O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Mateus 6:11. {JM 11.1}
Como uma criança, vocês receberão dia a dia o suficiente
para a necessidade diária. Cada dia vocês devem orar: “O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje”. Mateus 6:11. Não desanimem se não têm o suficiente para amanhã.
Vocês têm a garantia de Sua promessa: “Habitarás na Terra e, verdadeiramente,
serás alimentado”. Salmos 37:3. Diz Davi: “Fui moço e agora sou velho; mas
nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. Salmos
37:25. [...] {JM 11.2}
Aquele que abrandava os cuidados e ansiedades de Sua mãe
viúva, e a ajudava a prover a casa de Nazaré, compreende toda mãe em sua luta
para prover alimento aos filhos. O que Se compadeceu das turbas porque “estavam
fatigadas e derramadas” (Mateus 9:36, TT), ainda Se compadece dos pobres
sofredores. Sua mão está estendida para eles em uma bênção; e na própria oração
que ensinou aos Seus discípulos, ensina-nos a lembrar os pobres. [...] {JM
11.3}
A oração pelo pão de cada dia inclui não apenas o alimento
para sustentar o corpo, mas aquele pão espiritual que nos nutrirá para a vida
eterna. Jesus nos ordena: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela
comida que permanece para a vida eterna”. João 6:27 (NVI). Ele diz: “Eu sou o
pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre”.
João 6:51. Nosso Salvador é pão da vida, e é mediante a contemplação de Seu
amor, e recebendo esse amor no coração, que nos nutrimos do pão que desceu do
Céu. {JM 11.4}
Recebemos a Cristo por meio de Sua Palavra; e o Espírito
Santo é dado a fim de esclarecer a Palavra ao nosso entendimento,
impressionando-nos o coração com suas verdades. Devemos orar, dia a dia para
que, ao lermos Sua Palavra, Deus envie Seu Espírito a fim de nos revelar a
verdade que nos fortalecerá a alma para a necessidade do dia. {JM 11.5}
Ensinando-nos a pedir cada dia o que necessitamos — tanto as
bênçãos temporais como as espirituais — Deus tem um propósito para nosso bem.
Deseja que reconheçamos nossa dependência de Seu constante cuidado; pois
procura atrair-nos em comunhão com Ele. Nessa comunhão com Cristo, mediante a
oração e o estudo das grandes e preciosas verdades de Sua Palavra, seremos
alimentados, como os que têm fome; como os que têm sede, seremos saciados pela
fonte da vida. — O Maior Discurso de Cristo, 111-113. {JM 11.6}
Espírito perdoador
Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai
celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14-15. {JM 12.1}
Nosso Salvador ensinou Seus discípulos a orar: “Perdoa-nos
as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Mateus 6:12.
Uma grande bênção é aqui solicitada sob condição. Nós mesmos afirmamos essas
condições. Pedimos que a misericórdia de Deus para conosco seja medida pela
misericórdia que mostramos a outros. Cristo declara que esta é a regra pela
qual o Senhor tratará conosco: “Porque, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos
homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.
Mateus 6:14-15. Maravilhosos termos! Mas quão pouco são compreendidos ou
acatados. {JM 12.2}
Um dos pecados mais comuns, e que é seguido dos resultados
mais perniciosos, é a tolerância de um espírito não disposto a perdoar. Quantos
abrigam animosidade ou espírito de vingança, e então curvam a cabeça diante de
Deus e pedem para ser perdoados assim como perdoam! Certamente não podem
possuir o verdadeiro senso do que esta oração importa, ou não a tomariam nos
lábios. Dependemos da misericórdia de Deus cada dia e cada hora; como podemos
então agasalhar amargura e malícia para com o nosso próximo pecador! Se, em
seus relacionamentos diários os cristãos aplicarem os princípios dessa oração,
que bendita mudança se operará na igreja e no mundo! Esse seria o mais
convincente testemunho dado sobre a realidade da religião bíblica. [...] {JM
12.3}
Somos advertidos pelo apóstolo: “O amor seja não fingido.
