Cristo Se ocupara nas cortes celestiais em convencer a
Satanás de seu terrível erro, até que finalmente o maligno e seus simpatizantes
se encontraram em rebelião aberta contra o próprio Deus. — Este Dia com Deus,
254.{VA 45.1}
Cristo, como Comandante do Céu, foi indicado para acabar com
a rebelião. — The Review and Herald, 30 de Maio de 1899.{VA 45.2}
Houve então batalha no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe dos
Céus, junto com Seus anjos leais, empenhou-se em conflito com o arqui-rebelde e
os que a este se uniram. O Filho de Deus e os anjos sinceros e leais
prevaleceram, ao passo que Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu.
— The Spirit of Prophecy 1:23.{VA 45.3}
Anjos se empenharam em batalha; Satanás desejava derrotar o
Filho de Deus e os que estavam submissos a Sua vontade. Mas os anjos bons e
leais prevaleceram, e Satanás, com seus seguidores, foi expulso do Céu. —
Primeiros Escritos, 146.{VA 45.4}
Efeitos da rebelião
Satanás ficou perplexo diante de sua nova condição. Fora-se
a sua felicidade. Contemplou os anjos que, como ele, uma vez haviam sido tão
felizes, mas agora achavam-se fora do Céu. ... Tudo parecia modificado.
Semblantes que haviam refletido a imagem de seu Criador, agora demonstravam
melancolia e desespero. Contendas, discórdias e amargas recriminações
revelavam-se entre eles. ... Satanás observa agora os terríveis resultados de
sua rebelião. Estremeceu, temendo enfrentar o futuro e contemplar o fim de
todas essas coisas.{VA 46.1}
Chegara a hora dos alegres e felizes cânticos de louvor a
Deus e a Seu amado Filho. Satanás havia dirigido o coral celestial. Sempre
entoara a primeira nota, e então toda a multidão angélica se unira a ele,
fazendo com que gloriosos acordes musicais ressoassem pelos Céus em honra a
Deus e Seu querido Filho. Agora, porém, em lugar de doces acordes musicais,
palavras de discórdia e ira caíam nos ouvidos do grande líder rebelde. ...
Aproximava-se a hora da adoração, quando resplendentes e santos anjos se
ajoelhavam diante do Pai. Não mais se uniria ele ao cântico celestial. Nunca
mais se ajoelharia em reverente e santo temor diante da presença do Deus eterno.
...{VA 46.2}
Satanás tremeu ao contemplar sua obra. Achava-se sozinho a
meditar sobre o passado, o presente e seus planos futuros. Sua poderosa
estrutura vacila como que atingida por uma tempestade. Um anjo do Céu está
passando. Ele o chama e solicita uma entrevista com Cristo. Esta lhe foi
concedida. Relatou ele então ao Filho de Deus que se arrependera de sua
rebelião, e desejava readquirir o favor de Deus. Estava disposto a assumir o
lugar que Deus previamente lhe designara, submetendo-se a Seu sábio comando.
Cristo chorou diante da desgraça de Satanás, mas fez-lhe ver, comunicando a
decisão divina, que ele jamais poderia ser readmitido ao Céu. ... As sementes
da rebelião ainda se achavam dentro dele [Satanás]. ... {VA 46.3}
Quando Satanás se tornou plenamente convencido de que não
havia possibilidade de ser reintegrado ao favor de Deus, manifestou sua malícia
com aumentado ódio e fervente veemência. ...{VA 47.1}
Como já não podia ser admitido no interior dos portais
celestes, aguardaria junto à entrada para escarnecer dos anjos e procurar
contender com eles enquanto entravam e saíam. — The Spirit of Prophecy 1:28 a
30.{VA 47.2}
A criação da terra e
da humanidade
Os anjos leais lamentaram a sorte daqueles que haviam sido
seus companheiros de felicidade e bênçãos. Sua falta foi sentida no Céu. O Pai
consultou a Jesus quanto à possibilidade de executar imediatamente o propósito
de fazer o homem para habitar a Terra. — The Signs of the Times, 9 de Janeiro
de 1879.{VA 47.3}
As mais brilhantes e exaltadas estrelas da alva louvaram...
