1.3.14

Alegria pelo Sofrimento com Cristo

Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis. 1 Pedro 4:12, 13.

Nem sempre consideramos que a santificação que tão ansiosamente desejamos e pela qual oramos com tanto fervor, é realizada por meio da verdade e, pela providência de Deus, pela maneira por que menos esperamos. Quando buscamos alegria, eis que vêm aflições. Quando esperamos paz, temos frequentemente desconfiança e dúvida porque nos achamos imersos em provações que não nos é dado evitar. Nessas provações estamos recebendo a resposta a nossas orações. A fim de que sejamos purificados, o fogo da aflição se deve atear sobre nós, e nossa vontade levada em conformidade com a de Deus. … Deus vê por bem pôr-nos num curso de disciplina que nos é essencial antes de estarmos aptos para as bênçãos que cobiçamos. Não devemos desanimar-nos e
dar lugar à dúvida, e pensar que nossas orações não são ouvidas. Mas devemos descansar mais plenamente em Cristo, e deixar o caso com Deus, a fim de que responda a nossas orações a Seu modo.

Deus não prometeu conceder Suas bênçãos pelos meios assinalados por nós. … Os planos de Deus são sempre os melhores, se bem que nem sempre os possamos discernir. A perfeição do caráter cristão só pode ser obtida mediante esforços, conflitos, abnegação. Não contamos sempre com isso, e não consideramos necessário o penoso e muitas vezes dilatado processo de purificação, para que nos conformemos à imagem de Cristo. Deus atende com frequência nossas orações da maneira pela qual menos esperamos. Leva-nos a situações as mais difíceis, para revelar o que está no coração. Para levar avante o desenvolvimento das graças cristãs, Ele nos colocará em circunstâncias que exigirão mais esforço de nossa parte a fim de manter a fé em ativo exercício.

Conservemos em mente quão inestimavelmente preciosos são os dons de Deus — as graças de Seu Espírito — e não recuaremos do difícil processo, por mais penoso ou humilhante que nos seja.


Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 311.

Sem comentários: