de permeio. — Para
Conhecê-lo, 25.{ViC 75.1}
Cristo ascendeu ao Céu, como portador de uma humanidade
santa e santificada. Levou consigo essa humanidade, para as cortes celestiais,
e através dos séculos eternos Ele a manterá, como Aquele que redimiu todo ser
humano da cidade de Deus. — Nos Lugares Celestiais, 13 (Meditações Matinais,
1968).{ViC 75.2}
Fidelidade de Deus
Temos tudo que poderíamos pedir, para nos inspirar fé e
confiança em Deus. Nas cortes terrestres, quando um rei quer dar seu maior
penhor para provar aos homens a sua veracidade, dá ele seu filho como refém,
para ser resgatado quando do cumprimento de sua promessa; e, note que penhor da
fidelidade do Pai! — pois quando Ele quis assegurar aos homens a imutabilidade
de Seu conselho, deu Ele Seu Filho unigênito, para que viesse à Terra, a fim de
tomar a natureza do homem, não só pelos breves anos da vida, mas para reter sua
natureza nas cortes celestes, como eterno penhor da fidelidade de Deus. Ó
profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do amor de Deus! “Vede que
grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus;
e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece,
porquanto não O conheceu a Ele mesmo.” 1 João 3:1. — Exaltai-O (Meditações
Matinais, 1992).{ViC 75.3}
Maravilha para todo o
universo
Este é o mistério da piedade. Haver Cristo tomado a natureza
humana, e por uma vida de humilhação elevado o homem na escala do valor moral
para com Deus; o levar Ele a natureza que adoptara ao trono do Senhor, e aí
apresentar Seus filhos ao Pai; o ser conferida a eles uma honra maior que a dos
anjos — eis a maravilha do Universo, o mistério que os anjos desejam compreender.
Esse é o amor que abranda o coração do pecador. — Filhos e Filhas de Deus, 22
(Meditações Matinais, 1956).{ViC 76.1}
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