Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Génesis 2:17. {VF 8.1}
Os nossos primeiros pais, se bem que criados inocentes e
santos, não foram colocados fora da possibilidade de praticar o mal. ... Deviam
desfrutar comunhão com Deus e com os santos anjos; antes, porém, que pudessem
tornar-se eternamente livres de perigo, devia ser provada sua fidelidade. No
início mesmo da existência do homem, um empecilho fora posto ao desejo de
satisfação própria, paixão fatal que jaz à base da queda de Satanás. A árvore
da ciência, que se achava próxima da árvore da vida, no meio do jardim, devia
ser uma prova da obediência, fé e amor de nossos primeiros pais. Ao mesmo tempo
em que se lhes permitia comer livremente de todas as outras árvores, era-lhes
proibido provar desta, sob pena de morte. Deviam também estar expostos às
tentações de Satanás; mas, se resistissem à prova, seriam finalmente colocados
fora de seu poder, para desfrutarem o favor perpétuo de Deus. ... {VF 8.2}
Deus poderia ter criado o homem sem a faculdade de
transgredir a Sua lei; poderia ter privado a mão de Adão de tocar no fruto
proibido; neste caso, porém, o homem teria sido, não uma entidade moral, livre,
mas um simples autómato. Sem liberdade de opção, sua obediência não teria sido
voluntária, mas forçada. Não poderia haver desenvolvimento de caráter. ...
Seria indigna do homem como um ser inteligente, e teria apoiado a acusação,
feita por Satanás, de governo arbitrário por parte de Deus. {VF 8.3}
Deus fez o homem reto; deu-lhe nobres traços de caráter, sem
nenhum pendor para o mal. Dotou-o de altas capacidades intelectuais, e
apresentou-lhe os mais fortes incentivos possíveis para que fosse fiel a seu
dever. A obediência, perfeita e perpétua, era a condição para a felicidade
eterna. Sob esta condição teria ele acesso à árvore da vida. ... {VF 8.4}
Enquanto permanecessem fiéis à lei divina, sua capacidade
para saber, vivenciar e amar, cresceria continuamente. Estariam constantemente
a adquirir novos tesouros de saber, a descobrir novas fontes de felicidade, e a
obter concepções cada vez mais claras do incomensurável, infalível amor de
Deus. — Patriarcas e Profetas, 48, 49, 51. {VF 8.5}
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