Enaltecendo a Lei de
Deus
Para que vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os
cumprais, e santos sereis a vosso Deus. Núm. 15:40.
Todas as instruções dadas aos israelitas da antiguidade, no
tocante a ensinarem os mandamentos a seus filhos, são para nós. Se nos tornamos
descuidados e não realçamos a necessidade de observar esses mandamentos, como
sei que muitos têm feito, humilhemos todos o coração diante de Deus, e
efetuemos diligente e esmerada obra de arrependimento. Aprendamos a lidar
compassivamente com os nossos filhos. Em seus tenros anos devem eles ser
bondosa, paciente, inteligente e amorosamente instruídos em todo o serviço
religioso, tornando os pais essas lições simples e atraentes, a fim de que
possam mostrar a seus pequeninos o caminho do Senhor. No passado, a negligência
dos pais em realizar essa obra foi sentida nas gerações futuras. ...
Manter elevada a norma da justiça requer constante e
perseverante esforço; mas ninguém que é frouxo nos princípios pode ser aprovado
por Deus. Nossa experiência religiosa é arruinada por permitirmos que nossos
princípios sejam deturpados. Agora, mais do que em qualquer outro período da
história do mundo, devemos atender à admoestação: "Por isso, ficai também
vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem
virá." Mat. 24:44.
Nos tempos antigos foram continuamente dadas advertências
contra a idolatria. Nesta época do mundo existe o mesmo perigo. Devemos
acautelar os nossos filhos contra o ato de terem amizade com o mundo e imitarem
as obras daqueles que estão em trevas. Tanto quanto possível, conservemo-los
longe da sociedade dos incrédulos. Sabemos que os que não servem o Senhor
Jesus, servem outro dirigente, e que este dirigente fará decididos esforços
para controlar a mente dos que conhecem a verdade.
As enganosas atuações de Satanás estão continuamente sendo
levadas avante em todos os lugares. Os que realmente amam a Deus revelarão seu
amor a Ele em todas e sob todas as circunstâncias. Eles não condescenderão em
empenhar-se nos insensatos entretenimentos e diversões das pessoas mundanas.
Não serão induzidos a esquecer-se do Senhor em ocasião alguma. Os cristãos
podem e devem sentir santa indignação contra a leviandade e a insensatez dos
que não amam a Deus. "Considerai-vos a vós mesmos", e não caiais na
tentação de proferir palavras ociosas, frívolas e fúteis. Falai palavras que
revelem que sois filhos de Deus e que vosso coração está repleto do Seu amor.
Precisamos ser tão decididamente um povo peculiar e santo ao
Senhor, como se requeria que os israelitas fossem, pois do contrário não
podemos representar devidamente nosso sábio, compassivo e glorificado Redentor.
Manuscrito 152, 1901.
A Lei e o Evangelho
em Harmonia
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por
espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua
própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. II Cor. 3:18.
Depois que Cristo morreu na cruz, como oferta pelo pecado, a
lei cerimonial não mais podia ter vigência. Todavia, achava-se ligada à lei
moral, e era gloriosa. O todo trazia o sinete da divindade e exprimia a
santidade, justiça e retidão de Deus. E se era glorioso o ministério da
dispensação que devia terminar, quanto mais não deveria ser gloriosa a
realidade, quando Cristo foi revelado, concedendo a todos os que criam Seu
Espírito vitalizante e santificador?
A proclamação da lei dos Dez Mandamentos foi uma exibição
maravilhosa da glória e majestade de Deus. ...
"Disse Moisés ao povo: Não temais, que Deus veio para
provar-vos e para que o Seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis. E
o povo estava em pé de longe; Moisés, porém, se chegou à escuridade, onde Deus
estava." Êxo. 20:20 e 21.
O perdão do pecado, a justificação pela fé em Jesus Cristo,
o acesso a Deus unicamente por meio de um Mediador (por causa de sua condição
de perdidos), sua culpa e pecado - destas verdades o povo pouco entendia.
Haviam perdido, em grande medida, o conhecimento de Deus e do único modo de
aproximarem-se dEle. Haviam perdido quase todo o sentido do que constitui
pecado e do que constitui justiça. O perdão do pecado por meio de Cristo, o
Messias prometido, a quem suas ofertas representavam, era compreendido apenas
vagamente. ...
