Vi então um inumerável exército de anjos trazerem da cidade
gloriosas coroas com nomes escritos, uma para cada santo. Pedindo Jesus as
coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Sua própria destra o adorável
Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Do mesmo modo, os anjos trouxeram
as harpas, e Jesus as apresentou também aos santos. Os anjos dirigentes
desferiram em primeiro lugar o tom, e então todas as vozes se alçaram em louvor
grato e feliz, e todas as mãos deslizaram habilmente sobre as cordas da harpa,
originando uma música melodiosa, com acordes abundantes e perfeitos.
Vi então Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da
cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e
mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade
havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma intensa
glória. Então Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam
radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua
preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de Minha alma, e estou
satisfeito. Esta magnificente glória é vossa, para a fruíres eternamente.
Vossas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem
pranto; tampouco haverá mais dor." Vi a multidão dos remidos prostrar-se e
lançar suas coroas brilhantes aos pés
de Jesus; e, então, levantando-os com Sua mão amorável,
tocaram as harpas de ouro, e encheram o Céu todo com sua rica música e com
cânticos ao Cordeiro.
Vi então Jesus levando Seu povo à árvore da vida, e
novamente ouvimos Sua adorável voz, mais preciosa do que qualquer música que já
tenha caído em ouvidos mortais, dizendo: "As folhas da árvore são para a
saúde das nações." Apoc. 22:2. Comei todos dela. Na árvore da vida havia
belíssimo fruto, do qual os santos poderiam participar livremente. Na cidade
havia um trono gloriosíssimo, do qual provinha um rio puro de água da vida,
claro como cristal. Em cada lado desse rio estava a árvore da vida, e nas margens
do rio havia outras belas árvores, produzindo fruto que era bom para alimento.
A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição
do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta.
Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e
exclamo: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais
exaltada não consegue descrever a glória do Céu, ou as profundidades
incomparáveis do amor de um Salvador.
História da Redenção, pp. 113,114
E.G.White
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