a glória [de Cristo] na criação, e anunciaram Seu nascimento com cânticos de
alegria. — The Signs of the Times, 4 de Janeiro de 1883.{VA 47.4}
Quando Deus formou a Terra, havia montanhas, colinas e
planícies, e serpenteando entre estas existiam rios e fontes de água. A Terra
não era constituída de uma extensa planície, mas a monotonia do cenário foi
quebrada por outeiros e montanhas, não elevadas e ásperas como são agora, mas
regulares e belas em sua forma. ... Os anjos contemplavam e se regozijavam
diante das maravilhosas e belas obras de Deus. — Spiritual Gifts 3:33. {VA
47.5}
Todo o Céu tomou profundo e alegre interesse na criação do
mundo e do homem. Os seres humanos constituíam uma nova e distinta ordem. — The
Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1902.{VA 48.1}
Depois dos seres angélicos, a família humana, formada à
imagem de Deus, constitui a mais nobre de Suas obras criadas. — The Review and
Herald, 3 de Dezembro de 1908.{VA 48.2}
O Senhor... havia dotado Adão com poderes mentais superiores
a qualquer outra criatura vivente que houvesse feito. Suas faculdades mentais
eram apenas um pouco menor do que as dos anjos. — The Review and Herald, 24 de
Fevereiro de 1874.{VA 48.3}
Tão logo Deus, através de Jesus Cristo, criou nosso mundo e
colocou Adão e Eva no jardim do Éden, Satanás anunciou seu propósito de
conformar à sua própria natureza o pai e a mãe da humanidade. — The Review and
Herald, 14 de Abril de 1896.{VA 48.4}
Quando o Senhor apresentou Eva a Adão, anjos de Deus
testemunharam a cerimônia. — Nos Lugares Celestiais, 203.{VA 48.5}
Este casal imaculado não usava roupas artificiais.
Achavam-se vestidos com uma cobertura de luz e glória, tais como os anjos. —
The Signs of the Times, 9 de Janeiro de 1879.{VA 48.6}
Deus criou o homem para Sua própria glória, para que depois
de testada e provada, a família humana pudesse tornar-se uma com a família
celestial. Era o propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana. — The
S.D.A. Bible Commentary 1:1082. {VA 48.7}
Os lugares vagos surgidos no Céu pela queda de Satanás e
seus anjos, serão preenchidos pelos
redimidos do Senhor. — The Review and Herald, 29 de Maio de 1900.{VA 49.1}
Adão e Eva no Éden
Embora tudo o que Deus houvesse criado se encontrasse na
perfeição da beleza, e nada parecesse faltar sobre a Terra que Ele criara para
tornar Adão e Eva felizes, ainda assim manifestou Seu grande amor por eles ao
preparar-lhes um jardim especial. Uma parte do tempo deles deveria ser gasto na
prazenteira tarefa de cuidar do jardim, outra parte recebendo a visita dos
anjos, ouvindo suas instruções, e estando em feliz meditação. Suas atividades
não eram cansativas, antes agradáveis e revigorantes. — The Signs of the Times,
9 de Janeiro de 1879.{VA 49.2}
Santos anjos... deram instruções a Adão e Eva no tocante a
suas atividades, e também lhes falaram acerca da rebelião e queda de Satanás. —
Spiritual Gifts 1:20.{VA 49.3}
Adão estava diante de Deus na força da perfeita
varonilidade, tendo todos os órgãos e faculdades de seu ser plenamente desenvolvidos
e harmoniosamente equilibrados. Achava-se ele circundado de coisas belas e
conversava diariamente com os santos anjos. — The Spirit of Prophecy 2:88.{VA
49.4}
A lei de Deus existia antes que o homem fosse criado. Foi
adaptada à condição de seres santos. Mesmo os anjos eram governados por ela. —
The Signs of the Times, 15 de Abril de 1886.{VA 49.5}
O homem devia ser testado e provado; se suportasse a prova
divina e permanecesse leal e fiel depois desta
primeira prova, não deveria ser afligido por contínua tentação, antes seria exaltado a uma posição igual à dos anjos, revestido da imortalidade. — The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874.{VA 50.1}
primeira prova, não deveria ser afligido por contínua tentação, antes seria exaltado a uma posição igual à dos anjos, revestido da imortalidade. — The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874.{VA 50.1}
Satanás planeja provocar a queda do homem
