11.6.15

IGREJA ADVENTISTA E A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA.

 Liberdade de expressão sem respeito?
O artigo 19 da Declaração dos Direitos Humanos, documento datado de 1948, diz que “todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

Já a Convenção Americana de Direitos Humanos, assinada em 1969 na Costa Rica, vai um pouco mais além e determina, no seu artigo 13, que “o exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito a censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores (posteriores), que devem ser expressamente fixadas pela lei e ser necessárias para assegurar:  a. o respeito aos direitos ou à reputação das demais pessoas”.

Ou seja, apesar de muitas opiniões divergentes, é impensável falar em censura prévia à liberdade de um ser humano se expressar sobre o que pensa, assim como é igualmente impensável imaginar liberdade de expressão sem qualquer responsabilidade.

Saio da questão legal e vou para o âmbito bíblico e ali encontro o princípio de liberdade de expressão na criação, no próprio Jardim do Éden. Adão e Eva tiveram respeitado seu direito de escolher entre amar a Deus ou não, tanto é que lhes foi dito que não deveriam comer o fruto da chamada Árvore da Ciência do Bem e do Mal. O casal edênico poderia optar por desobedecer ou obedecer a Deus. Era uma questão de escolha, de livre arbítrio, de liberdade para expressar aquilo que desejassem fazer. Não foram tratados como seres biônicos, sem direito a pensar, a raciocinar ou agir conforme seu próprio entendimento a partir dos dados, das informações e do conhecimento obtido.

Hoje líderes e especialistas do mundo inteiro se orgulham de afirmar com veemência que as sociedades democráticas têm como uma das bases sólidas o princípio da liberdade de expressão. Mas eu me pergunto: será que há uma conexão entre liberdade e respeito ao outro?

Jesus inicia Seu ministério nesse mundo, mas se depara com gente que O agride, O ofende, tenta enganá-Lo, cria armadilhas para que Ele caia em contradição, O investiga, enfim, que podemos classificar de inimigos. Mas Jesus tem liberdade de amá-los sem responder a eles com o mesmo tipo de ofensas. Tem o direito de tolerar seus pensamentos e ações, apesar de compreender, segundo Sua ótica, que eles estão errados e vivem para sua própria destruição espiritual.

Jesus misturou-se às pessoas, sim, respeitou suas opiniões e convicções, mas nem por isso deixou de falar o que cria que fosse necessário.

Tempos modernos

Nos dias de hoje, todos querem gritar que liberdade é um dom inegociável. Pois bem. Estão certos. Mas compreendam que, com essa liberdade, vem o respeito também, porque os dois andam juntos. Aliás, muitos que fazem ou participam de passeatas e manifestações de todo o tipo (pró-homossexualidade, pró-maconha, pró-aborto, pró-direito de se vestir como quiser, etc) exigem liberdade, tolerância e respeito. Mas o último aspecto parece ser sempre mais flexível, maleável, conforme os interesses do momento e o estado de ânimo.

Na última passeata do grupo que se diz composto por gays, lésbicas, bissexuais e travestis, em São Paulo, o cristianismo de uma maneira geral, por meio de seus símbolos e características, foi atacado por alguns participantes (não todos e creio que a maior parte verdadeiramente não concorde com tais atos). Imagens circularam pelas redes sociais com gente nua ou seminua em poses de provocação com relação à cruz e outros elementos que distinguem a fé cristã em todo o mundo.

Isso expressa liberdade e respeito ao mesmo tempo? Fica para a reflexão de cada um responder a essa questão, mas a pista já foi dada.

Algumas premissas na vida pedem que ao menos se pense sobre elas. A intolerância e o desrespeito nunca darão razão para qualquer lado nesse tipo de guerra que se trava com frequência no mundo de hostilidades e iras de hoje. As fobias não são saudáveis, nem nunca foram; nem no tempo dos patriarcas, nem no tempo de Cristo.

O cristianismo precisa ser respeitado. A Bíblia, acima de tudo, como livro que contém a Palavra de Deus (para os cristãos evidentemente) merece o mesmo respeito que recebem as argumentações e discussões defendidas pelos que advogam a livre prática da homossexualidade, transexualidade e conceitos similares.

Cristãos que afirmam seguir os princípios bíblicos têm direito a se expressar, como a lei e os critérios éticos permitem, contra o que consideram errado ou pecaminoso (nesse caso, a homossexualidade e suas variações). E os defensores da homossexualidade têm todo o direito de fazer o movimento contrário, mas dentro dos mesmos parâmetros, dentro dos mesmos limites.

Creio, portanto, em limites para a liberdade de expressão. Essa liberdade termina onde começa a ofensa, a provocação gratuita, a ridicularização, o deboche carregado de raiva e ódio, o desejo de denegrir a imagem de uma religião ou sistema de crenças, o desrespeito ao que muitas pessoas consideram como sagrado e a cosmovisões diferentes.

Foi muito ruim assistir ao que ocorreu em São Paulo nessa última passeata. É muito ruim, também, assistir ao preconceito e ódio contra homossexuais. Nenhuma das atitudes é compatível com o exemplo de Jesus e o conceito bíblico de liberdade e respeito. Independente da crença na Bíblia, há um consenso milenar na própria sociedade de que cidadania significa que “a minha liberdade termina onde começa a do outro”.

A sociedade não ganha, portanto, com esse embate irracional e egoísta. Todos perdem nessa batalha.

Uma coisa é certa: houve falta de respeito ao cristianismo. Houve desrespeito ao outro. Não se justifica isso, assim como não se pode aceitar o desprezo alheio por qualquer outro motivo.


Há direito de expressão, mas há um limite a ser percebido. Quem não enxerga, talvez pense que viva sozinho nesse mundo. Mas essa não é a realidade. É uma distorção.

