30.11.09

UM MOVIMENTO DENTRO DA IGREJA IMPRESSIONADO PELO ESPÍRITO SANTO

“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera que fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: - Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma. E nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestes brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato...” Apocalipse 3:14-20
Dado que a salvação e a perdição são individuais, a aceitação do testemunho da Testemunha Verdadeira por uma boa parte da igreja militante resultará em reavivamento e reforma, os que o negarem serão joeirados na sacudidura. A Testemunha Fiel apresenta a última Igreja como num estado de apatia. O contrário de fé não é apostasia, mas apatia, e este estado leva ao orgulho do alcançado. Porém, e mesmo assim, Jesus garante a Igreja o Seu amor manifesto em repreensão e conselho: “és infeliz, miserável, pobre, cego e nu.” Que triste situação, mais triste ainda é o tom da correcção!
Conselho: comprar ouro refinado pelo fogo, que é uma fé purificada e colírio para clarear a nossa percepção espiritual, ambas as situações são obra do Espírito Santo em nós e vestes brancas, que reflectem a justiça de Cristo por nós.
Qual é a garantia que a Igreja aceitará o testemunho fiel?
Em Apocalipse 19:7,8 é apresentada a Igreja como vitoriosa e triunfante: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os actos de justiça dos santos.”
Ao saber da situação prevista para a Igreja nestes últimos dias, é tempo de tomar a nossa decisão individual de fazer parte dos sinceros, reavivados e reformados nos últimos dias, ou, daqueles que se retirarão da igreja em virtude do testemunho fiel?
Lembremo-nos a salvação e a perdição são individuais, devemos tomar a nossa decisão, ela é pessoal e intransferível: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo, sê, pois, zeloso e arrepende-te”
“A mensagem a Laodicéia aplica-se ao povo de Deus que professa crer na verdade presente. A maior parte são professos mornos, tendo o nome, mas faltando-lhes o zelo...
Aplica-se a esta classe o termo “morno”. Professam amar a verdade, todavia são deficientes no fervor e na consagração cristã. Não ousam desistir inteiramente e correr o risco dos incrédulos, não se acham, no entanto, dispostos a morrer para o próprio eu e seguir exactamente os princípios da sua fé... Não se empenham inteiramente e de coração na obra de Deus, identificando-se com os Seus interesses; mas mantêm-se afastados, e estão prontos a deixar os seus postos quando os interesses mundanos e pessoais o exijam. Carecem da obra interior da graça no coração.” ITS, págs. 476 e 477
“A mensagem de Laodicéia aplica-se aos Adventistas do Sétimo Dia que têm recebido grande luz e não têm andado nela. São os que têm feito uma grande profissão, mas não se têm mantido em passo com o seu Director, os que serão vomitados da Sua boca a menos que se arrependam.” II ME, pág. 66.
“Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os enfermos”, declarou o Senhor. E acrescentou: “Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.” Marcos 2:17
“Pois todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus”. Rom. 3:10 e 23
Somente os indiferentes não se revêem nas palavras descritas acima, o Espírito Santo é aquele que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Os presunçosos, porque não crêem estar tão mal, ou, porque não têm discernimento da sua própria condição de desespero, estão apegados a apatia do pecado. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, uma vivificação das faculdades do espírito e do coração, um ressurgimento da morte espiritual.
“O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov. 28:13
O Espírito de Profecia tem palavras de ânimo: “As condições para obter misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não requer de nós actos penosos a fim de que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos empreender longas e fatigantes peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar a nossa alma ao Deus do Céu ou expiar nossas transgressões. Mas o que confessa os seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia. Diz o apóstolo: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.” Tiago 5:16 Confessai vossos pecados a Deus, que é o único que os pode perdoar, e vossas faltas uns aos outros. Se ofenderdes o vosso amigo ou vizinho, deveis reconhecer vossa culpa, e é seu dever perdoar-vos plenamente. Deveis buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feristes é propriedade de Deus e, ofendendo-o, pecastes contra seu Criador e Redentor. O caso será levado perante o único mediador verdadeiro, nosso grande Sumo Sacerdote, que “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”, e que Se compadece “das nossas fraquezas”, Hebreus 4:15, sendo apto para purificar-nos de toda mancha de iniquidade. Os que não humilharam ainda a alma perante Deus, reconhecendo sua culpa, não cumpriram ainda a primeira condição de aceitabilidade. Se não experimentamos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos os nossos pecados com verdadeira humilhação de alma e contrição de espírito, aborrecendo nossa iniquidade, nunca procuramos verdadeiramente o perdão dos pecados, e se nunca buscamos a paz de Deus, nunca a encontramos... A confissão de pecados quer pública quer privada, deve ser de coração, expressa francamente... e tem sempre carácter específico e faz distinção de pecados... sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais sois culpados. CC págs. 37 e 38
“Justificados, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo... Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Rom. 5:1 e 8:1
Reforma
Conta-se que um besouro estava a tentar subir pela centésima vez uma rampa que ficava cada vez mais alta, porém, todas as vezes que ele atingia certa altura ele caia na base e, ficava de patas para o ar.
O que faria para ajudá-lo e tirá-lo desta situação? Pense um pouco.
Não vale coloca-lo lá no alto, não vale empurralo, o que fazer?
Coloca-lo de patas no chão? Muito bem façamos isto, porém, veja, ele começa a subir novamente e novamente cai. Qual a solução? A solução é colocá-lo de pé, porém, você precisa mudar a direcção, senão ele repetirá o caminho errado novamente, e cairá até ao fim da vida. Entendeu?
Assim, é o que acontece na vida de muitos cristãos. Estão subindo na vida cristã, porém, vivem caindo em pecado, deixam-se levar pela apatia e desejos carnais, consequência, cansam-se e desistem, apostatam de vez, outros, porém, vivem uma vida de perplexidades sem fim, o que fazer?
A mesma coisa que fizemos com o besouro, mudar a direcção para não repetir o mesmo caminho que levou à queda.
“A confissão não será aceitável a Deus sem o sincero arrependimento e reforma. É preciso que haja decisivas mudanças na vida; tudo que seja ofensivo a Deus tem de ser renunciado. Este será o resultado da genuína tristeza pelo pecado. A obra que nos cumpre fazer de nossa parte, é-nos apresentada claramente: ‘Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos actos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; praticai o que é repto, ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas, Isaias 1:16 e 17. ‘Restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá’, Ezequiel 33:15. CC pág. 39
Passos Práticos para a Reforma Pessoal :
1. Reconheça pessoalmente suas falhas de carácter e de seus pecados cometidos.
2. Confesse seus pecados quer publicamente, quando o pecado for contra um grupo de pessoas, e de forma particular directamente a Deus e para com o próximo quando for o caso, seja específico.
3. Mude a direcção da vida, saia do caminho já trilhado que leva para compromissos e atitudes pecaminosas.
4. Seja zeloso na prática das virtudes cristãs.
5. Busque mais fé e devoção pessoais diariamente.
6. Empenhe-se inteiramente e de coração na obra de Deus. Seja activo na igreja.
7. Cuide que os interesses mundanos e pessoais não tomem o primeiro lugar, que é do reino de Deus.
8. Busque uma experiência mais profunda da graça em seu coração.
9. Ande no Espírito, na luz do conhecimento já recebido, um dia de cada vez. Alguém, ainda, poderia perguntar: “Será que o apelo da Testemunha Fiel vai ser atendido pelo povo da igreja”?
Veja por si mesmo: “Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de acções de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844.” III TS pág. 345.
A pergunta deve ser esta: “Farei eu parte desse movimento?”.

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