[Satanás] informou [seus anjos] de seus planos para separar de
Deus o nobre Adão e sua companheira Eva. Se fosse possível, de algum modo,
induzi-los à desobediência, Deus faria provisões por meio das quais o ser
humano seria perdoado, e assim o próprio Satanás e seus anjos teriam melhores
chances de compartilhar da misericórdia de Deus. Se isto falhasse, poderiam
unir-se a Adão e Eva, já que estes, uma vez chegando a transgredir a lei de
Deus, estariam também sujeitos à ira divina, como os anjos caídos. Se
transgredissem, estariam igualmente num estado de rebelião; os anjos rebeldes
poderiam unir-se a eles, tomar posse do jardim do Éden e transformá-lo em seu
lar. Se conseguissem acesso à árvore da vida que se encontrava no meio do
jardim, sua força seria — pensavam eles — igual à dos anjos leais, e nem mesmo
Deus seria capaz de expulsá-los dali.{VA 50.2}
Satanás manteve consulta com seus anjos maus. Nem todos se
dispuseram prontamente a unir-se a ele nessa obra arriscada e terrível. Ele
lhes contou que não confiaria a nenhum deles tal trabalho; pensava que somente
ele mesmo possuía sabedoria suficiente para levar avante um tão importante
empreendimento. Gostaria que eles refletissem sobre o assunto enquanto ele
próprio se retiraria a fim de amadurecer os planos. ...{VA 50.3}
Satanás ficou só a fim de aperfeiçoar os planos que
seguramente resultariam na queda de Adão e Eva. Estremeceu ao pensar que
submergiria o santo e feliz par na miséria e remorso que ele mesmo estava agora
suportando. Pareceu indeciso; em alguns momentos firme e determinado, noutros
hesitante e vacilante. Seus anjos o procuraram para informá-lo da decisão que
haviam tomado. Sim, unir-se-iam a ele e compartilhariam com ele da
responsabilidade e das conseqüências.{VA 51.1}
Satanás lançou para longe seus sentimentos de desespero e
fraqueza e, como líder, fortaleceu-se para enfrentar a situação e empreender
tudo que estivesse a seu alcance para desafiar a autoridade de Deus e de Seu
Filho. — The Spirit of Prophecy 1:31-33.{VA 51.2}
Satanás declarou que demonstraria ante os mundos criados por
Deus e perante as inteligências celestiais, que é impossível guardar a lei de
Deus. — The Review and Herald, 3 de Setembro de 1901.{VA 51.3}
Deus reuniu a multidão angélica para tomar medidas e impedir
o perigo ameaçador. Ficou decidido no concílio celestial que anjos deviam
visitar o Éden e advertir Adão e Eva de que o jardim estava em perigo pela
presença de um adversário. Assim, dois anjos apressaram-se em visitar nossos
primeiros pais. — The Signs of the Times, 16 de Janeiro de 1879.{VA 51.4}
Mensageiros celestiais expuseram-lhes [a Adão e Eva] a
história da queda de Satanás, e suas tramas para sua destruição, explicando
mais completamente a natureza do governo divino, que o príncipe do mal estava
procurando transtornar. ...{VA 51.5}
Os anjos os advertiram a que estivessem de sobreaviso contra
os ardis de Satanás; pois seus esforços para os enredar seriam incansáveis.
Enquanto fossem obedientes a Deus, o maligno não lhes poderia fazer mal; pois
sendo necessário, todos os anjos do Céu seriam enviados em seu auxílio. Se com
firmeza repelissem suas primeiras insinuações, estariam tão livres de perigo
como os mensageiros celestiais. Se, porém, cedessem uma vez à tentação, sua
natureza se tornaria tão depravada que não teriam em si poder nem disposição
para resistir a Satanás. — Patriarcas e Profetas, 52, 53. {VA 51.6}
Os anjos preveniram Eva de que não se separasse de seu
marido em suas ocupações, pois poderia ser posta em contato com o inimigo
caído. Ao separarem-se um do outro, estariam em maior perigo do que se
permanecessem juntos. Os anjos insistiram que eles seguissem bem de perto as
instruções dadas por Deus no tocante à árvore do conhecimento, pois na
obediência perfeita estariam seguros. E o inimigo caído somente poderia ter
acesso a eles junto à árvore do conhecimento do bem e do mal.{VA 52.1}
Adão e Eva asseguraram aos anjos que jamais transgrediriam o
expresso mandamento de Deus, pois era seu maior deleite cumprir a vontade dEle.
