João, o discípulo amado, estremeceu ante a ideia de ser o
corpo do querido Mestre levado por mãos de rudes e insensíveis soldados para
ser sepultado num lugar de desonra. Não via, porém, nenhum meio de evitá-lo,
visto que não tinha nenhuma influência sobre Pilatos.{FPV 16.1}
Nessa situação angustiosa, os discípulos foram gentilmente
auxiliados por José e Nicodemos.{FPV 16.2}
Esses homens eram membros do sinédrio, e conhecidos de
Pilatos. Ambos eram homens abastados e de influência. Eles resolveram que o Salvador
devia ser sepultado com as devidas honras.{FPV 16.3}
O primeiro foi ter corajosamente com Pilatos e solicitou-lhe
o corpo de Jesus. Pilatos, depois de se haver informado de que Jesus estava
realmente morto, acedeu ao pedido. {FPV 16.4}
Enquanto José foi ter com Pilatos, Nicodemos fez os
preparativos para o sepultamento. Era costume naquele tempo embalsamar o corpo
do morto com preciosos unguentos e envolvê-lo em lençóis de linho. Assim,
Nicodemos trouxe cerca de cem libras de um preparado de mirra e aloés, para
embalsamar o corpo do Mestre.{FPV 17.1}
Era José possuidor de um sepulcro, recentemente talhado em
rocha viva, para si mesmo; mas foi
então preparado para Jesus. Embalsamado o corpo com unguento, envolveram-no em lençol de linho e o deitaram ali.{FPV 17.2}
então preparado para Jesus. Embalsamado o corpo com unguento, envolveram-no em lençol de linho e o deitaram ali.{FPV 17.2}
Havia-se empregado o máximo cuidado na segurança do
sepulcro, pondo-se-lhe à entrada uma grande pedra. Essa pedra foi selada com o
selo romano, de modo a não poder ser removida sem violação do selo.{FPV 17.3}
Uma guarda, formada por soldados romanos, foi colocada junto
ao sepulcro para vigiá-lo e não permitir que alguém viesse molestar o morto. As
sentinelas revezavam-se constantemente, rondando uma enquanto outras
descansavam no chão. {FPV 17.4}
Junto ao sepulcro havia, porém, ainda outra guarda,
constituída de anjos poderosos tirados dos exércitos celestiais. Qualquer
desses anjos era dotado de força suficiente para destruir todo o exército
romano.{FPV 18.1}
A noite que precede a manhã do primeiro dia da semana passou
lentamente, aproximando-se a hora mais escura que precede a alva.{FPV 18.2}
Do trono de Deus foi enviado um dos poderosos anjos. Seu
rosto é reluzente como o relâmpago e as vestes brancas como a neve. Diante dele
se dissipam as trevas e todo o céu é iluminado com o resplendor de sua
glória.{FPV 18.3}
Os soldados adormecidos ergueram-se precipitados como um só
homem, mirando espantados o céu aberto e a figura luminosa que deles se
aproximava.{FPV 18.4}
A terra tremeu e se contorceu à aproximação desse ente
assombroso do mundo invisível. O anjo veio em cumprimento de gloriosa missão; e
pela velocidade e força do seu voo fez estremecer a terra como se fosse um
terremoto. Os soldados e centuriões caíram como mortos. Outra falange fazia
também a guarda à entrada do sepulcro. Esta era formada de espíritos maus.
Cristo estava morto e Satanás, que presumia ter ainda o império da morte,
reclamava-O como seu justo despojo. {FPV 18.5}
Os anjos de Satanás ali estavam para impedir que poder algum
lhes arrebatasse a Jesus. Mas, ao aproximar-se o emissário glorioso da parte de
Deus, fugiram todos precipitados, abandonando o sepulcro.{FPV 19.1}
O anjo tomou a grande pedra, rolou-a como se fosse um
pequeno seixo, e com um brado que fez estremecer a terra exclamou: “Jesus,
Filho de Deus, Teu Pai Te chama!” Então Aquele que conquistara o poder sobre a
morte e a sepultura saiu do sepulcro com passo triunfante e proclamou: “Eu sou
a ressurreição e a vida.” A hoste angélica curvou-se em adoração ao Redentor e
saudou-O com hinos de louvor.{FPV 19.2}
Ao ressurgir, a terra estremeceu, faiscaram raios e trovões
ribombaram. Um terremoto havia assinalado o momento em que Jesus depôs Sua
vida, outro assinalava a hora em que tornava a tomá-la triunfantemente. Satanás
ficara furioso ao ver seus anjos debandarem diante do anjo celestial.
Acariciara a esperança de que Cristo não tornaria à vida; abandonou-a, porém,
ao vê-Lo ressurgir vencedor. Estava convencido, pois, de que seu reino teria
fim e de que ele próprio havia de ser finalmente aniquilado. {FPV 19.3}
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