Aborrecei o mal, e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com
amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”. Romanos 12:9-10. Paulo
desejava que distinguíssemos, entre o amor puro, abnegado, que é induzido pelo
espírito de Cristo, e a pretensão sem sentido e enganosa, que é abundante no
mundo. Essa vil falsificação tem desviado muitas pessoas. Poderia anular a
distinção entre o certo e o errado, concordando com os transgressores, em vez
de mostrar fielmente seus erros. Tal procedimento nunca provém da verdadeira amizade.
O espírito pelo qual é induzido só habita no coração carnal. {JM 12.4}
Embora os cristãos devam ser sempre bondosos, compassivos e
perdoadores, não podem viver em harmonia com o pecado. Aborrecerão o mal e se
apegarão ao que é bom, mesmo com sacrifício da associação ou amizade com os
ímpios. O espírito de Cristo nos levará a odiar o pecado, ao mesmo tempo em que
estaremos dispostos a fazer qualquer sacrifício para salvar o pecador. —
Testemunhos para a Igreja 5:170-171. {JM 12.5}
Coração agradecido
Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao
Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou
no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O Senhor é a minha força e o meu cântico;
Ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu O louvarei; Ele é o
Deus de meu pai; por isso, O exaltarei. Êxodo 15:1-2. {JM 13.1}
Semelhante à voz das profundezas, surgiu das vastas hostes
de Israel aquela sublime tributação de louvor. Começou com as mulheres de
Israel, tendo à frente Miriã, irmã de Moisés, ao saírem elas com tamboril e
danças. Longe, por sobre o deserto e o mar, repercutia o festivo estribilho, e
as montanhas ecoavam as palavras de seu louvor. [...] {JM 13.2}
Este cântico e o grande livramento que ele comemora
produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De
século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel,
testemunhando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam.
Aquele cântico não pertence unicamente ao povo judeu. Ele aponta, no futuro, a
destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de
Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que “saíram
vitoriosos”, em pé sobre o “mar de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas
de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do
Cordeiro”. Apocalipse 15:2-3. [...] {JM 13.3}
Tal era o espírito que penetrava o cântico do livramento de
Israel, e é o espírito que deveria habitar no coração de todos os que amam e
temem a Deus. Libertando-nos do cativeiro do pecado, Deus operou para nós um
livramento maior do que o dos hebreus no Mar Vermelho. Como a hoste dos
hebreus, devemos louvar ao Senhor com o coração, com a alma, e com a voz, pelas
Suas maravilhosas obras aos filhos dos homens. Aqueles que meditam nas grandes
bênçãos de Deus, e não se esquecem de Suas menores dádivas, cingir-se-ão de
alegria, e entoarão sinceros hinos ao Senhor. As bênçãos diárias que recebemos
das mãos de Deus, e acima de tudo, a morte de Jesus para trazer a felicidade e
o Céu ao nosso alcance, devem ser objeto de gratidão constante. Que compaixão,
que amor incomparável mostrou-nos Deus, a nós pecadores perdidos, ligando-nos
consigo, para que Lhe sejamos um tesouro particular! — Patriarcas e Profetas,
288-289. {JM 13.4}
Oração em nome de
Jesus
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo,
o Justo. 1 João 2:1. {JM 14.1}
Nós temos um advogado no trono de Deus, que está circundado
pelo arco da promessa, e somos convidados a apresentar nossas petições diante
do Pai em nome de Cristo. Jesus diz: Peça o que quiser em Meu nome, e isso lhe
será dado. Ao apresentar Meu nome, vocês mostrarão que pertencem a Mim, que são
Meus filhos e filhas, e o Pai lhes tratará como Seus próprios filhos, e lhes
amará como ama a Mim. {JM 14.2}
Sua fé em Mim os levará a exercitarem uma afeição íntima e
filial para comigo e para com o Pai. Eu sou a corrente de ouro pela qual seu
coração e alma são ligados em amor e obediência ao Meu Pai. Expressem ao Meu
Pai que Meu nome lhes é precioso, que Me respeitam e Me amam, e poderão pedir o
que precisarem. Ele lhes perdoará as transgressões, e lhes adotará em Sua
família real — tornando-lhes filhos de Deus, co-herdeiros com Seu Filho Unigénito.