Os anjos uniram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e
enquanto seus cânticos ressoavam cheios de alegria pelo Éden, Satanás ouviu o
som destas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. Ouvindo-as, sua inveja, ódio
e malignidade aumentaram, e ele expressou a seus seguidores a ansiedade de
incitá-los [Adão e Eva] à desobediência. — The Spirit of Prophecy 1:34, 35.{VA
52.2}
Satanás fala a Eva
através de uma serpente
A fim de realizar a sua obra sem que fosse percebido,
Satanás preferiu fazer uso da serpente como médium, disfarce este bem adaptado
ao seu propósito de enganar. A serpente era então uma das mais prudentes e
belas criaturas da Terra. Tinha asas, e enquanto voava pelos ares apresentava
uma aparência de brilho deslumbrante, tendo a cor e o brilho de ouro polido. —
Patriarcas e Profetas, 53. {VA 52.3}
Eva afastou-se do esposo, admirando as belezas da Natureza
na criação de Deus, deleitando seus sentidos com as cores e fragrâncias das
flores e o encanto das árvores e arbustos. Pensava ela na restrição imposta por
Deus no tocante à árvore do conhecimento. Comprazia-se na beleza e abundância
providas por Deus para a satisfação de todas as necessidades. Tudo isto, disse
ela, Deus forneceu para o nosso deleite. Tudo é nosso, pois Ele disse: “De toda
árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal,
dela não comerás.” Gênesis 2:16, 17.{VA 53.1}
Eva aproximou-se da árvore proibida, sentindo-se curiosa por
saber como podia a morte esconder-se no fruto de tão formosa árvore.
Surpreendeu-se ao escutar suas próprias dúvidas repetidas por uma voz estranha:
“É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” Génesis 3:1.
Eva não se apercebera de que revelara seus pensamentos ao falar em voz audível
consigo mesma, pelo que se assombrou grandemente ao ouvir suas dúvidas
repetidas por uma serpente. — The Review and Herald, 24 de Fevereiro de
1874.{VA 53.2}
Com palavras suaves e melodiosas, e com voz musical,
[Satanás] dirigiu-se à maravilhada Eva. Ela se sobressaltou ao ouvir uma
serpente falar. Esta exaltava a beleza e excessivo encanto [da mulher], o que
não desagradou a Eva. {VA 53.3}
Eva sentiu-se encantada, lisonjeada, bajulada. — The Spirit
of Prophecy 1:35, 36.{VA 54.1}
[Eva] realmente pensou que a serpente possuía conhecimento
dos seus pensamentos [da mulher], e que por isso devia ser muito sábia. Sua
resposta foi: “Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da
árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele
tocareis, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: Certamente
não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os
vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Génesis 3:2-5.{VA
54.2}
Aqui o pai da mentira fez sua afirmativa em aberta
contradição à expressa palavra de Deus. Satanás assegurou a Eva que ela fora
criada imortal, e que não existia a possibilidade de ela morrer. Disse-lhe que
Deus sabia que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento, seu
entendimento seria iluminado, expandido, enobrecido, tornando-os semelhantes ao
próprio Deus. ... Eva pensou que existia sabedoria nas palavras da serpente.
... Contemplou com ardente desejo a árvore carregada de frutos, que pareciam
deliciosos. A serpente os estava comendo com aparente deleite.{VA 54.3}
Eva havia ultrapassado as palavras da ordem divina. Deus
dissera a Adão e Eva: “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Génesis
2:17. Na controvérsia com a serpente, Eva acrescentou: “Nem nele tocareis, para
que não morrais.” Génesis 3:3. Aqui pode ser percebida a sutileza da serpente.