26.5.15

O Desafio do Evangelismo

A Comissão Evangélica

As últimas palavras de Cristo a Seus discípulos foram: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mat. 28:20. "Portanto, ide, ensinai todas as nações." Mat. 28:19. Ide aos mais afastados limites do globo habitável, e sabei que aonde quer que fordes Minha presença vos assistirá. ...
A nós, também, a comissão se dirige. Somos ordenados a ir como mensageiros de Cristo, para ensinar, instruir e persuadir homens e mulheres, apelando para que atentem para a Palavra de vida. Também nos é dada a certeza da constante presença de Jesus. Sejam quais forem as dificuldades com que nos tenhamos de defrontar, sejam quais forem as provações que tenhamos de suportar, sempre será para nós a misericordiosa promessa: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mat. 28:20. Manuscrito 24, 1903.
A Mensagem - Força Viva.
Na comissão dada aos discípulos, Cristo não somente lhes delineou a obra, mas deu-lhes a mensagem. Ensinai o povo, disse, "a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado". Mat. 28:20. Os discípulos deviam ensinar o que Cristo ensinara. O que Ele falara, não só em pessoa, mas através de todos os profetas e mestres do Antigo Testamento, aí se inclui. É excluído o ensino humano. Não há lugar para a tradição, para as teorias e conclusões dos homens, nem para a legislação da igreja. Nenhuma das leis ordenadas por autoridade eclesiástica se acha incluída na comissão.
Nenhuma dessas têm os servos de Cristo de ensinar. "A lei e os profetas" com a narração de Suas próprias palavras e atos, eis os tesouros confiados aos discípulos, para serem dados ao mundo. ...
O evangelho tem de ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como força viva para transformar a vida. Deus deseja que os que recebem Sua graça sejam testemunhas do poder da mesma. O Desejado de Todas as Nações, pág. 826
A Igreja é Depositária da Mensagem
Estamos agora vivendo as cenas finais da história deste mundo. Tremam os homens com a noção da responsabilidade de conhecer a verdade. São chegadas as cenas finais do mundo. Os que considerarem devidamente estas coisas serão levados a fazer inteira consagração a seu Deus, de tudo quanto possuem e são. ...
Repousa sobre nós a pesada responsabilidade de advertir o mundo quanto ao juízo iminente. De todas as direções, de longe e de perto, ouvem-se os pedidos de auxílio. A igreja, inteiramente consagrada ao seu trabalho, deve levar a mensagem ao mundo: Vinde ao banquete do evangelho; a ceia está preparada, vinde. ... Coroas, imortais coroas há para serem ganhas. O reino dos Céus deve ser alcançado. Um mundo, a perecer no pecado, deve ser iluminado. A pérola perdida deve ser achada. A ovelha perdida deve ser conduzida de volta, em segurança, para o curral. Quem se unirá aos que vão buscá-la? Quem erguerá a luz aos que tateiam nas trevas do erro? Review and Herald, 23 de julho de 1895.
A Crise Atual
Devemos sentir agora a nossa responsabilidade de trabalhar com intenso ardor, a fim de comunicar a outros as verdades que Deus nos tem revelado para o tempo atual. Não podemos ser demasiado diligentes. ...
Agora é o tempo de proclamar a última advertência. Uma virtude especial acompanha presentemente a proclamação desta mensagem; mas por quanto tempo? - Só por um pouco
de tempo ainda. Se jamais houve uma crise, essa crise é justamente agora.
Todos estão decidindo agora o seu perpétuo destino. Os homens precisam ser despertados a fim de reconhecer a solenidade do momento, e a proximidade do dia em que terá terminado a graça. Esforços decisivos têm de ser feitos, a fim de apresentar esta mensagem ao povo de modo notável. O terceiro anjo deverá avançar com grande poder. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 371
O Evangelismo - Nosso Verdadeiro Trabalho
A obra evangelística, de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres

9.2.15

Contemplando Pela Fé a Eternidade

O profeta ouviu ali [na cidade de Deus] o soar de música e cânticos, cânticos e música como, salvo nas visões de Deus, nenhum ouvido mortal ouviu ou a mente concebeu. “E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião, com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” Isaías 35:10. “Gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de melodia.” Isaías 51:3. “E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão.” Salmos 87:7. “Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor.” Isaías 24:14.
Na Terra renovada, os redimidos se empenharão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edénica, a vida no jardim e no campo. “E edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice.” Isaías 65:21, 22.
Cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a serem alcançadas, novas maravilhas para serem admiradas, novas verdades a serem compreendidas, novos objetos de estudo a desafiarem as faculdades do corpo, da mente e do espírito.
Os profetas a quem essas grandes cenas foram reveladas ansiaram por compreender-lhes o pleno significado. Eles “inquiriram e trataram diligentemente... indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava. ... Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas”. 1 Pedro 1:10-12.
A nós que estamos no próprio limiar do seu cumprimento, que momentosos e de vivo interesse não são esses sinais das coisas por vir — eventos a cujo respeito, desde que nossos primeiros pais se encaminharam para fora do Éden, os filhos de Deus têm orado, e os quais têm ansiosamente aguardado!
Companheiro peregrino, estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. Aquele que morreu pelos pecados do mundo está franqueando as portas do Paraíso a todo que nEle crê. Logo a batalha estará terminada e a vitória ganha. Breve veremos Aquele em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora. “Não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” Isaías 65:17.
“Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de

27.1.15

O Ministério do Lar

A vida é uma escola de preparo, da qual os pais e os filhos devem sair formados para a escola superior nas mansões de Deus.{CBV 348.1}

