Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis... que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento... mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo. 1 Pedro 1:18, 19. {CT
27.2}
A queda do homem encheu o Céu todo de tristeza. O mundo que
Deus fizera estava manchado pela maldição do pecado, e habitado por seres
condenados à miséria e morte. Não parecia haver meio pelo qual pudessem escapar
os que tinham transgredido a lei. Os anjos cessaram os seus cânticos de louvor.
Por toda a corte celestial havia pranto pela ruína que o pecado ocasionara. {CT
27.3}
O Filho de Deus, o glorioso Comandante do Céu, ficou tocado
de piedade pela raça decaída. Seu coração moveu-se de infinita compaixão ao
erguerem-se diante d´Ele os ais do mundo perdido. Entretanto o amor divino
havia concebido um plano pelo qual o homem poderia ser remido. A lei de Deus,
quebrantada, exigia a vida do pecador. Em todo o Universo não havia senão um
Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as suas reivindicações. Visto
que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a
Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo,
poderia redimir da maldição da lei o homem decaído, e levá-lo à harmonia com o
Céu. Cristo tomaria sobre Si a culpa e a ignomínia do pecado — pecado tão
ofensivo para um Deus santo que deveria separar entre Si o Pai e o Filho. ...
{CT 27.4}
Perante o Pai pleiteou Ele em prol do pecador, enquanto a
hoste celestial aguardava o resultado com um interesse de tal intensidade que
palavras não o poderão exprimir. Mui prolongada foi aquela comunhão misteriosa
— o “conselho de paz” (Zacarias 6:13) em prol dos decaídos filhos dos homens. O
plano da salvação fora estabelecido antes da criação da Terra; pois Cristo é “o
Cordeiro morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8); foi, contudo, uma
luta, mesmo para o Rei do Universo, entregar Seu Filho para morrer pela raça
culposa. ... Oh, que mistério da redenção! O amor de Deus por um mundo que O
não amou! Quem pode conhecer as profundidades daquele amor que “excede todo o
entendimento”? ... {CT 28.1}
Deus ia ser manifesto em Cristo, “reconciliando consigo o
mundo”. 2 Coríntios 5:19. O homem se tornara tão degradado pelo pecado que lhe
era impossível, por si mesmo, andar em harmonia com Aquele cuja natureza é
pureza e bondade. Mas Cristo, depois de ter remido o homem da condenação da
lei, poderia comunicar força divina para se unir com o esforço humano. Assim,
pelo arrependimento para com Deus e fé em Cristo, os caídos filhos de Adão
poderiam mais uma vez tornar-se “filhos de Deus”. 1 João 3:2. — Patriarcas e
Profetas, 63, 64. {CT 28.2}
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