4.3.14

O SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO E A SANTIFICAÇÃO

1. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (v.22). A Bíblia ressalta que, no antigo tabernáculo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue”, enfatizando que “sem derramamento de sangue não há remissão” (cf. Lv 17.11). Aqui, vemos a importância do sangue para a expiação do pecado, no Velho Testamento. Isso quer dizer que, quando um animal era oferecido em sacrifício pelo pecado, DEUS aceitava a oferta por atribuir a ela o valor provisório do resgate do pecador Ofertante. O sangue era símbolo da outorga da vida, que era dada em expiação. Tal sacrifício apontava para o sangue de CRISTO, que seria derramado em nosso lugar.
2. “Sacrifícios melhores” (v.23). O escritor diz que “era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem”, ou seja, deviam purificar-se com sangue. Cada animal morto, substituto do pecador, apontava para o “Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Os sacrifícios antigos eram repetitivos. O de CRISTO foi efetuado uma única vez, por ser superior e perfeito.
3. A entrada de CRISTO no céu (v.24). CRISTO entrou “uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (v.12). O sacerdote entrava todos os dias no santuário, isto é, no Lugar SANTO, mas só conseguia a remissão parcial e temporal do pecado. O sumo-sacerdote entrava somente uma vez por ano no SANTO dos Santos e oferecia sacrifícios pelo povo e por si próprio, pois também era pecador (cf. v.7). No entanto, CRISTO entrou “no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS”. Ele é nosso intercessor perfeito (Rm 8.34), juntamente com o outro maravilhoso intercessor, que é o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.27).
4. CRISTO aparecerá pela segunda vez (vv.27,28). Aqui a Bíblia diz que CRISTO “uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”, oferecendo-se para “tirar os pecados de muitos”, e que Ele voltará, pela segunda vez, “aos que o esperam para a salvação”.

O Novo Concerto trazido por CRISTO realizou-se através de um sacrifício perfeito e único, que não precisa repetir-se, em substituição aos sacrifícios imperfeitos do antigo concerto. Assim, sejamos gratos a DEUS pela morte de CRISTO na cruz do Calvário, o qual por nós efetuou uma eterna redenção.

“A expiação da Nova Aliança (9.11-22). O tema de reforma introduz um santuário melhor, um sacrifício eficiente e uma salvação mais completa. O serviço do sumo sacerdote judaico no Dia da Expiação representava o clímax do sistema levítico. Nesse dia, todo ano, ele entrava na presença divina, num tabernáculo terreno, levando o sangue expiatório de animais. Sob a Nova Aliança, CRISTO, “o sumo sacerdote dos bens futuros”, entrou uma vez para sempre no próprio tabernáculo, levando o seu próprio sangue como expiação.
O sangue de touros e de cabras efetuava apenas purificação ritualística e simbólica, de alcance limitado, mas o sangue de CRISTO, oferecido como sacrifício espiritual e vivo, executa a purificação interior, que traz comunhão com o DEUS vivo (vv. 13,14).
O bispo Westcott observa o seguintes itens pelos quais o sangue de CRISTO é superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi:
a) voluntário, ao contrário dos sacrifícios exigidos pela Lei;
b) racional, e não como o dos animais (irracionais);
c) espontâneo, e não em obediência a ordens superiores;

d) moral, como oferta de si próprio por ação do supremo poder nEle residente (o ESPÍRITO Eterno), pelo qual mantinha comunhão com DEUS. Não seguiu meramente um rito, um esquema predeterminado. Não! Ele detinha os mais puros motivos.” (Comentário Bíblico — Hebreus, CPAD, págs. 148,149)

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