A lei moral jamais foi um tipo ou sombra. Existiu antes da
criação do homem, e vigorará enquanto permanecer o trono de Deus. Não podia
Deus mudar ou alterar um só preceito de Sua lei a fim de salvar o homem, pois é
a lei o alicerce de Seu governo. É imutável, inalterável, infinita e eterna.
Para o homem ser salvo, e para ser mantida a honra da lei, foi necessário que o
Filho de Deus Se oferecesse como sacrifício pelo pecado. Aquele que não
conheceu pecado tornou-Se pecado por amor de nós. Por nós morreu no Calvário.
Sua morte demonstra o maravilhoso amor de Deus ao homem, e a imutabilidade de
Sua lei.
Cristo é o Advogado do pecador. Os que aceitam Seu
evangelho, contemplam-n´O de rosto descoberto. Vêem a relação de sua missão
para com a lei, e reconhecem a sabedoria e glória de Deus, tais como são
reveladas pelo Salvador. A glória de Cristo revela-se na lei, que é uma
transcrição de Seu caráter, e Sua transformadora eficácia é sentida na alma,
até que os homens se transformem em sua semelhança. São feitos participantes da
natureza divina, e tornam-se mais e mais semelhantes ao seu Salvador,
caminhando passo a passo em conformidade com a vontade de Deus, até alcançarem
a perfeição. A lei e o evangelho estão em perfeita harmonia. Mensagens
Escolhidas, vol. 1, págs. 238-240.
O Novo Mandamento de
Cristo
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como
Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. João 13:34.
Em vossas palavras, espírito e ações, vós vos assemelhais a
Cristo? Se na palavra e no espírito representais o caráter de Cristo, então
sois cristãos; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. A língua testificará
dos princípios que caracterizam a vida; esta é a prova segura de que poder
controla o coração. Podemos julgar nosso próprio espírito e princípios pelas
palavras que procedem de nossos lábios. A língua sempre deve estar sob o
domínio do Espírito Santo.
Quando pessoas feridas e magoadas vêm ter convosco em busca
de palavras de esperança, deveis falar-lhes as palavras de Cristo. Recusais
dar-lhes palavras agradáveis, corteses e bondosas? Aqueles que falam como
Cristo falava nunca introduzirão palavras ásperas, como flechas farpadas, no
coração ferido. "O Senhor atentava e ouvia." Mal. 3:16. Guardareis na
memória que o Senhor ouve as palavras que proferimos, e conhece o espírito que
nos impele à ação? Cristo é a defesa de todos os que estão escondidos n´Ele.
Tende em mente que toda palavra indelicada, todo golpe
impiedoso é registrado nos livros do Céu como dirigido a Cristo na pessoa de
Seus sofredores. Falar palavras bondosas, palavras confortadoras, embora vos
sintais inclinados a proceder de outro modo, não é ser semelhante a Cristo?
Ajudar a levar os fardos quando eles oprimem intensamente a pessoas que Deus
considerou tão valiosas que deu o Seu Filho unigénito, para que todo o que n´Ele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna, não é ser semelhante a Cristo? ...
"Crês tu no Filho de Deus?" Sois tão dependentes
de Cristo por tudo o que recebeis, como a pessoa mais débil, pobre e humilde.
"Crês tu no Filho de Deus?" A mera crença especulativa não vale nada.
Credes no Filho de Deus como vosso Salvador pessoal? Então, se credes de todo o
coração, Deus habita no coração, e a alma em Deus. Representais a Jesus.
Aqueles que estão em posições de confiança encontram-se sob provas e tentações,
para ver se eles serão sábios em posições de confiança, para revelar se Cristo
está atuando neles e por seu intermédio, de modo que Ele possa representar o
Seu caráter e expressar-Se em suas palavras e ações para Sua herança, pela qual
deu Sua preciosa vida. ...
O instrumento humano estará em afinidade com Cristo na mesma
proporção em que é participante da natureza divina. Jesus diz: "Novo
mandamento vos dou [Que tolereis uns aos outros? Não]: que vos ameis uns aos
outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto
todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros."
João 13:34 e 35. "O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros,
assim como Eu vos amei." João 15:12. Review and Herald, 26 de maio de
1896.
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