28.12.09

O AMOR DE DEUS - I


TANTO a Natureza como a Revelação testificam do amor de Deus. o nosso Pai celeste é a fonte da vida, sabedoria e alegria. Olhem para as coisas maravilhosas e belas da Natureza. Considerem as suas maravilhosas adaptações às necessidades e felicidade, não só dos seres humanos, mas também de todas as criaturas vivas. A luz solar e a chuva, que alegram e refrescam a terra, os montes, mares e planícies, tudo nos fala do amor do Criador. É Deus quem supre as necessidades diárias de todas as Suas criaturas. Nas belas palavras do salmista:
“Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo; abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes. (Salmo 145:15;16).
Deus criou o homem perfeitamente santo e feliz; e a bela terra, quando saiu das mãos do Criador, não revelava vestígio algum de decadência ou sombra de maldição. É a transgressão da lei de Deus – a lei do amor – que tem acarretado a dor e a morte. Todavia, mesmo no meio do sofrimento que resulta do pecado, o amor de Deus é revelado. Está escrito que Deus amaldiçoou o solo por amor do homem. Génesis 3:17.
Os cardos e espinhos – as dificuldades e provações que tornam a sua vida árdua e inquieta – foram determinados para o seu bem, como parte do treino necessário, no plano de Deus, para o seu erguimento da ruína e degradação que o pecado ocasionou. O mundo, embora caído, não é só tristeza e miséria. Na própria Natureza existem mensagens de esperança e conforto.
Há flores sobre os cardos, e os espinhos são cobertos com rosas. “Deus é amor” está escrito sobre cada rebento que desabrocha, sobre cada haste de erva que cresce. Os amorosos passarinhos, enchendo os ares e música com os seus alegres cantos, as delicadas flores, de cores variadas, na sua perfeição perfumam o ar, as altas árvores da floresta com a sua rica folhagem de verde vivo – todos testificam do cuidado solícito, paternal do nosso Deus e do Seu desejo de fazer os Seus filhos felizes.
A Palavra de Deus revela o Seu carácter. Ele próprio declarou o Seu infinito amor e compaixão. Quando Moisés orou: “Rogo-te que me mostres a tua glória, o Senhor respondeu, “Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti,” (Êxodo 33:18,19). Esta é a Sua glória. O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado.” (Êxodo 34:6,7). Ele é “tardio em irar-se e de grande amabilidade,” “porque Ele se deleita na misericórdia.” (Jonas 4:2; cf. Miqueias 7:18).
Deus tem ligado os nossos corações a Ele por inúmeros sinais no céu e na terra. Mediante as coisas da Natureza, e os mais profundos e ternos laços terrestres que os corações humanos possam conhecer, Ele tem procurado revelar-Se a nós. Todavia, tudo isso pode apenas representar imperfeitamente o Seu amor. Embora todas estas evidências tenham sido dadas, o inimigo do bem cegou as mentes dos homens, de maneira que eles olhassem para Deus com temor; O julgassem como severo e imperdoador. Satanás levou os homens a conhecerem Deus como um ser cujo atributo principal é a justiça implacável – credor duro e vingador. Ele pintou o Criador como um ser que observa com olhos ciumentos para discernir os erros e falhas dos homens, para que os possa ferir com os Seus juízos. Foi para remover esta sombra escura, ao revelar ao mundo o infinito amor d Deus, que Jesus veio viver entre os homens.
O Filho de Deus veio do Céu para manifestar o Pai. “Deus nunca foi visto por alguém; o Filho unigénito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer.” (João 1:18). “Ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mateus 11:27). Quando um dos discípulos fez o pedido: “Mostra-nos o Pai”, Jesus respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a Mim vê o Pai: e como dizes tu: mostra-nos o Pai?” (João 14:8,9).
Ao descrever a Sua missão terrestre, Jesus disse: o Senhor, “me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os cativos.” (Lucas 4:18). Este era o Seu trabalho. Ele ia por todo o lado fazendo o bem e curando todos os oprimidos de Satanás. Havia aldeias inteiras onde não se ouvia um único gemido de dor em nenhuma casa, pois Ele tinha passado por elas e curara todos os seus doentes. O Seu trabalho dava evidência da sua unção divina. Amor, misericórdia e compaixão eram revelados em cada acto da Sua vida; o Seu coração enchia-se de terna simpatia para com os filhos dos homens. Ele tomou a natureza do homem, a fim de poder compreender as necessidades do homem. Os mais pobres e os mais humildes não receavam aproximar-se d´Ele. Até mesmo as crianças pequenas eram atraídas para Ele. Elas gostavam de subir para os Seus joelhos e contemplar a face pensativa e bondosa.

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