A restauração e reerguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração “procedem as saídas da vida” (Provérbios 4:23); e o coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências domésticas.{CBV 349.1}
A importância e as oportunidades da vida do lar ressaltam na vida de Jesus. Aquele que veio a este mundo para ser nosso exemplo e nosso Mestre passou trinta anos como membro de uma família em Nazaré. Pouco diz a Bíblia relativamente a esses trinta anos. Durante eles não houve milagres notáveis que chamassem a atenção do povo. Não houve multidões que seguissem ansiosas os passos do Senhor, ou que Lhe escutassem as palavras. E, não obstante, durante todos esses anos o Senhor levava a cabo Sua missão divina. Vivia como qualquer um de nós, tomando parte na vida doméstica, a cuja disciplina Se submetia, cumprindo os deveres da mesma, e tomando Sua parte nas responsabilidades. Sob a proteção do lar humilde, participando dos incidentes da sorte comum, “Jesus crescia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. Lucas 2:52.{CBV 349.2}
Durante todos esses anos de retiro, a vida do Senhor fluía em torrentes de préstimo. Seu desprendimento e tolerância, Seu valor e fidelidade, Sua resistência à tentação, Sua nunca desmentida paz e Sua doce alegria eram um contínuo estímulo. Trazia ao lar um ambiente puro e doce, e Sua vida foi qual um fermento ativo entre os elementos da sociedade. Ninguém diria houvesse feito algum milagre; não obstante, dEle saía virtude e o poder restaurador e vivificante do amor para com os tentados, enfermos e abatidos. Desde tenra idade, e sem que Se tornasse intruso, desempenhava Suas tarefas entre os demais, de maneira que, ao começar o ministério público, muitos O escutaram com prazer.{CBV 350.1}
A juventude e a infância de hoje é que determinam o futuro da sociedade, e o que esses jovens e essas crianças hão de ser depende do lar. A falta de boa educação doméstica pode ser responsabilizada pela maior parte das enfermidades, de miséria e criminalidade que flagelam os homens. Se a vida doméstica fosse pura e verdadeira, se os filhos que saem do lar se achassem devidamente preparados para enfrentar as responsabilidades da vida e seus perigos, que transformação não experimentaria o mundo!{CBV 351.1}
Realizam-se muitos esforços, gastam-se tempo, dinheiro e trabalho em proporções quase ilimitadas, em empresas e instituições destinadas à regeneração das vítimas dos maus hábitos. E ainda assim todos esses esforços se tornam insuficientes para enfrentar tão grandes necessidades. Quão insignificantes são os resultados! Quão poucos os que se regeneram para sempre!{CBV 351.2}
Para os que se emendam, que luta encarniçada para recuperar a perdida varonilidade! E durante toda a vida, com o organismo arruinado, a vontade vacilante, a inteligência embotada e a alma enfraquecida, muitos colhem o fruto do mal que semearam. Quanto mais não se poderia levar a cabo se se houvesse enfrentado o mal desde o princípio! {CBV 351.4}

15.1.15

O Médico É Um Educador

O verdadeiro médico é um educador. Ele reconhece sua responsabilidade, não somente para com o doente que se acha sob seu cuidado imediato, mas também para com a coletividade no meio da qual vive. Ocupa o lugar de um guardião tanto da saúde física como da moral. É seu esforço, não somente conseguir métodos corretos no tratamento dos enfermos, mas incentivar hábitos sãos de vida, e disseminar o conhecimento dos retos princípios.{CBVc 41.1}
Educação nos princípios de saúde — Nunca foram mais necessários os conhecimentos dos princípios de saúde do que o são na atualidade. Apesar dos maravilhosos progressos em tantos ramos relativos aos confortos e comodidades da vida, mesmo no que respeita a questões sanitárias e tratamento de doenças, é alarmante o declínio do vigor físico e do poder de resistência. Isso exige a atenção de todos quantos levam a sério o bem-estar de seus semelhantes.
Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre a raça insuportável fardo. A intemperança e o crime, a doença e a miséria encontram-se por toda parte.
Muitos transgridem as leis de saúde devido à ignorância, e necessitam instruções. A maioria, porém, sabe melhor do que aquilo que pratica. Esses precisam ser impressionados quanto à importância de tornar o conhecimento que têm um guia de vida. O médico tem muitas oportunidades tanto de comunicar o conhecimento dos princípios de saúde como de mostrar a importância de pô-los em prática. Mediante as devidas instruções, muito pode fazer para corrigir males que estão produzindo indizível dano.
Um costume que está deitando bases a vasta soma de doenças e males mais sérios ainda é o livre uso

13.1.15

Educai o Povo

Onde quer que a verdade seja proclamada, deve ser ministrada instrução quanto ao preparo de alimentos saudáveis. Deus quer que em todo lugar o povo seja ensinado a usar judiciosamente os produtos que podem ser encontrados com facilidade. Instrutores peritos devem mostrar ao povo a utilização, para seu maior proveito, dos produtos que podem produzir ou conseguir na sua região do país. Assim, tanto os pobres como os que estão em melhores condições, poderão aprender a viver com boa saúde.{CSa 475.1}
Desde o início da obra da reforma do regime alimentar, consideramos necessário instruir, instruir, instruir. Deus quer que prossigamos nessa obra de instruir o povo. Não devemos dela descuidar-nos pelo temor do efeito que terá sobre a venda dos produtos alimentares preparados em nossas fábricas. Não é esse o assunto de maior importância. Nossa obra é mostrar ao povo como conseguir e preparar o alimento mais saudável, como poderão cooperar com Deus na restauração em si próprios, da sua imagem moral.{CSa 475.2}
Nossos obreiros devem exercer sua habilidade no preparo de alimentos saudáveis. Ninguém deve espreitar os segredos do Dr. Kellogg; todos, porém, devem saber que o Senhor está ensinando muitas mentes em muitos lugares a prepararem alimentos saudáveis. Muitos produtos há que, se preparados e combinados de maneira conveniente, podem ser transformados em alimentos que serão uma bênção para os que não podem comprar os alimentos saudáveis mais caros e preparados de maneira especial. Aquele que, na construção do tabernáculo, deu habilidade e entendimento em toda espécie de obra de arte, dará habilidade e entendimento ao Seu povo na combinação de produtos alimentares naturais, mostrando-lhes dessa forma como conseguir um regime alimentar saudável.*{CSa 475.3}
O conhecimento com respeito ao preparo de alimentos saudáveis é propriedade de Deus, e foi comunicado ao homem, a fim de que este possa transmiti-lo aos seus semelhantes. Ao dizer isso, não me refiro ao preparo especial feito pelo Dr. Kellogg e outros que estudaram durante muito tempo e gastaram muito para se aperfeiçoarem. Refiro-me especialmente ao preparo simples que todos podem obter para si mesmos, a instrução com respeito à qual se deve falar livremente aos que desejam viver com saúde, e especialmente aos pobres.{CSa 476.1}
É desígnio divino que em toda parte homens e mulheres sejam animados a desenvolver seus talentos pelo preparo de alimentos saudáveis dos produtos em estado natural, oriundos da sua própria região do país. Se recorrerem a Deus, exercendo perícia e habilidade sob a guia do Seu Espírito, aprenderão a transformar em alimentos saudáveis os produtos em estado natural. Conseguirão, dessa forma, ensinar os pobres a proverem-se de alimentos que substituirão a alimentação cárnea. Os que assim forem auxiliados, poderão por sua vez instruir outros. Semelhante trabalho será, ainda, feito com zelo e energia consagrados. Caso houvesse sido feito anteriormente, haveria hoje muitas mais pessoas na verdade, e muitas mais que poderiam ministrar instruções. Aprendamos qual é o nosso dever, e depois façamo-lo. Não devemos ficar na dependência de outros e incapacitados, confiando noutros para o trabalho que Deus nos confiou a nós.{CSa 476.2}
A seleção dos alimentos
No uso dos alimentos devemos exercer discernimento e bom senso. Ao percebermos que certo alimento nos não convém, não precisamos escrever cartas de consulta para aprender a causa do distúrbio. Mudemos a dieta; usemos menor quantidade de alguns alimentos; experimentemos outras preparações. Logo saberemos o efeito que sobre nós tem certas combinações. Como seres inteligentes, estudemos individualmente os princípios e usemos a nossa experiência e discernimento para decidir quanto a que alimentos mais nos convêm. {CSa 476.3}
Os alimentos usados deverão adaptar-se às nossas ocupações e ao clima em que vivemos. Alguns alimentos convenientes num país não o serão noutro.{CSa 477.1}
Algumas pessoas há que mais proveito terão com abster-se de todo alimento durante um ou dois dias na semana, do que com qualquer quantidade de tratamentos ou orientação médica. O jejum de um dia na semana ser-lhes-ia de proveito incalculável.{CSa 477.2}
A seleção dos alimentos
Foi-me instruído que o alimento composto de frutos oleaginosos é muitas vezes usado sem critério, que é usado em quantidade demasiada, e que alguns deles não são tão saudáveis quanto outros. A amêndoa é preferível ao amendoim; mas este, em pequena quantidade, pode ser usado juntamente com cereais para formar um alimento nutritivo e digesto.{CSa 477.3}
As azeitonas podem ser preparadas de modo tal que sejam comidas com bons resultados em cada refeição. O proveito visado com o uso da manteiga pode ser obtido substituindo-a por azeitonas devidamente preparadas. O óleo das azeitonas corrige a constipação, e para os tuberculosos e os que sofrem de inflamação e irritação do estômago, ele é melhor do que qualquer medicamento. Como alimento, é melhor do que qualquer gordura de segunda mão, de origem animal.{CSa 477.4}
Convir-nos-ia cozinhar menos e comer mais frutas em estado natural. Ensinemos o povo a comer abundantemente uvas, maçãs, pêssegos, pêras, amoras e toda outra espécie de frutas que seja possível conseguir. Sejam elas preparadas e conservadas para uso no inverno, usando-se quanto possível vidros, em vez de latas.{CSa 477.5}
No tocante ao alimento cárneo, devemos instruir o povo a nele não tocar. Seu uso é prejudicial ao melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e morais. Devemos fazer campanha decidida contra o uso do chá e do café. Convém, também, abster-se das sobremesas complicadas. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos. Famílias pobres existem, cuja alimentação consiste grandemente em pão e leite. Usam pouca fruta, e não podem comprar alimentos como as nozes. No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo económico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. {CSa 477.6}
A reforma deve ser progressiva
Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra.{CSa 478.1}
Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. Aprendam a viver de maneira saudável, ensinando a outros o que aprenderam. Partilhem esse conhecimento como o fariam com a instrução bíblica. Ensinem às pessoas a, evitando a grande quantidade de cozimentos que têm enchido o mundo de inválidos crónicos, preservarem a saúde e o vigor. Por preceito e exemplo, esclareçam que o alimento que Deus deu a Adão em seu estado isento de pecado, é o melhor para o uso do homem, ao buscar ele reaver esse estado de pureza. {CSa 478.2}
Ensinai com sabedoria
Os que ensinam os princípios da reforma da saúde devem ser entendidos com respeito às doenças e suas causas, sabendo que toda ação do agente humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz dada por Deus sobre a reforma da saúde destina-se à nossa salvação e à salvação do mundo. Os homens e as mulheres devem ser informados quanto à habitação humana, preparada por Deus para ser o lugar de Sua morada, e da qual deseja que sejamos fiéis despenseiros. “Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo.” 2 Coríntios 6:16.{CSa 479.1}
Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Apresentai os princípios da temperança em sua forma mais atrativa. Disseminai os livros que dão instrução a respeito do viver sadio.{CSa 479.2}
As pessoas encontram-se em extrema necessidade da luz que brilha das páginas de nossos livros e revistas sobre saúde. Deus deseja usar esses livros e revistas como meios através dos quais raios de luz atraiam a atenção das pessoas e lhes faça atender à advertência da mensagem do terceiro anjo. As revistas de saúde são instrumentalidades a realizarem no campo uma obra especial na disseminação da luz que os habitantes do mundo devem possuir neste dia de preparo de Deus. Exercem elas uma indizível influência no interesse da reforma de saúde, da temperança e pureza social, e realizam um grande benefício ao apresentarem às pessoas estes assuntos de maneira apropriada e no seu verdadeiro sentido.{CSa 479.3}
O Senhor tem estado a enviar-nos regra sobre regra, e, se rejeitarmos esses princípios, não estamos rejeitando o mensageiro que os ensina, mas Àquele que nos deu esses princípios.{CSa 480.1}
Sede portadores de luz
Reforma, reforma contínua precisa ser mantida perante o povo, e por meio do nosso exemplo devemos confirmar o nosso ensino. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar em prol da salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade do afastamento dos prazeres pecaminosos, que destroem a saúde, aviltam a alma e impedem a verdade divina de impressionar a mente. Homens e mulheres precisam ser ensinados a vigiarem atentamente todo hábito e prática, e imediatamente evitarem as coisas que produzem estado insalubre do organismo e conseqüente sombra escura sobre a mente. Deus quer que os Seus luminares se proponham sempre norma elevada. Por preceito e exemplo, devem manter elevada a sua norma perfeita acima da falsa norma de Satanás que, se for seguida, produzirá miséria, degradação, doença e morte, tanto do corpo como da alma. Os que alcançaram conhecimento acerca da maneira de comer, beber e vestir para a preservação da saúde, partilhem com outros esse conhecimento. Ministre-se aos pobres o evangelho da saúde, de modo prático, para que saibam cuidar devidamente do corpo, que é o templo do Espírito Santo.{CSa 480.2}
A obra de restaurantes
Devemos fazer mais do que temos feito para alcançar as pessoas de nossas cidades. Não devemos erigir grandes edifícios nas cidades, mas repetidas vezes, foi-me esclarecido que devemos estabelecer em todas as nossas cidades pequenas instalações que se tornem centros de influência.{CSa 481.1}
O Senhor tem uma mensagem para as nossas cidades, e essa mensagem devemos proclamar em nossas reuniões campais, e por outras campanhas públicas, assim como por nossas publicações. Além disso, devem estabelecer-se restaurantes saudáveis nas cidades, e por eles deve ser proclamada a mensagem da temperança. Devem-se fazer arranjos para realizar reuniões em conexão com os nossos restaurantes. Sempre que possível, proveja-se um recinto aonde os clientes possam ser convidados para assistirem a conferências sobre a ciência da saúde e temperança cristã, onde recebam instrução sobre o preparo de alimento saudável, e sobre outros assuntos importantes. Nessas reuniões deve haver orações, cânticos e palestras, não só sobre temas de saúde e temperança, mas também sobre outros assuntos apropriados da Bíblia. Ao serem as pessoas ensinadas a preservarem a saúde física, encontrar-se-ão muitas oportunidades para semear as sementes do evangelho do reino.{CSa 481.2}
Os assuntos devem ser apresentados de tal maneira que impressionem favoravelmente as pessoas. Nada de cunho teatral deve existir nas reuniões. Os cânticos não devem ser entoados por uns poucos

8.1.15

Trabalho Médico-Missionário nas Grandes Cidades

Método de trabalho de Cristo
O Senhor está falando a Seu povo neste tempo, dizendo: Buscai entrar nas cidades, e proclamai a verdade em simplicidade e fé. O Espírito Santo operará por meio de vossos esforços, para impressionar os corações. Não introduzais nenhuma doutrina estranha em vossa mensagem, mas proferi as palavras simples do evangelho de Cristo, as quais jovens e velhos podem entender. Os indoutos bem como os educados devem compreender as verdades da mensagem do terceiro anjo, e precisam ser ensinados em simplicidade. Se quereis aproximar-vos do povo de modo aceitável, humilhai o vosso coração diante de Deus, e aprendei os Seus caminhos.{MS 299.1}
Obteremos muita instrução para o nosso trabalho pelo estudo dos métodos de trabalho de Cristo e Sua maneira de alcançar o povo. Na história do evangelho temos o registro de como Ele trabalhava por todas as classes, e de como ao trabalhar em cidades e vilas, milhares eram atraídos para o Seu lado a fim de ouvir-Lhe os ensinamentos. As palavras do Mestre eram claras e inconfundíveis, e eram proferidas em simpatia e ternura. Levavam a certeza: Aqui está a verdade. Era a simplicidade e o fervor com que Cristo trabalhava e falava, que atraía tantos a Ele.
O Grande Mestre estabeleceu os planos para o Seu trabalho. Estudai esses planos. Encontramo-Lo viajando de um lugar para outro, seguido por multidões de ávidos ouvintes. Quando podia, conduzia-os para além das cidades apinhadas, para a quietude dos campos. Aqui orava com eles, e falava-lhes de verdades eternas.
A simpatia que Cristo sempre manifestou pelas necessidades físicas de Seus ouvintes, obtinha de muitos uma resposta às verdades que procurava ensinar. Não era a mensagem do evangelho da mais profunda importância para aquela multidão de cinco mil pessoas que por horas O tinham seguido e ficado pendentes de Suas palavras? Muitos jamais tinham ouvido verdades como estas ouvidas então. Todavia o desejo de Cristo de ensinar-lhes verdades espirituais não O tornou indiferente a suas necessidades físicas. — The Review and Herald, 18 de Janeiro de 1912.
Evangelismo médico nas cidades
Agora é o tempo oportuno para trabalhar nas cidades, pois precisamos alcançar o povo aí. Como um povo temos estado em perigo de centralizar demasiados interesses importantes num só lugar. Isto não é sabedoria nem bom discernimento. Deve criar-se interesse agora nas principais cidades. Muitos centros pequenos devem ser estabelecidos, em vez de uns poucos centros grandes. ...
Sejam os missionários postos a trabalhar dois a dois em diferentes partes de todas as nossas grandes cidades. Os obreiros em cada cidade devem reunir-se frequentemente para aconselhamento e oração, a fim de que tenham sabedoria e graça para trabalhar juntos eficaz e harmoniosamente. Estejam todos sobremodo despertos para tirar o máximo de cada possibilidade. Nosso povo deve cingir a armadura e estabelecer centros em todas as grandes cidades. Os instrumentos de Satanás estão ativos no campo, fazendo todo esforço para confundir a mente dos homens, enchendo-a com vãs imaginações, para que não se mostrem interessados na verdade. ...
Tenho procurado despertar nosso povo para que trabalhe em favor das partes não atingidas do grande campo missionário, mas poucos parecem responder aos apelos do Espírito de Deus. Nós não compreendemos a que extensão os agentes de Satanás estão trabalhando nessas grandes cidades. A