Esta declaração de Eva deu a Satanás uma vantagem. — The Review and Herald, 24
de Fevereiro de 1874. {VA 54.4}
Participando dessa árvore, declarou ele [Satanás],
atingiriam uma esfera mais elevada de existência, e entrariam para um campo
mais vasto de saber. Ele próprio havia comido do fruto proibido, e como
resultado adquirira o dom da fala. E insinuou que o Senhor intencionalmente
desejava privá-los do mesmo, para que não acontecesse serem exaltados à
igualdade para com Ele. — Patriarcas e Profetas, 54.{VA 55.1}
A curiosidade de Eva despertou-se. Em vez de escapar do
local, ficou ouvindo a serpente falar. Não ocorreu à sua mente que este pudesse
ser o inimigo decaído, utilizando a serpente como médium. — The Spirit of
Prophecy 1:36.{VA 55.2}
Com que intenso interesse o Universo inteiro contemplou o
conflito que decidiria a situação de Adão e Eva! Quão atentamente os anjos
ouviram as palavras de Satanás, o originador do pecado, enquanto ele colocava
suas próprias idéias acima dos mandamentos divinos, procurando tornar sem
efeito a lei de Deus por meio de seu enganoso raciocínio! Quão ansiosamente
aguardaram para ver se o santo par seria enganado pelo tentador, cedendo às
suas artimanhas! ...{VA 55.3}
Satanás representou a Deus como um enganador, como alguém
que deseja destituir Suas criaturas dos benefícios de Seu mais exaltado dom. Os
anjos escutaram com pesar e assombro essa declaração quanto ao caráter de Deus,
enquanto Satanás O representava como possuindo os seus próprios miseráveis
atributos. Eva, porém, não se horrorizou ao ouvir o santo e supremo Deus sendo
assim falsamente acusado. Se ela houvesse... relembrado todas as demonstrações
de Seu amor, se houvesse corrido em direção ao esposo, poderia haver-se salvado
da tentação sutil do maligno. — The Signs of the Times, 12 de Maio de 1890. {VA
55.4}
O tentador colheu um fruto e passou-o a Eva. Ela tomou-o nas
mãos. Veja, disse o tentador, vocês foram proibidos de até mesmo tocar o fruto,
pois morreriam. Ele lhe disse que ela não correria maior perigo comendo-o, do
que tocando-o ou manuseando-o. Eva foi encorajada, pois não sentiu de imediato
os sinais do desagrado divino. Pensou que as palavras do tentador eram
inteiramente sábias e corretas. Comeu, e ficou encantada com o fruto. Este lhe
pareceu agradável ao paladar, e ela começou a imaginar como seria sentir em si
mesma os maravilhosos efeitos do mesmo. — The Spirit of Prophecy 1:38.{VA 56.1}
Nada havia de venenoso no fruto da árvore do conhecimento em
si, nada que pudesse causar a morte ao ser ele comido. A árvore havia sido
colocada no jardim como uma prova da lealdade deles a Deus. — The Signs of the
Times, 13 de Fevereiro de 1896.{VA 56.2}
Eva come o fruto e
tenta seu esposo
Eva comeu e imaginou estar experimentando as sensações de
uma vida nova e mais exaltada. ... Não percebeu nenhum efeito adverso, nada que
pudesse ser interpretado como significando morte e sim, conforme assegurara a
serpente, uma prazerosa sensação, que ela imaginou ser a mesma experimentada
pelos anjos. — Testimonies for the Church 3:72.{VA 56.3}
Ela tomou então o fruto e o comeu, imaginando sentir o
revigorante poder de uma nova e exaltada existência, como resultado da influência
estimulante do fruto proibido. Achava-se num estranho e antinatural estado de
entusiasmo quando procurou o esposo com as mãos cheias do fruto proibido.
Relatou-lhe o sábio discurso da serpente e manifestou o desejo de levá-lo
imediatamente para junto da árvore do conhecimento. Contou-lhe que comera do
fruto, e que em lugar de experimentar uma sensação de morte, sentia uma
influência prazenteira e estimulante. Tão logo desobedeceu, tornou-se Eva um
poderoso meio para ocasionar a queda do esposo. — The Spirit of Prophecy 1:38,
39. {VA 56.4}
Uma expressão de tristeza sobreveio ao rosto de Adão.
