1. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (v.22). A
Bíblia ressalta que, no antigo tabernáculo, “quase todas as coisas, segundo a
lei, se purificam com sangue”, enfatizando que “sem derramamento de sangue não
há remissão” (cf. Lv 17.11). Aqui, vemos a importância do sangue para a
expiação do pecado, no Velho Testamento. Isso quer dizer que, quando um animal
era oferecido em sacrifício pelo pecado, DEUS aceitava a oferta por atribuir a
ela o valor provisório do resgate do pecador Ofertante. O sangue era símbolo da
outorga da vida, que era dada em expiação. Tal sacrifício apontava para o
sangue de CRISTO, que seria derramado em nosso lugar.
2. “Sacrifícios melhores” (v.23). O escritor diz que “era
bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se
purificassem”, ou seja, deviam purificar-se com sangue. Cada animal morto,
substituto do pecador, apontava para o “Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do
mundo” (Jo 1.29). Os sacrifícios antigos eram repetitivos. O de CRISTO foi
efetuado uma única vez, por ser superior e perfeito.
3. A entrada de CRISTO no céu (v.24). CRISTO entrou “uma vez
no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (v.12). O sacerdote entrava
todos os dias no santuário, isto é, no Lugar SANTO, mas só conseguia a remissão
parcial e temporal do pecado. O sumo-sacerdote entrava somente uma vez por ano
no SANTO dos Santos e oferecia sacrifícios pelo povo e por si próprio, pois
também era pecador (cf. v.7). No entanto, CRISTO entrou “no mesmo céu, para
agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS”. Ele é nosso intercessor
perfeito (Rm 8.34), juntamente com o outro maravilhoso intercessor, que é o
ESPÍRITO SANTO (Rm 8.27).
4. CRISTO aparecerá pela segunda vez (vv.27,28). Aqui a
Bíblia diz que CRISTO “uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo”, oferecendo-se para “tirar os pecados de muitos”, e que
Ele voltará, pela segunda vez, “aos que o esperam para a salvação”.
O Novo Concerto trazido por CRISTO realizou-se através de um
sacrifício perfeito e único, que não precisa repetir-se, em substituição aos
sacrifícios imperfeitos do antigo concerto. Assim, sejamos gratos a DEUS pela
morte de CRISTO na cruz do Calvário, o qual por nós efetuou uma eterna
redenção.
“A expiação da Nova Aliança (9.11-22). O tema de reforma
introduz um santuário melhor, um sacrifício eficiente e uma salvação mais
completa. O serviço do sumo sacerdote judaico no Dia da Expiação representava o
clímax do sistema levítico. Nesse dia, todo ano, ele entrava na presença
divina, num tabernáculo terreno, levando o sangue expiatório de animais. Sob a
Nova Aliança, CRISTO, “o sumo sacerdote dos bens futuros”, entrou uma vez para
sempre no próprio tabernáculo, levando o seu próprio sangue como expiação.
O sangue de touros e de cabras efetuava apenas purificação
ritualística e simbólica, de alcance limitado, mas o sangue de CRISTO,
oferecido como sacrifício espiritual e vivo, executa a purificação interior,
que traz comunhão com o DEUS vivo (vv. 13,14).
O bispo Westcott observa o seguintes itens pelos quais o
sangue de CRISTO é superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi:
a) voluntário, ao contrário dos sacrifícios exigidos pela
Lei;
b) racional, e não como o dos animais (irracionais);
c) espontâneo, e não em obediência a ordens superiores;
d) moral, como oferta de si próprio por ação do supremo
poder nEle residente (o ESPÍRITO Eterno), pelo qual mantinha comunhão com DEUS.
Não seguiu meramente um rito, um esquema predeterminado. Não! Ele detinha os
mais puros motivos.” (Comentário Bíblico — Hebreus, CPAD, págs. 148,149)
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