Quando Deus perdoa ao pecador, afasta o castigo que ele
merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o
justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser
justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de
Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode
ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do
pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento,
morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a
justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. ... {RR
11.1}
Muitos concordam que Jesus Cristo seja o Salvador do mundo,
mas ao mesmo tempo se conservam afastados dEle, e deixam de arrepender-se de
seus pecados, e de aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. Sua fé é apenas o
assentimento da mente e do juízo à verdade; mas esta não é introduzida no
coração, para santificar a alma e transformar o caráter. ... {RR 11.2}
Posso arrepender-me
sem auxílio?
Muitos se acham confundidos quanto ao que constitui os
primeiros passos na obra da salvação. O arrependimento é considerado uma obra
que o pecador deve realizar por si mesmo, a fim de poder chegar a Cristo. Pensam
que o pecador deve por si mesmo conseguir a habilitação para obter a bênção da
graça de
Deus. Mas, conquanto seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender o homem a esse atrair, vai ter com Cristo a fim de que se arrependa. {RR 11.3}
Deus. Mas, conquanto seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender o homem a esse atrair, vai ter com Cristo a fim de que se arrependa. {RR 11.3}
O pecador é comparado a uma ovelha perdida, e uma ovelha
perdida jamais volta ao redil a menos que seja pelo pastor procurada e
restituída ao redil. Homem algum pode de si mesmo arrepender-se, tornando-se
digno da bênção da justificação. O Senhor Jesus está constantemente procurando
impressionar o espírito do pecador e atraí-lo a fim de que O contemple, como
Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Não podemos dar um passo na vida
espiritual, a não ser que Jesus atraia e fortaleça a alma, e nos leve a
experimentar aquele arrependimento que jamais decepciona. ... {RR 11.4}
Quando perante os principais sacerdotes e os saduceus, Pedro
apresentou claramente o fato de que o arrependimento é dom de Deus. Falando de
Cristo, disse ele: “Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador,
para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.” Atos dos Apóstolos
5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a justificação, é dom de
Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido à pessoa por
Cristo. Se somos atraídos a Cristo, é-o por Seu poder e virtude. A graça da
contrição vem por meio dEle, e dEle vem a justificação. ... {RR 11.5}
Fé é mais do que
palavras
A fé que é para salvação não é uma fé casual, não é a
simples aprovação do intelecto, é a crença firmada no coração, que abraça a
Cristo como Salvador pessoal, com a certeza de que Ele pode salvar
perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Crer que Ele salve a outros,
mas não salvará a vós, não é fé genuína; mas quando a alma se apóia em Cristo
como a única esperança de salvação, então se manifesta fé genuína. Essa fé leva
seu possuidor a colocar em Cristo todas suas afeições; seu entendimento fica
sob o controle do Espírito Santo, e seu caráter é moldado segundo a semelhança
divina. Sua fé não é uma fé morta, mas sim que opera por amor, que o leva a
contemplar a formosura de Cristo, e a tornar-se semelhante ao caráter divino.
... {RR 12.1}
Toda a obra é do Senhor, do princípio ao fim. Pode dizer o
pecador, a perecer: “Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o
que se havia perdido. Diz Ele: ‘Eu não vim chamar os justos, mas sim os
pecadores.’. Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na Cruz do Calvário para me
salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu
para minha justificação, agora me salvará. Aceito o perdão que prometeu.” {RR
12.2}
Justo, nele
Cristo é um Salvador ressurreto; pois, conquanto estivesse
morto, ressuscitou, vivendo sempre para fazer intercessão por nós. Devemos crer
com o coração para justiça, e com a boca fazer confissão para salvação. Os que
são justificados pela fé, confessarão a Cristo. “Quem ouve a Minha palavra e
crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou
da morte para a vida.” João 5:24. A grande obra em favor do pecador, impuro e
maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o
pecador declarado justo. O Senhor dá ao crente a justiça de Cristo e perante o
Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o
representante, substituto e penhor do pecador. Sobre Cristo coloca Ele a
iniqüidade de todo o que crê. “Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por
nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus.” 2 Coríntios 5:21. {RR
12.3}
Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os
que se chegarem a Deus com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou “Ele
mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os
pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados”.