Mostrou-se atônito e alarmado. Às palavras de Eva replicou que isto devia ser o
adversário contra quem haviam sido advertidos; e pela sentença divina ela
deveria morrer. Em resposta insistiu com ele para comer, repetindo as palavras
da serpente, de que certamente não morreriam. Ela raciocinava que isto deveria
ser verdade, pois que não sentia evidência alguma do desagrado de Deus. ...{VA
57.1}
Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de
Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua
fidelidade e amor. Teve uma terrível luta íntima. Lamentava que houvesse
permitido desviar-se Eva de seu lado. Agora, porém, a ação estava praticada;
devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria. Como poderia suportar
isto? ... Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria
ele. Afinal, raciocinou, não poderiam ser verdadeiras as palavras da sábia
serpente? Eva estava diante dele, tão bela, e aparentemente tão inocente como
antes deste ato de desobediência. Exprimia maior amor para com ele do que
antes. Nenhum sinal de morte aparecia nela, e ele se decidiu a afrontar as
conseqüências. Tomou o fruto, e o comeu rapidamente. {VA 57.2}
Depois da sua transgressão, Adão a princípio imaginou-se
passando para uma condição mais elevada de existência. Mas logo o pensamento de
seu pecado o encheu de terror. O ar que até ali havia sido de uma temperatura
amena e uniforme, parecia resfriar o culposo par. Desapareceram o amor e paz
que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um
terror pelo futuro, uma nudez de alma. — Patriarcas e Profetas, 56, 57.{VA
58.1}
Satanás exultou com seu êxito. Tinha agora tentado a mulher
a descrer do amor de Deus, a questionar Sua sabedoria e a procurar penetrar em
Seus oniscientes planos. Por intermédio dela causara também a ruína de Adão, o
qual, em conseqüência de seu amor por Eva, desobedeceu ao mandado divino e caiu
com ela. — The Spirit of Prophecy 1:42.{VA 58.2}
Satanás, o anjo caído, havia declarado que ninguém podia
guardar a lei de Deus. Apontou agora à desobediência de Adão como prova da
veracidade de sua declaração. — The Signs of the Times, 10 de Abril de 1893.{VA
58.3}
Satanás... gabou-se orgulhosamente de que o mundo criado por
Deus era seu domínio. Havendo conquistado Adão, o soberano do mundo, ganhara
toda a raça humana como seus súditos. Possuiria o jardim do Éden e o
transformaria em seu quartel-general. Ali estabeleceria seu trono para ser o
soberano do mundo. — The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874.{VA 58.4}
O concílio de paz
As notícias da queda do homem espalharam-se pelo Céu. Todas
as harpas emudeceram. Os anjos depuseram, com tristeza, as coroas da cabeça.
Todo o Céu estava em agitação. — The Spirit of Prophecy 1:42.{VA 59.1}
Realizou-se um concílio para decidir o que teria de ser
feito com o culposo par. — Spiritual Gifts 3:44.{VA 59.2}
A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus Se
comunicava com Seu Pai. Três vezes foi encerrado pela luz gloriosa que havia em
redor do Pai; e na terceira vez Ele veio de Seu Pai, e podia-se ver a Sua
pessoa. ... Fez então saber à multidão angélica que um meio de livramento fora
estabelecido para o homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu
Pai, e oferecera-Se para dar Sua vida como resgate, e tomar sobre Si a sentença
de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse encontrar perdão. ...{VA
59.3}
A princípio os anjos não puderam regozijar-se, pois seu
Comandante nada escondeu deles, mas desvendou-lhes o plano da salvação. Jesus
lhes disse que... deixaria toda a Sua glória no Céu, apareceria na Terra como
um homem, humilhar-Se-ia como um homem, ... e que, finalmente, depois que Sua
missão como ensinador se cumprisse, seria entregue nas mãos dos homens, e
suportaria quantas crueldades e sofrimentos Satanás e seus anjos pudessem
inspirar ímpios homens a infligir; que Ele morreria a mais cruel das mortes,
suspenso entre o céu e a terra, como um pecador criminoso; que sofreria
terríveis horas de agonia, a qual nem mesmo os anjos poderiam contemplar, mas
esconderiam seu rosto dessa cena. ... {VA 59.4}
Os anjos prostraram-se diante dEle. Ofereceram a vida deles.
Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria a muitos; que a vida de um anjo
não poderia pagar a dívida. Sua vida unicamente poderia ser aceita por Seu Pai
como resgate pelo homem. — Primeiros Escritos, 149, 150.{VA 60.1}
Os anjos temiam que [Adão e Eva] estendessem a mão, comessem
da árvore da vida e imortalizassem assim sua vida pecaminosa. Deus, porém, lhes
disse que expulsaria os transgressores do jardim. Imediatamente foram
comissionados anjos para guardarem o caminho da árvore da vida. — Spiritual
Gifts 1:22.{VA 60.2}
Os anjos que haviam sido comissionados para guardarem a Adão
em seu lar edênico antes da transgressão e expulsão do Paraíso, agora receberam
o encargo de guardar as portas deste, protegendo assim o acesso à árvore da vida.
— The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874.{VA 60.3}
Quando Adão e Eva compreenderam quão exaltada e santa era a
lei de Deus, a ponto de a sua transgressão requerer dispendioso sacrifício para
salvá-los e à sua posteridade da ruína total, suplicaram sua própria morte, ou
que eles e sua posteridade fossem deixados a sofrer a punição de sua
transgressão, de preferência a que o amado Filho de Deus fizesse esse grande
sacrifício. ...{VA 60.4}
Adão foi informado de que a vida de um anjo não poderia pagar
o débito. A lei de Jeová, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, era
tão sagrada como Ele próprio; por esta razão, a vida de um anjo não podia ser
aceita por Deus como sacrifício por sua transgressão. ... O Pai
não podia abolir ou mesmo modificar um único preceito de Sua
lei para socorrer o homem em sua condição decaída. Mas o Filho de Deus, que em
união com o Pai criara o homem, poderia efetuar uma expiação aceitável a Deus.
...{VA 61.0}
Quando Adão, de acordo com as especiais determinações de Deus,
fez uma oferta pelo pecado, foi para ele a mais penosa cerimônia. Sua mão teria
de erguer-se para tirar a vida que somente Deus podia dar, e fazer uma oferta
pelo pecado. Foi esta a primeira vez em que testemunhou a morte. Enquanto
olhava para a vítima ensangüentada, debatendo-se nas agonias da morte, deveria
contemplar pela fé o Filho de Deus, a quem a vítima prefigurava. — The Spirit
of Prophecy 1:50-53.{VA 61.1}
Adão e Eva expulsos do Éden
[Adão e Eva] foram informados de que tinham perdido seu lar
edênico. ... Não era seguro permanecer no jardim do Éden, pois em seu estado
pecaminoso poderiam ter acesso à árvore da vida. — The Spirit of Prophecy
1:44.{VA 61.2}
Encarecidamente rogaram para que pudessem permanecer no lar
de sua inocência e alegria. Confessaram que haviam perdido todo o direito
àquela feliz morada, mas comprometeram-se para no futuro prestar estrita
obediência a Deus. Declarou-se-lhes, porém, que sua natureza ficara depravada
pelo pecado; haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e aberto o
caminho para Satanás ganhar mais fácil acesso a eles. Em sua inocência tinham
cedido à tentação; e agora, em estado de culpa consciente, teriam menos poder
para manter sua integridade.{VA 61.3}
Com humildade e indizível tristeza despediram-se de seu belo
lar, e saíram para habitar na Terra, onde repousava a maldição do pecado. —
Patriarcas e Profetas, 61.{VA 62.1}
Santos anjos foram enviados para conduzir o desobediente
casal para fora do jardim, enquanto outros anjos guardavam o caminho da árvore
da vida. Cada um destes poderosos anjos sustentava na mão direita uma espada
resplandecente. — Spiritual Gifts 3:45.{VA 62.2}
Fortes anjos, com raios de luz que pareciam espadas
flamejantes movendo-se em todas as direções, foram colocados como sentinelas
para proteger o caminho da árvore da vida, para evitar que Satanás ou o culposo
par se aproximassem. — The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874.{VA 62.3}
Era plano bem estudado de Satanás que Adão e Eva
desobedecessem a Deus, recebessem Sua desaprovação e então participassem da
árvore da vida, de modo que se perpetuasse uma vida de pecado. Mas santos anjos
foram enviados para vigiar o caminho da árvore da vida. Em redor desses anjos
brilhavam raios de luz, com a aparência de espadas flamejantes. — The Spirit of
Prophecy 1:44.{VA 62.4}
Depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos efetuarem
especial esforço para fomentar a crença na imortalidade natural do homem.
Depois de serem induzidos a crer neste erro, levou-os a concluir que os
pecadores viveriam em eterna miséria. — The Spirit of Prophecy 4:354.
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