29.10.13

Reverência ao Deus Autor da nossa Fé

Então, Ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino. Lucas 11:2. {JM 10.1}
Para santificar o nome do Senhor é necessário que as palavras com as quais falamos do Ser Supremo sejam pronunciadas com reverência. “Santo e tremendo é o Seu nome”. Salmos 111:9. Não devemos nunca, de qualquer modo, tratar com leviandade os títulos ou nomes da Divindade. Ao orar, penetramos na sala de audiência do Altíssimo, e devemos ir à Sua presença com santa reverência. Os anjos velam o rosto em Sua presença. Os querubins e os santos serafins aproximam-se de Seu trono com solene reverência. Quanto mais deveríamos nós, seres finitos e pecadores, apresentar-nos de modo reverente perante o Senhor, nosso Criador! {JM 10.2}
Mas santificar o nome do Senhor quer dizer muito mais do que isso. Podemos, como os judeus dos dias de Cristo, manifestar exteriormente a maior reverência por Deus, e todavia profanar constantemente o Seu nome. “O nome do Senhor” é “misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; [...] que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado”. Êxodo 34:5-7. Sobre a igreja de Cristo acha-se escrito “Este é o nome que Lhe chamarão: O Senhor é nossa justiça”. Jeremias 33:16. Este nome é acrescentado a todo seguidor de Cristo. É a herança do filho de Deus. A família recebe o nome do Pai. O profeta Jeremias, num tempo de  tristeza e tribulação para Israel, orou: “Somos chamados pelo Teu nome; não nos desampares”. Jeremias 14:9. {JM 10.3}
Este nome é santificado pelos anjos no Céu, pelos habitantes dos mundos não caídos. Quando você ora: “Santificado seja o Teu nome” (Mateus 6:9), está pedindo que seja santificado neste mundo, santificado em você. Deus o reconheceu como Seu filho, perante homens e anjos; ore para que não venha a desonrar “o bom nome que sobre vocês foi invocado”. Tiago 2:7 (NVI). Deus os envia ao mundo como Seus representantes. Em cada ato da vida vocês devem tornar manifesto o nome de Deus. Esse pedido é um convite para que possuam o Seu caráter. Vocês não podem santificar o Seu nome, nem podem representá-Lo perante o mundo, a menos que na vida e no caráter representem a própria vida e caráter de Deus. Isto só pode ser feito mediante a aceitação da graça e justiça de Cristo. — O Maior Discurso de Cristo, 106-107. {JM 10.4}
O pão de cada dia
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Mateus 6:11. {JM 11.1}
Como uma criança, vocês receberão dia a dia o suficiente para a necessidade diária. Cada dia vocês devem orar: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Mateus 6:11. Não desanimem se não têm o suficiente para amanhã. Vocês têm a garantia de Sua promessa: “Habitarás na Terra e, verdadeiramente, serás alimentado”. Salmos 37:3. Diz Davi: “Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. Salmos 37:25. [...] {JM 11.2}
Aquele que abrandava os cuidados e ansiedades de Sua mãe viúva, e a ajudava a prover a casa de Nazaré, compreende toda mãe em sua luta para prover alimento aos filhos. O que Se compadeceu das turbas porque “estavam fatigadas e derramadas” (Mateus 9:36, TT), ainda Se compadece dos pobres sofredores. Sua mão está estendida para eles em uma bênção; e na própria oração que ensinou aos Seus discípulos, ensina-nos a lembrar os pobres. [...] {JM 11.3}
A oração pelo pão de cada dia inclui não apenas o alimento para sustentar o corpo, mas aquele pão espiritual que nos nutrirá para a vida eterna. Jesus nos ordena: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna”. João 6:27 (NVI). Ele diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre”. João 6:51. Nosso Salvador é pão da vida, e é mediante a contemplação de Seu amor, e recebendo esse amor no coração, que nos nutrimos do pão que desceu do Céu. {JM 11.4}
Recebemos a Cristo por meio de Sua Palavra; e o Espírito Santo é dado a fim de esclarecer a Palavra ao nosso entendimento, impressionando-nos o coração com suas verdades. Devemos orar, dia a dia para que, ao lermos Sua Palavra, Deus envie Seu Espírito a fim de nos revelar a verdade que nos fortalecerá a alma para a necessidade do dia. {JM 11.5}
Ensinando-nos a pedir cada dia o que necessitamos — tanto as bênçãos temporais como as espirituais — Deus tem um propósito para nosso bem. Deseja que reconheçamos nossa dependência de Seu constante cuidado; pois procura atrair-nos em comunhão com Ele. Nessa comunhão com Cristo, mediante a oração e o estudo das grandes e preciosas verdades de Sua Palavra, seremos alimentados, como os que têm fome; como os que têm sede, seremos saciados pela fonte da vida. — O Maior Discurso de Cristo, 111-113. {JM 11.6}
Espírito perdoador
Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14-15. {JM 12.1}
Nosso Salvador ensinou Seus discípulos a orar: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Mateus 6:12. Uma grande bênção é aqui solicitada sob condição. Nós mesmos afirmamos essas condições. Pedimos que a misericórdia de Deus para conosco seja medida pela misericórdia que mostramos a outros. Cristo declara que esta é a regra pela qual o Senhor tratará conosco: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. Mateus 6:14-15. Maravilhosos termos! Mas quão pouco são compreendidos ou acatados. {JM 12.2}