4.1.15

Uma Experiência Mais Alta

Necessitamos constantemente de uma revelação nova de Cristo, de uma experiência diária que ser harmonize com os Seus ensinos. Estão ao nosso alcance resultados altos e santos. Deus deseja que façamos contínuos progressos na ciência e na virtude. Sua lei é um eco de Sua própria voz, fazendo a todos o convite: “Subi mais alto. Sede santos, mais santos ainda.” Cada dia podemos avançar no aperfeiçoamento do caráter cristão.
Os que estão consagrados ao serviço do Mestre necessitam de uma experiência mais alta, profunda e ampla, que muitos nem sequer pensam ter. Muitas pessoas que são já membros da grande família de Deus pouco sabem do que quer dizer contemplar Sua glória, e ser mudadas de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, e contudo seu coração palpita de alegria. Anseiam por um mais completo e profundo sentimento do amor do Salvador. Que eles nutram todas as aspirações da alma para Deus. O Espírito Santo trabalha aqueles que desejam ser trabalhados, molda os que desejam ser moldados, cinzela os que desejam ser cinzelados. Obtende por vós mesmos a cultura de pensamentos espirituais e santas comunhões. Não vistes ainda senão os primeiros raios do despontar da aurora de Sua glória. À medida que avançardes no conhecimento do Senhor, aprendereis que “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Provérbios 4:18.
“Tenho-vos dito isso”, disse Cristo, “para que a Minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa.” João 15:11.
Jesus via sempre diante dEle o resultado da Sua missão. A Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o caráter segundo o modelo de Seu próprio caráter, e torná-lo belo com Sua própria glória.
Cristo viu os resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Olhou através da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de receber o perdão e a vida eterna. Foi ferido pelas suas transgressões, moído pelas suas iniquidades. O castigo que lhes havia de trazer a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras seriam sarados. Ele ouvia as exclamações de júbilo dos remidos. Ouvia os resgatados cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. Ainda que devesse primeiro ser recebido o batismo de sangue, ainda que os pecados do mundo devessem pesar sobre a Sua alma inocente, ainda que a sombra de uma indescritível mágoa pairasse sobre Ele; por causa da alegria que O esperava, preferiu sofrer a cruz e desprezou a afronta.
Todos os Seus seguidores devem participar dessa alegria. Por grande e gloriosa que seja a vida futura, nossa recompensa não é inteiramente reservada para o dia da libertação final. Mesmo na Terra, podemos pela fé entrar na alegria do Senhor. Como Moisés, devemos estar firmes como se víssemos o Invisível.{CBV 504.4}
Agora a Igreja é militante. Agora temos de enfrentar um mundo de trevas, quase inteiramente dado à idolatria.
Mas está chegando o dia em que será travada a batalha e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é nos Céus. As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei dos Céus. Constituirão todos uma família feliz e unida, revestida com as vestes de louvor e ações de graças — as vestes da justiça de Cristo. Toda a Natureza, em sua arrebatadora formosura, oferecerá a Deus um tributo de louvor e adoração. O mundo será banhado com a luz do Céu. A luz da Lua será como a luz do Sol, e a luz do Sol será sete vezes maior do que é hoje. Os anos decorrerão na alegria. Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: “Não haverá mais pecado nem morte.”
Estas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, devem ser amadas pelos Seus filhos.
Detende-vos no limiar da eternidade, e escutai as alegres boas-vindas dadas àqueles que nesta vida cooperaram com Cristo, considerando como privilégio e honra sofrer por Sua causa. Com os anjos, eles lançam suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. ... Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” Apocalipse 5:12-13.
Aí os remidos saúdam aqueles que os conduziram ao excelso Salvador. Unem-se no louvor dAquele que morreu para que os seres humanos pudessem fruir a vida que se mede com a de Deus. A luta está terminada. Estão no fim todas as tribulações e contendas. Cânticos de vitória reboam pelos Céus inteiros, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: “Digno é o Cordeiro, que foi morto” e que nos remiu para Deus. Apocalipse 5:12.
“Olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” Apocalipse 7:9-10.
“Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.” Apocalipse 7:14-17. “E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4.
Necessitamos conservar constantemente diante de nós este quadro das coisas invisíveis. É assim que nos tornaremos aptos para atribuir um justo valor às coisas da eternidade e às do tempo. É assim que empregaremos nossas faculdades influenciando os outros para uma vida mais santa.
No Monte com Deus
“Sobe a Mim, ao monte”, diz-nos Deus. Êxodo 24:12. A Moisés, antes de poder ser o instrumento de Deus na libertação de Israel, foram destinados quarenta anos de comunhão com Ele, na solidão das montanhas. Antes de levar a mensagem de Deus a Faraó, falou com o Anjo na sarça ardente. Antes de receber a lei de Deus como representante de Seu povo, foi chamado ao monte e contemplou a glória divina. Antes de executar justiça contra os idólatras, esteve escondido na fenda da rocha, e o Senhor lhe disse: “Eu... apregoarei o nome do Senhor diante de ti” (Êxodo 33:19), “misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; ... que ao culpado não tem por inocente.” Êxodo 34:6-7. Antes de abandonar, com a sua vida, a missão de condutor de Israel, chamou-o Deus ao cume do Pisga, e fez passar sob seus olhos a glória da terra prometida.

29.12.14

O Nascimento de Jesus

“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lc 2:10-14)
Situada entre as colinas da Galileia, a pequena cidade de Nazaré era o lar de José e Maria que posteriormente se tornaram os pais terrestres de Jesus.{VJ 9.1}
José pertencia à linhagem ou família de Davi, e quando saiu um decreto para o levantamento do censo da população, ele teve que ir a Belém, cidade de Davi, para ali registar seu nome. Era uma jornada penosa, dadas as condições em que as viagens eram feitas na época. Maria, que acompanhava seu esposo, sentia-se extremamente fatigada ao subir a colina na qual Belém se localizava. E como desejava um lugar confortável onde pudesse repousar! Mas as hospedarias estavam todas lotadas. Os ricos e orgulhosos estavam bem hospedados, enquanto aqueles humildes viajantes tiveram que encontrar descanso em uma rude estrebaria.
Embora José e Maria não possuíssem bens terrestres, sentiam-se amparados pelo amor de Deus e isso os tornava ricos em paz e contentamento. Eram filhos do Rei celestial que estava prestes a honrá-los de maneira maravilhosa.
Anjos os acompanharam durante a viagem e quando a noite chegava os mensageiros celestes guardavam o seu repouso. Não foram deixados a sós, pois os anjos permaneceram com eles.
Ali, naquela pobre estrebaria, nasceu Jesus, o Salvador, e foi colocado em uma manjedoura. O Filho do Altíssimo, Aquele cuja presença havia inundado as cortes celestiais com Sua glória, repousava em um rude berço.{VJ 10.3}
O líder celestial
Antes de vir à Terra, Jesus fora o Comandante das hostes angelicais. Os mais brilhantes e exaltados filhos da alva anunciaram Sua glória na criação. Em Sua presença, diante do trono, cobriam o rosto e lançavam-Lhe aos pés suas coroas, cantando hinos de triunfo ao contemplarem Seu poder e majestade.
Entretanto, esse glorioso Ser tanto amou o desamparado pecador que tomou sobre Si a forma de um servo para que pudesse sofrer e morrer por nós.
Jesus poderia ter permanecido ao lado do Pai, usando a coroa e as vestes reais, mas por amor a nós trocou as riquezas do Céu pela pobreza da Terra. Ele escolheu renunciar ao posto de Supremo Comandante e à adoração dos anjos que tanto O amavam. Escolheu trocar a adoração dos seres celestes pela zombaria e desprezo de homens ímpios. Por amor a nós, aceitou uma vida de privações e uma morte vergonhosa.
Cristo fez tudo isso para provar o quanto Deus nos ama. Viveu na Terra para mostrar como podemos honrar a Deus através da obediência à Sua vontade. Assim agiu para que, seguindo Seu exemplo, possamos finalmente viver com Ele no lar celestial.
Os sacerdotes e príncipes judeus não estavam preparados para receber Jesus. Sabiam que o Salvador viria em breve, mas esperavam que viesse como um rei poderoso que traria poder e riqueza para a nação. Eram por demais orgulhosos para aceitar o Messias como um bebé indefeso.
Por isso, quando Jesus nasceu, Deus não lhes revelou o grande acontecimento, mas enviou as novas de grande alegria a alguns pastores que guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém.
Eram homens piedosos e enquanto cuidavam das ovelhas, conversavam a respeito do Salvador prometido e oravam tão sinceramente por Sua vinda, que Deus enviou-lhes brilhantes mensageiros desde o Seu trono de luz, para lhes contar a respeito das boas-novas.
Num berço de palha
“E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem. E, ausentando-se deles os anjos para o Céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a Criança deitada na manjedoura. E, vendo-O, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito dEste Menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.” Lucas 2:9-19.
Jesus apresentado no templo
José e Maria eram judeus e seguiam os costumes de sua nação. Quando Jesus completou seis semanas de idade foi apresentado ao Senhor, no templo de Jerusalém.
Essa prática estava de acordo com a lei que Deus havia dado a Israel e Jesus devia ser obediente em tudo. Assim, o próprio Filho de Deus, o Príncipe do Céu, por Seu exemplo, ensina-nos que devemos obedecer.
Apenas o primogénito de cada família devia ser apresentado no templo. Essa cerimônia era para lembrar continuamente um evento que havia ocorrido em um passado distante.
Quando os filhos de Israel eram escravos no Egito, o Senhor enviou Moisés para libertá-los. Ele ordenou que Moisés fosse à presença de Faraó, rei do Egito, e dissesse:
“Assim diz o Senhor: Israel é Meu filho, Meu primogénito... Deixa ir Meu filho, para que Me sirva; mas, se recusares deixá-lo ir, eis que Eu matarei teu filho, teu primogénito.” Êxodo 4:22, 23.
Moisés levou ao rei esta mensagem. Mas a resposta de Faraó foi: “Quem é o Senhor para que Lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel.” Êxodo 5:2.
Então o Senhor enviou terríveis pragas sobre os egípcios. A última delas foi a morte do primogénito de cada família, desde o filho do rei até o do mais pobre que habitava a região.
O Senhor ordenou a Moisés que cada família dos israelitas matasse um cordeiro e com o sangue do animal marcasse a ombreira da porta.
Esse foi o sinal para que o anjo da morte passasse por alto as casas dos israelitas e não tocasse em nenhum deles, exceto os cruéis e orgulhosos egípcios.
O sangue da Páscoa representava para os judeus o sangue de Cristo. No tempo determinado, Deus lhes daria Seu querido Filho como sacrifício, assim como o cordeiro havia sido sacrificado de modo que todo aquele que cresse nEle pudesse ser salvo da morte eterna. Cristo é chamado a “nossa Páscoa”. 1 Coríntios 5:7. Somos redimidos por Seu sangue, através da fé. Efésios 1:7.{VJ 13.2}
Assim, quando cada família israelita trouxesse seu filho primogénito ao templo, deveria lembrar-se de como os filhos foram salvos da praga e como todos poderiam ser salvos do pecado e da morte eterna. A criança, ao ser apresentada no templo, era tomada nos braços e erguida diante do altar.
Desse modo, era solenemente dedicada a Deus. E logo que era devolvida à mãe, seu nome era registrado em um rolo, ou livro, que continha o nome de todos os primogénitos de Israel. Assim também todos os que são salvos pelo sangue de Cristo terão seu nome escrito no livro da vida.
Reconhecendo o prometido
José e Maria trouxeram Jesus ao sacerdote conforme requeria a lei. Todos os dias, pais e mães traziam seus filhos e o sacerdote nada notou de diferente em José e Maria dos outros que vinham dedicar seus primogénitos. Para ele, eram simplesmente gente operária.
Na criança viu apenas um frágil bebé. Ele não podia imaginar que tinha nos braços o Salvador do mundo, o Sumo Sacerdote do templo celestial. Contudo, ele poderia ter sabido, pois se tivesse sido obediente à Palavra de Deus, o Senhor o teria revelado.
Naquela mesma hora, estavam no templo dois servos fiéis de Deus: Simeão e Ana. Ambos haviam dedicado toda a vida ao serviço do Senhor, que lhes revelou coisas que não podiam ser reveladas aos orgulhosos e egoístas sacerdotes.
A Simeão deu a promessa de que não morreria sem ver o Salvador. Assim que viu Jesus no templo, ele soube que aquela criança era o Messias prometido.
Uma luz suave e divina iluminava o rosto de Jesus e, tomando-o nos braços, Simeão louvou a Deus dizendo:
“Agora, Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; porque os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do Teu povo de Israel.” Lucas 2:29-32.
Ana, uma profetisa, “chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Lucas 2:38.
É desse modo que Deus escolhe pessoas humildes para serem Suas testemunhas. Com frequência, aqueles a quem o mundo honra são passados por alto. Muitos são como os líderes e sacerdotes judeus.
Muitos há que estão prontos para servir e honrar a si mesmos, mas pouco se preocupam em honrar e servir a Deus. Por isso Ele não pode escolhê-los para contar aos outros sobre Seu amor e misericórdia.
O príncipe da paz
Maria, mãe de Jesus, meditava em silêncio a respeito da importante profecia de Simeão. Ao olhar o menino em seus braços lembrou-se do que os pastores de Belém haviam dito e seu coração transbordou de gratidão e viva esperança.
As palavras de Simeão trouxeram-lhe à lembrança a profecia de Isaías. Sabia que aquelas maravilhosas palavras referiam-se a Jesus:
“O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte,