1 Pedro 2:24. Nosso pecado foi expiado, removido, lançado nas profundezas do
mar. Mediante arrependimento e fé livramo-nos do pecado, e olhamos para o
Senhor, justiça nossa. Jesus sofreu, o Justo pelos injustos. {RR 13.1}
Que é o
arrependimento
Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei,
Cristo, por Sua obediência prestada à lei, reclama para a pessoa arrependida, o
mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário
que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical
da mente e do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no
coração, e manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o homem
não é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar
por meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos
homens. {RR 13.2}
Quem deve
arrepender-se?
Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido?
Que deve ele fazer? — Deve ir ter com Jesus, tal qual está, sem demora. Deve
crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para
que possa receber. Quando o desejo sincero leva os homens a pedir, eles não
orarão em vão. O Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar
ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. O
homem orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua
sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus.
Com a oração ele misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas
também lhes obedecerá. Ele se manifestará olhando a questão do lado de Cristo.
Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam a afastar de Deus o
coração. {RR 13.3}
Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a
verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada
menos que a expiação de Cristo. Certo disto, o pecador tem de fazer um esforço
em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer
ao trono da graça, para que possa receber o poder renovador de Deus. Cristo não
perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz
penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é
colocada ao crédito de todo crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas
nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele
poderá dizer: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu
Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de
justiça.” Isaías 61:10. {RR 13.4}
Maravilhosa graça!
Abundante graça foi provida para que o crente possa
manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com seus recursos ilimitados, foi
posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é o
fim da lei, para justiça a todo aquele que crê. Em nós mesmos somos pecadores;
mas em Cristo somos justos. Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça
de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. Considera-nos
Seus filhos amados. Cristo opera contra o poder do pecado, e onde este
abundava, muito mais abundante é a graça. Romanos 5:20. “Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo
qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus.” Romanos 5:1, 2. {RR 14.1}
“Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela
redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé
no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes
cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua justiça neste
tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus.” Romanos 3:24-26. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso
não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios 2:8. {RR 14.2}
Apto para ser salvo
O Senhor deseja Seu povo sadio na fé — não ignorante da
grande salvação que tão abundantemente lhes é provida. Não devem olhar ao
futuro, pensando que em algum tempo vindouro uma grande obra seja feita em seu
favor, pois a obra está agora completa. O crente não é chamado para fazer paz
com Deus; isto ele nunca fez nem pode fazer. Deve aceitar a Cristo como sua
paz, pois com Cristo está Deus e a paz. Cristo pôs fim ao pecado, levando no
próprio corpo sua pesada maldição, para o madeiro, e Ele removeu a maldição de
todos aqueles que crêem nEle como Salvador pessoal. Põe Ele fim ao poder
dominante do pecado no coração, e a vida e caráter do crente testificam do
genuíno caráter da graça de Cristo. {RR 14.3}
Aos que Lho pedem, comunica Jesus o Espírito Santo; pois é
necessário que todo crente seja liberto da poluição, assim como da maldição e
condenação da lei. Mediante a obra do Espírito Santo e a santificação da
verdade, o crente torna-se habilitado para as cortes celestiais; pois Cristo
opera em nós, e Sua justiça sobre nós está. Sem isso, alma alguma terá direito
ao Céu. Não desfrutaríamos o Céu a menos que estejamos qualificados para sua
atmosfera santa, pela influência do Espírito e da justiça de Cristo. {RR 14.4}
Para sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos
requisitos da lei: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao
teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:27. Só podemos fazer isto ao nos
apegarmos, pela fé, à justiça de Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no
coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito Santo continua a obra,
e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em
caráter. Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual,
alcança a medida da plena estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à
maldição do pecado e livra o crente de sua ação e efeito. {RR 15.1
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