Um dos pecados mais comuns, e que é seguido dos resultados mais perniciosos, é a tolerância de um espírito não disposto a perdoar. Quantos abrigam animosidade ou espírito de vingança, e então curvam a cabeça diante de Deus e pedem para ser perdoados assim como perdoam! Certamente não podem possuir o verdadeiro senso do que esta oração importa, ou não a tomariam nos lábios. Dependemos da misericórdia de Deus cada dia e cada hora; como podemos então agasalhar amargura e malícia para com o nosso próximo pecador! Se, em seus relacionamentos diários os cristãos aplicarem os princípios dessa oração, que bendita mudança se operará na igreja e no mundo! Esse seria o mais convincente testemunho dado sobre a realidade da religião bíblica. [...] {JM 12.3}
Somos advertidos pelo apóstolo: “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal, e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”. Romanos 12:9-10. Paulo desejava que distinguíssemos, entre o amor puro, abnegado, que é induzido pelo espírito de Cristo, e a pretensão sem sentido e enganosa, que é abundante no mundo. Essa vil falsificação tem desviado muitas pessoas. Poderia anular a distinção entre o certo e o errado, concordando com os transgressores, em vez de mostrar fielmente seus erros. Tal procedimento nunca provém da verdadeira amizade. O espírito pelo qual é induzido só habita no coração carnal. {JM 12.4}
Embora os cristãos devam ser sempre bondosos, compassivos e perdoadores, não podem viver em harmonia com o pecado. Aborrecerão o mal e se apegarão ao que é bom, mesmo com sacrifício da associação ou amizade com os ímpios. O espírito de Cristo nos levará a odiar o pecado, ao mesmo tempo em que estaremos dispostos a fazer qualquer sacrifício para salvar o pecador. — Testemunhos para a Igreja 5:170-171. {JM 12.5}
Coração agradecido
Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu O louvarei; Ele é o Deus de meu pai; por isso, O exaltarei. Êxodo 15:1-2. {JM 13.1}
Semelhante à voz das profundezas, surgiu das vastas hostes de Israel aquela sublime tributação de louvor. Começou com as mulheres de Israel, tendo à frente Miriã, irmã de Moisés, ao saírem elas com tamboril e danças. Longe, por sobre o deserto e o mar, repercutia o festivo estribilho, e as montanhas ecoavam as palavras de seu louvor. [...] {JM 13.2}
Este cântico e o grande livramento que ele comemora produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testemunhando que Jeová é a força e livramento daqueles que n´Ele confiam. Aquele cântico não pertence unicamente ao povo judeu. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que “saíram vitoriosos”, em pé sobre o “mar de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Apocalipse 15:2-3. [...] {JM 13.3}
Tal era o espírito que penetrava o cântico do livramento de Israel, e é o espírito que deveria habitar no coração de todos os que amam e temem a Deus. Libertando-nos do cativeiro do pecado, Deus operou para nós um livramento maior do que o dos hebreus no Mar Vermelho. Como a hoste dos hebreus, devemos louvar ao Senhor com o coração, com a alma, e com a voz, pelas Suas maravilhosas obras aos filhos dos homens. Aqueles que meditam nas grandes bênçãos de Deus, e não se esquecem de Suas menores dádivas, cingir-se-ão de alegria, e entoarão sinceros hinos ao Senhor. As bênçãos diárias que recebemos das mãos de Deus, e acima de tudo, a morte de Jesus para trazer a felicidade e o Céu ao nosso alcance, devem ser objeto de gratidão constante. Que compaixão, que amor incomparável mostrou-nos Deus, a nós pecadores perdidos, ligando-nos consigo, para que Lhe sejamos um tesouro particular! — Patriarcas e Profetas, 288-289. {JM 13.4}
Oração em nome de Jesus
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 1 João 2:1. {JM 14.1}
Nós temos um advogado no trono de Deus, que está circundado pelo arco da promessa, e somos convidados a apresentar nossas petições diante do Pai em nome de Cristo. Jesus diz: Peça o que quiser em Meu nome, e isso lhe será dado. Ao apresentar Meu nome, vocês mostrarão que pertencem a Mim, que são Meus filhos e filhas, e o Pai lhes tratará como Seus próprios filhos, e lhes amará como ama a Mim. {JM 14.2}
Sua fé em Mim os levará a exercitarem uma afeição íntima e filial para comigo e para com o Pai. Eu sou a corrente de ouro pela qual seu coração e alma são ligados em amor e obediência ao Meu Pai. Expressem ao Meu Pai que Meu nome lhes é precioso, que Me respeitam e Me amam, e poderão pedir o que precisarem. Ele lhes perdoará as transgressões, e lhes adotará em Sua família real — tornando-lhes filhos de Deus, co-herdeiros com Seu Filho Unigénito. {JM 14.3}
Através da fé em Meu nome Ele lhes concederá a santificação e santidade que lhes prepararão para Sua obra em um mundo de pecado, e lhes qualificarão a uma herança imortal em Seu reino. O Pai tem aberto amplamente, não apenas todo o Céu, mas todo o Seu coração, para aqueles que manifestam fé no sacrifício de Cristo, e para aqueles que pela fé no amor de Deus voltam à sua lealdade. Aqueles que crêem em Cristo como Aquele que levou sobre Si o pecado, a propiciação por seus pecados, o intercessor em seu favor, podem através da riqueza da graça de Deus reivindicar os tesouros do céu. [...] {JM 14.4}

A oração do contrito de coração abre os celeiros de provisões e assegura o poder onipotente. Esse tipo de oração habilita o suplicante a entender o que significa reter o poder de Deus, e ter paz com Ele. Esse tipo de oração faz-nos exercer influência sobre aqueles com quem nos associamos. [...] É nosso privilégio e dever trazer a eficácia do nome de Cristo às nossas petições, e usar os muitos argumentos que Cristo tem usado em nosso favor. Nossas orações estarão então em completa harmonia com a vontade de Deus. — The Signs of the Times, 18/6/1896. {JM 14.5}

Sem comentários: