No próprio centro do decálogo está o quarto mandamento,
conforme foi a princípio proclamado: "Lembra-te do dia do sábado para o
santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o
sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor
os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou;
portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxo.
20:8-11.
Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo;
resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e
demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha
encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar. O Grande Conflito,
págs. 434 e 435.
Deus nos deu Seus mandamentos, não só para neles crermos,
mas também para lhes obedecermos. O grande Jeová, depois de haver posto os
fundamentos da Terra, de revestir todo o mundo com trajes de beleza, enchê-lo
de coisas úteis ao homem - havendo criado todas as maravilhas de Terra e mar -
instituiu então o dia do sábado e santificou-o. Deus abençoou e santificou o
sétimo dia, porque nele repousou de toda a Sua maravilhosa obra da criação. O
sábado foi feito para o homem, e Deus deseja que ele nesse dia deixe o
trabalho, como Ele próprio descansou, após os seis dias de trabalho da criação.
Os que reverenciam os mandamentos de Jeová hão de, depois
que tenham recebido luz com referência ao quarto preceito do decálogo,
obedecer-lhes sem questionar a viabilidade ou conveniência de semelhante
obediência. Deus fez o homem à Sua própria imagem, e deu-lhe a seguir um
exemplo da observância do sétimo dia, que Ele santificou e tornou santo. Era
seu desígnio que nesse dia o homem O adorasse, não se empenhando em ocupações
seculares. Ninguém que desrespeite o quarto mandamento, depois de haver
compreendido as reivindicações do sábado, pode ser tido como inocente à vista
de Deus. ...
Mesmo no princípio do quarto preceito, disse Deus:
Lembra-te, sabendo que o homem, na multidão de seus cuidados e perplexidades,
seria tentado a escusar-se de satisfazer a todas as reivindicações da lei, ou,
na pressão dos negócios seculares, se esqueceria de sua sagrada importância.
... Mas Ele reclama um dia, que Ele pôs de parte e santificou. Ele o dá ao
homem como um dia em que possa repousar do trabalho e dedicar-se à adoração e
ao desenvolvimento de sua condição espiritual. Testemunhos Seletos, vol. 1,
págs. 494-496.
Um Sinal Especial e
Distintivo
Os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por
aliança perpétua nas suas gerações. Entre Mim e os filhos de Israel é sinal
para sempre; porque, em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e, ao sétimo
dia, descansou, e tomou alento. Êxo. 31:16 e 17.
Nessa passagem a observância do sábado é apontada como um
sinal especial e distintivo entre o povo de Deus e o povo do mundo. Isto
confere aos pais uma obra soleníssima - a obra de ensinar os filhos a
obedecerem ao mandamento do sábado, a fim de que sejam incluídos entre o povo
de Deus.
Lemos em Êxodo 19:4-8: "Tendes visto o que fiz aos
egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; agora, pois,
se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes o Meu concerto, então,
sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a Terra
é Minha. E vós Me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras
que falarás aos filhos de Israel."
Maravilhosa condescendência! Deus propõe fazer dos
israelitas a Sua propriedade peculiar, se obedecerem a Sua lei e glorificarem o
Seu nome. Notai a atitude deles para com essas palavras:
"Veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante
deles todas estas palavras que o Senhor lhe tinha ordenado." Toda essa
instrução foi colocada pelos anciãos perante a vasta multidão reunida.
"Então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que o Senhor tem
falado faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo."
Manuscrito 152, 1901.
Não podemos superestimar o valor de singela fé e obediência
incondicional. É seguindo no caminho da obediência com singela fé que o caráter
obtém perfeição. Requereu-se que Adão prestasse estrita obediência aos
mandamentos de Deus, e não é apresentado um padrão mais baixo aos que desejam a
salvação [hoje]. ... [Cristo] diz: "E tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu
o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em
Meu nome, Eu o farei. Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. E Eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber." João
14:13-17. O mundo está coligado contra a verdade, porque não deseja obedecer à
verdade. Irei eu, que compreendo a verdade, fechar os olhos e o coração ao seu
poder salvífico porque o mundo prefere as trevas à luz? Manuscrito 5a, 1895.
Os santos estatutos que Satanás odiara e procurara destruir,
serão honrados por todo um Universo sem pecados. Patriarcas e Profetas, pág.
342.
A Lei Para a
Felicidade do Homem
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o
mandamento do senhor é puro e alumia os olhos. Sal. 19:8.
No princípio Deus deu Sua lei à humanidade como um meio de
alcançar a felicidade e vida eterna. A única esperança de Satanás de poder
frustrar o propósito de Deus é levar homens e mulheres à desobediência a essa
lei; e seu constante esforço tem sido falsear seus ensinos e diminuir sua
importância. Seu principal ataque tem sido a tentativa de mudar a própria lei,
assim como levar os homens a violar seus preceitos enquanto professam
obedecê-la.