26.12.14

A Visita dos Magos

Era desejo de Deus que Seu povo soubesse a respeito da vinda de Seu Filho ao mundo. Os sacerdotes deviam ter ensinado o povo a esperar o Salvador, porém eles próprios não sabiam sobre a vinda do Messias.{VJ 15.1}
Por isso, Deus enviou Seus anjos para anunciar aos pastores que Cristo havia nascido e onde eles poderiam encontrá-Lo.{VJ 15.2}
Assim, quando Jesus foi apresentado no templo, havia ali pessoas que O receberam como o Salvador. Deus preservara a vida de Simeão e Ana para que tivessem o feliz privilégio de testemunhar que Jesus era o Messias prometido.{VJ 15.3}
Deus desejava que não só os judeus, mas também outros povos soubessem que o Messias havia chegado. Em um distante país, no Oriente, habitavam homens sábios que haviam estudado as profecias sobre o Messias e acreditavam que o tempo de Sua vinda era chegado.{VJ 15.4}
Os judeus chamavam esses homens de pagãos, todavia, eles não eram idólatras. Eram pessoas honestas que desejavam conhecer a verdade e fazer a vontade de Deus.{VJ 15.5}
Deus vê o coração, por isso sabia que esses homens eram confiáveis. Estavam em melhores condições de receber a luz do Céu do que os sacerdotes judeus, cheios de orgulho e egoísmo.{VJ 16.1}
Esses sábios eram filósofos. Haviam estudado as obras de Deus na natureza e através delas aprenderam a amá-Lo. Estudavam os astros e conheciam-lhes os movimentos. Apreciavam observar os corpos celestes em sua marcha noturna, e se descobrissem alguma estrela nova considerariam isso como um grande acontecimento.{VJ 16.2}
Uma estrela de anjos
Naquela noite, quando os anjos vieram aos pastores de Belém, os magos notaram uma luz estranha no céu. Era a glória que circundava aquele grupo de anjos. Quando a luz se dissipou, viram no céu o que parecia ser uma nova estrela. Naquele momento, lembraram-se da profecia que diz: “Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro.” Números 24:17. Seria esse o sinal do Messias prometido? Decidiram acompanhá-la e ver aonde ela os levaria. A estrela guiou-os até a Judéia. Porém, quando se aproximaram de Jerusalém, sua luz tornou-se tão frágil que não puderam mais segui-la.{VJ 16.3}
Supondo que os judeus pudessem indicar-lhes o caminho até o Salvador, os magos entraram em Jerusalém e perguntaram:{VJ 16.4}
“Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a Sua estrela no Oriente e viemos para adorá-Lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta.” Mateus 2:2-5.{VJ 16.5}
Herodes não gostou de ouvir falar de um rei que um dia poderia tomar o seu trono. Então perguntou aos próprios magos quando viram a estrela pela primeira vez. E ele os enviou a Belém, dizendo:{VJ 16.6}
“Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do Menino; e, quando O tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-Lo. Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o Menino. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-Lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.” Mateus 2:8-11.{VJ 16.7}
Os magos trouxeram ao Salvador as coisas mais preciosas que possuíam. Nisto nos deram exemplo. Muitos oferecem presentes aos seus amigos terrestres, mas nada têm para dar ao Amigo celestial que lhes concede tantas bênçãos. Não devíamos agir assim. Devemos oferecer a Cristo o melhor de tudo o que temos — nosso tempo, nosso dinheiro, nosso amor.{VJ 16.8}
Estamos Lhe ofertando presentes quando damos para confortar os pobres e ensinamos às pessoas a respeito do Salvador. Ajudamos assim a salvar aqueles por quem Ele morreu e tais ofertas Deus abençoa.{VJ 16.9}
Fuga para o Egito
Herodes não havia sido sincero quando disse que queria ir para adorar Jesus. Temia que o Salvador crescesse e se tornasse rei, arrebatando-lhe o trono. Desejava encontrar a criança para matá-la. Os magos preparavam-se para voltar e contar a Herodes. Mas o anjo do Senhor apareceu em sonho, ordenando-lhes que voltassem ao seu país por outro caminho.{VJ 17.1}
“Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o Menino e Sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que Eu te avise; porque Herodes há de procurar o Menino para O matar.” Mateus 2:13.{VJ 17.2}
José não esperou amanhecer; levantou-se no mesmo instante, tomou Maria e o menino e partiu, naquela noite, para uma longa viagem.{VJ 17.3}
Os magos deram valiosos presentes a Jesus, e assim Deus proveu os meios para as despesas da viagem e sua estada no Egito, até o retorno à sua própria terra.{VJ 17.4}
Herodes irou-se quando percebeu que os magos haviam tomado outro caminho para voltar ao seu país. Ele sabia o que Deus havia dito, através de Seu profeta, a respeito da vinda de Cristo.{VJ 17.5}
Sabia como a estrela havia sido enviada para guiar os magos. Mesmo assim, estava decidido a matar Jesus. Em sua ira, “mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo”. Mateus 2:16.{VJ 17.6}
Estranho era que um homem se pusesse a lutar contra Deus! Como deve ter sido pavorosa a cena da matança de crianças inocentes! Herodes havia praticado muitos atos cruéis, mas sua vida ímpia chegaria logo ao fim. Morreu de modo terrível.{VJ 17.7}
José e Maria permaneceram no Egito até a morte de Herodes. Então o anjo apareceu a José e lhe disse: “Dispõe-te, toma o Menino e Sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do Menino.” Mateus 2:20.{VJ 17.8}

18.12.14

Conflitos da Vida Diária

Os mestres judeus haviam estabelecido muitas regras para o povo e exigiam deles a prática de muitas coisas que Deus não havia ordenado. Até mesmo as crianças tinham que aprender a obedecer a tais regras. Jesus, porém, não procurou aprender o que os rabis ensinavam. Ele cuidava em não falar desrespeitosamente desses professores, mas estudava as Escrituras e obedecia às leis de Deus.{VJ 25.1}
Com frequência era repreendido por não proceder como os outros meninos. Então mostrava pela Bíblia o que era correto.
Jesus Se empenhava continuamente em tornar os outros felizes. Como era cortês e bondoso, os rabinos esperavam que um dia Ele Se sujeitasse aos seus ensinos. Porém, não foi assim. Quando pressionado a obedecer às suas regras, Ele mostrava o que a Bíblia ensinava. Tudo o que ela dissesse, Ele estaria disposto a obedecer.
Tal atitude irritava os mestres. Sabiam que suas regras eram contrárias à Bíblia, todavia, exigiam que Jesus obedecesse a elas.
Como não o fizesse, foram se queixar a Seus pais. José e Maria achavam que os rabinos eram pessoas boas e Jesus sofreu pressões, as quais foram difíceis de suportar.
Os irmãos de Jesus tomaram partido dos rabinos. As palavras desses mestres, diziam eles, devem ser acatadas como a Palavra de Deus. E reprovavam Jesus por colocar-Se acima dos líderes do povo.