{JM 14.3}
Através da fé em Meu nome Ele lhes concederá a santificação
e santidade que lhes prepararão para Sua obra em um mundo de pecado, e lhes
qualificarão a uma herança imortal em Seu reino. O Pai tem aberto amplamente,
não apenas todo o Céu, mas todo o Seu coração, para aqueles que manifestam fé
no sacrifício de Cristo, e para aqueles que pela fé no amor de Deus voltam à
sua lealdade. Aqueles que crêem em Cristo como Aquele que levou sobre Si o
pecado, a propiciação por seus pecados, o intercessor em seu favor, podem
através da riqueza da graça de Deus reivindicar os tesouros do céu. [...] {JM
14.4}
A oração do contrito de coração abre os celeiros de
provisões e assegura o poder onipotente. Esse tipo de oração habilita o
suplicante a entender o que significa reter o poder de Deus, e ter paz com Ele.
Esse tipo de oração faz-nos exercer influência sobre aqueles com quem nos
associamos. [...] É nosso privilégio e dever trazer a eficácia do nome de
Cristo às nossas petições, e usar os muitos argumentos que Cristo tem usado em
nosso favor. Nossas orações estarão então em completa harmonia com a vontade de
Deus. — The Signs of the Times, 18/6/1896. {JM 14.5}
Orações atendidas
Deleitar-te-ás, pois, no Todo-poderoso e levantarás o rosto
para Deus. Orarás a Ele, e Ele te ouvirá; e pagarás os teus votos. Jó 22:26-27.
{JM 15.1}
Em sua oração pelos discípulos Cristo disse: “E a favor
deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na
verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer
em Mim, por intermédio da sua palavra”. João 17:19-20. Em Sua oração, Cristo
inclui todos aqueles que ouvirão suas palavras de vida e salvação através dos
mensageiros que Ele envia. [...] {JM 15.2}
Podemos nós, pela fé, compreender o fato de que somos amados
pelo Pai assim como o Filho é amado? Se pudéssemos de fato nos assegurar e agir
de acordo com isso, certamente teríamos a graça de Cristo, o óleo santo do Céu,
lançado em nosso coração necessitado, ressequido e sedento. Nossa luz já não
seria vacilante e trêmula, mas brilharia radiante entre a moral obscura que,
como um manto fúnebre, envolve o mundo. Devemos pela fé ouvir a intercessão prevalecente
que Cristo apresenta continuamente em nosso favor, quando diz: “Pai, a Minha
vontade é que onde Eu estou, estejam também comigo os que Me deste, para que
vejam a Minha glória que Me conferiste, porque Me amaste antes da fundação do
mundo”. João 17:24. [...] {JM 15.3}
Nosso Redentor nos encoraja a apresentar súplicas contínuas.
Ele nos faz firmes promessas de que não suplicaremos em vão. Ele diz: “Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede
recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”. Mateus 7:7-8.
{JM 15.4}
Ele então apresenta a figura de uma criança pedindo pão a
seu pai, e mostra como Deus tem muito mais desejo de atender às nossas petições
do que os pais de atenderem às petições de seus filhos. [...] {JM 15.5}
Nosso precioso Salvador está à nossa disposição hoje. NEle
se centraliza nossa esperança de vida eterna. Ele é Aquele que apresenta nossas
petições ao Pai, e nos comunica a bênção pela qual suplicamos. — The Signs of
the Times, 18 de Junho de 1896. {JM 15.6}
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