Um escritor comparou a tentativa de mudar a lei de Deus a um
antigo e maldoso costume de mudar a direção da flecha indicativa numa
importante junção de duas estradas. A perplexidade e contratempo que esta
prática muitas vezes causava foi grande.
Um marco indicativo foi construído por Deus para os que
jornadeiam através deste mundo. Um braço desta tabuleta apontava espontânea
obediência ao Criador como o caminho da felicidade e vida, enquanto o outro
braço indicava a desobediência como a estrada da miséria e morte. O caminho da
felicidade era tão claramente definido como o era o caminho da cidade de
refúgio na dispensação judaica. Mas em má hora para a nossa raça, o grande
inimigo de todo o bem virou a tabuleta, e multidões têm errado o caminho.
Através de Moisés o Senhor instruiu os israelitas:
"Certamente guardareis Meus sábados, porquanto isso é um sinal entre Mim e
vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos
santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o
profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra... no
dia do sábado... certamente morrerá. Guardarão, pois, o sábado os filhos de
Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre Mim
e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o
senhor os céus e a Terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-Se."
Êxo. 31:13-17.
Nessas palavras o Senhor definiu claramente a obediência
como o caminho para a cidade de Deus; mas o homem do pecado mudou o sinal
indicativo, fazendo que indicasse direção errada. Ele estabeleceu o falso
sábado, e levou homens e mulheres a pensar que repousando nesse falso sábado
estavam obedecendo à ordem do Criador.
Deus declarou que o sétimo dia é o sábado do Senhor. Quando
"os céus, e a Terra, e todo o seu exército foram acabados", Ele exaltou
este dia como um memorial de Sua obra criadora. Repousando no sétimo dia
"de toda a Sua obra, que tinha feito", "abençoou Deus o dia
sétimo e o santificou". Gên. 2:1-3. Profetas e Reis, págs. 178-180.
A lei de Deus não
Muda
E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a
Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de
Deus. Êxo. 31:18.
Durante a dispensação cristã, o grande inimigo da felicidade
do homem fez do sábado do quarto mandamento um objeto de ataque especial.
Satanás diz: "Eu atravessarei os propósitos de Deus. Capacitarei meus
seguidores a porem de lado o memorial de Deus, o sábado do sétimo dia. Assim,
mostrarei ao mundo que o dia abençoado e santificado por Deus foi mudado. Esse
dia não perdurará na mente do povo. Apagarei a lembrança dele. Porei em seu
lugar um dia que não leve as credenciais de Deus, um dia que não seja um sinal
entre Deus e Seu povo. Levarei os que aceitarem este dia a porem sobre ele a
santidade que Deus pôs sobre o sétimo dia. ...
Através do estabelecimento de um falso sábado o inimigo
pensou mudar os tempos e as leis. Mas tem tido ele realmente êxito em mudar a
lei de Deus? As palavras do capítulo 31 de Êxodo são a resposta. Aquele que é o
mesmo ontem, hoje e eternamente declarou do sábado do sétimo dia: "É um
sinal entre Mim e vós nas vossas gerações". "Será um sinal para
sempre." Êxo. 31:13 e 17. A tabuleta virada está indicando um caminho
errado, mas Deus não mudou. Ele ainda é o poderoso Deus de Israel. "Eis
que as nações são consideradas por Ele como a gota de um balde e como o pó
miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima."
Isa. 40:15. Ele é tão zeloso de Sua lei agora como o era nos dias de Acabe e de
Elias.
Mas como é esta lei desrespeitada! Vede o mundo hoje em
aberta rebelião contra Deus. Esta é na verdade uma geração obstinada, carregada
de ingratidão, de formalismo, de insinceridade, de orgulho e apostasia. Os
homens negligenciam a Bíblia e odeiam a verdade. Jesus vê Sua lei rejeitada,
Seu amor desprezado, Seus embaixadores tratados com indiferença. Ele tem falado
por intermédio de Suas misericórdias, mas estas não têm sido reconhecidas; tem
falado por meio de advertências, mas estas não têm sido ouvidas. O santuário da
alma humana tem-se tornado lugar de não santificado intercâmbio. Egoísmo,
inveja, orgulho, malícia - tudo é aí acariciado.
Os que crêem nesta Palavra logo que a lêem são postos em
ridículo. Há um crescente menosprezo pela lei e a ordem, procedendo diretamente
da violação das claras ordenações de Jeová. Profetas e Reis, págs. 183-185.
Jeová gravou Seus dez mandamentos em tábuas de pedra, a fim
de que todos os habitantes da Terra entendessem Seu eterno e imutável caráter.
Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 142.
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